2. Novas Experiências

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Harry olhava ao redor da sala comunal da Sonserina, onde a luz do fogo projetava sombras dançantes nas paredes de pedra. Ele ainda sentia o peso das palavras do Chapéu Seletor, mas as palavras de Minerva ecoavam em sua mente, trazendo-lhe conforto.

No entanto, Harry não podia evitar a sensação de estar fora de lugar. Os olhares de desconfiança dos outros estudantes não passavam despercebidos. Draco Malfoy, sentado em um sofá próximo, observava Harry com uma expressão calculada.

Nos dias seguintes, Harry começou a se destacar nas aulas, especialmente em Poções, onde Snape, embora severo, parecia intrigado com o garoto. Harry percebeu que, apesar das dificuldades, ele podia fazer a diferença na Sonserina. Ele se empenhava em mostrar que seus valores não seriam corrompidos pelas expectativas da casa.

Hogwarts era grande e cheia de mistérios, mas o maior desafio de Harry era conquistar a confiança dos outros, provando que, apesar de estar na Sonserina, ele nunca deixaria de ser quem era: um garoto com um bom coração e uma coragem inabalável.

Durante uma tarde fria no início do outono, Harry decidiu explorar os terrenos de Hogwarts para se distrair das dúvidas que rondavam sua mente.

Ao cruzar o pátio, ele notou uma figura solitária sentada em um banco, perdida em um livro enorme. Era Hermione Granger, uma colega de classe que ele havia notado, mas nunca realmente conversado.

"Oi, Hermione," Harry disse, hesitante, enquanto se aproximava.

Ela levantou os olhos do livro, surpresa por ser abordada, mas logo sorriu gentilmente.

"Oi, Harry. Como vai?"

Harry deu de ombros, se sentando ao lado dela. "Está sendo... complicado. Eu não esperava ser colocado na Sonserina, e às vezes me pergunto se fiz algo errado."

Hermione fechou o livro, dedicando sua atenção ao garoto. "Sabe, Harry, as casas são apenas uma parte de quem somos. O Chapéu Seletor viu algo em você que talvez nem você tenha percebido ainda."

Harry olhou para ela, sentindo-se um pouco mais à vontade. "Você acha mesmo?"

Hermione assentiu. "Absolutamente. E mesmo que sejamos de casas diferentes, isso não significa que não possamos ser amigos. Na verdade, você pode acabar mudando as coisas para melhor na Sonserina."

Harry sorriu, surpreso com a sabedoria dela. "Obrigado, Hermione. Acho que eu precisava ouvir isso."

Ela sorriu de volta. "Sempre que precisar conversar, estarei por aqui. Agora, me diga, você já começou a estudar as propriedades das poções de amortentia?"

Harry riu, sentindo-se, pela primeira vez em semanas, mais leve. Hermione começou a falar sobre os estudos, mas Harry percebeu que, além dos livros, ela também oferecia algo muito valioso: amizade e compreensão.

Na manhã seguinte, Harry estava ansioso para sua primeira aula de Transfiguração. Ele sabia que essa era a especialidade de sua mãe, Minerva, e queria impressioná-la, mas também sentia uma pressão interna para se destacar.

Quando a Professora McGonagall entrou na sala, seus olhos encontraram os de Harry por um momento, e ela lhe deu um sorriso encorajador. O afeto silencioso entre mãe e filho era evidente, mas ambos sabiam que, em sala de aula, Harry seria tratado como qualquer outro aluno.

Minerva começou a aula com uma demonstração impressionante: transformou uma escrivaninha em um porco e, em seguida, de volta em uma escrivaninha, com a facilidade que só anos de prática poderiam proporcionar. Harry ficou impressionado, mas ao mesmo tempo nervoso—e se ele não conseguisse?

"Agora, cada um de vocês tentará transformar esta agulha em um fósforo," disse Minerva, entregando a tarefa que parecia simples, mas que logo mostrou ser mais desafiadora do que Harry imaginava.

Harry tentou várias vezes, mas a agulha permanecia teimosamente inalterada. Ele sabia que sua mãe estava observando, e a pressão para não decepcioná-la fazia com que sua frustração crescesse. Ele podia sentir os olhares curiosos dos colegas, especialmente de Draco Malfoy, que já segurava um fósforo perfeito.

"Concentre-se, Harry," Minerva o instruiu suavemente, passando por ele. Ela não demonstrava favoritismo, mas suas palavras carregavam um tom de esperança.

Mesmo com os conselhos de Hermione, que sussurrou dicas e encorajamentos, Harry não conseguiu completar a tarefa com sucesso. Quando a aula terminou, ele estava visivelmente abatido.

Minerva, no entanto, não deixou de dar-lhe um olhar reconfortante. "Transfiguração é difícil no começo, Harry. Com prática, você vai melhorar."

Ao voltarem para os aposentos de Minerva naquela noite, Dumbledore também estava lá, esperando-os com chá quente. Ele sentiu a tristeza de Harry e, com um sorriso tranquilizador, disse: "Lembre-se, Harry, nem todos os grandes bruxos eram perfeitos em tudo desde o início. O que importa é a perseverança."

-Eu não sou qualquer bruxo papai...sou filho de vocês dois. - Harry olha para suas mãos e depois para os pais. - Vocês são considerados os bruxos mais importantes do mundo.

Minerva e Dumbledore trocam olhares e depois sentam próximos do Harry.

-Meu filho, sabemos que o peso de ser nosso não é fácil...porém você é um menino qualquer, não tem que se sentir diferente só porque somos seus pais. - Minerva sorri e beija a testa dele.- Mais agora mudando de assunto,você e a Hermione.

-Hermione? - Dumbledore olha para Harry.

-A ela tem sido uma grande amiga, além de ser uma das bruxas mais inteligentes que eu conheço da minha idade.

-Fico feliz que faça amigos.

- Eu acho que estou gostando dela na verdade. - Coça a cabeça.

-Ou...bom deveria tentar conquista-lá então, porém não seja invasivo.

Harry olhou para seus pais adotivos, sentindo-se grato pelo apoio deles, mesmo em suas falhas. Ele sabia que com o amor e a orientação deles, ele encontraria seu caminho.

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⏰ Última atualização: Aug 25 ⏰

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Harry Potter E O Herdeiro de HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora