A noite estava fria e silenciosa quando Albus Dumbledore apareceu na esquina de Privet Drive, seus passos ecoando suavemente nas pedras da calçada. Ao seu lado, uma mulher de feições severas e olhos gentis caminhava em silêncio, seus pensamentos perdidos na tragédia que os trouxe até ali. Minerva McGonagall, sempre firme e controlada, parecia mais perturbada do que nunca.
"Albus," ela começou, hesitando por um momento, "tem certeza de que isto é o certo? Ele estará seguro aqui?"
Dumbledore parou, virando-se para olhar a casa número quatro. "Não, Minerva. Eu não acho que este seja o lugar certo para Harry."
A surpresa brilhou nos olhos de McGonagall. "Então, onde devemos levá-lo?"
Dumbledore olhou para ela com uma expressão de decisão. "Hogwarts."
"Hogwarts?" ela repetiu, quase incrédula. "Mas ele é apenas um bebê, Albus. Crescer em uma escola de magia... será seguro?"
Dumbledore sorriu suavemente. "Não é apenas uma escola, Minerva. É um lar. E com você e eu para guiá-lo, ele terá a proteção e a orientação de que precisa. Além disso, há segredos e habilidades que ele pode aprender lá, coisas que nunca aprenderia aqui."
McGonagall assentiu lentamente. "Você tem razão. Mas precisamos ser cuidadosos. Ele é o alvo de Voldemort e seus seguidores. Hogwarts deve ser o lugar mais seguro para ele."
Com uma última olhada para a casa dos Dursley, Dumbledore e McGonagall se viraram e desapareceram na escuridão, levando consigo o menino que estava destinado a mudar o mundo.
Alguns Meses Depois
A primavera havia chegado a Hogwarts, trazendo um ar fresco e perfumado que pairava pelos corredores do castelo. Nos jardins, perto da cabana de Hagrid, uma cena encantadora estava se desenrolando. Harry Potter, agora com pouco mais de um ano de idade, estava de pé, apoiado em um tronco pouco destante de Minerva. Seus olhos verdes brilhavam de excitação enquanto ele dava seus primeiros passos vacilantes.
"Venha, Harry," encorajou Minerva com uma suavidade raramente vista. "Você consegue."
Harry, com uma determinação inata, avançou lentamente, cada passo uma conquista monumental. Quando finalmente alcançou Minerva, ele olhou para cima, seus olhos brilhando de alegria e triunfo.
"Mama!" ele exclamou, suas mãos pequenas agarrando as vestes de Minerva para se equilibrar.
McGonagall ficou paralisada por um momento, seu coração se enchendo de uma mistura de surpresa e emoção. Ela nunca esperou ouvir essa palavra dirigida a ela, mas ali estava, pronunciada com a inocência e a pureza de um bebê que havia encontrado conforto e segurança em seus braços.
"Sim, querido," ela sussurrou, abaixando-se para abraçá-lo. "Mamãe está aqui."
Dumbledore, que observava a cena de uma distância respeitosa, sorriu. "Ele está progredindo bem, Minerva. Sob seus cuidados, ele crescerá forte e sábio."
Minerva segurou Harry, que agora ria e tentava alcançar uma borboleta que passava voando. "Ele é especial, Albus. Tenho certeza de que ele fará grandes coisas."
Dumbledore assentiu. "Com a orientação certa e o amor que você lhe oferece, ele está destinado a mudar o mundo."
Onze Anos Depois
Na grande sala de Hogwarts, o Chapéu Seletor estava prestes a tomar uma decisão que mudaria para sempre o curso da história. Harry Potter, o menino que sobreviveu, agora de pé diante de todos os olhos ansiosos, aguardava com expectativa. O Chapéu murmurava em sua mente, ponderando as qualidades que via nele.
"Coragem, sim, muita coragem. E um coração nobre. Mas também vejo uma mente astuta e uma determinação implacável. Uma combinação rara... e interessante."
Harry segurava a respiração. Onde ele pertenceria? A casa que escolheria moldaria seu futuro.
"Onde você será melhor guiado... e onde poderá fazer a maior diferença... será na Sonserina!" declarou o Chapéu.
A sala ficou em silêncio por um momento, surpresa e confusão atravessando os rostos dos alunos e professores. Então, com uma determinação recém-descoberta, Harry levantou-se e caminhou em direção à mesa da Sonserina, onde Draco Malfoy o observava com um interesse renovado.
No dia seguinte:
O sol da manhã iluminava a sala de estar aconchegante dos aposentos de Minerva McGonagall em Hogwarts. Harry, estava sentado em uma poltrona confortável, seu rosto refletindo uma mistura de emoções. Minerva, que estava sentada em frente a ele com uma xícara de chá nas mãos, observava-o atentamente.
"Harry," ela começou, quebrando o silêncio, "você parece preocupado. Algo está te incomodando?"
Harry hesitou, olhando para suas próprias mãos antes de encontrar os olhos de sua mãe. "É sobre a Sonserina, mãe," ele disse, usando o termo que havia adotado desde seus primeiros passos. "Eu não esperava ser colocado lá.Será que foi a escolha certa."
Minerva colocou sua xícara de chá na mesa ao lado e inclinou-se para frente, seus olhos cheios de compreensão. "Harry, a Sonserina tem uma reputação difícil, eu sei. Mas a casa não define quem você é. Suas ações e suas escolhas é que realmente importam."
"Mas, e se eu não pertencer?" Harry perguntou, sua voz cheia de dúvida. "E se eu me tornar como... como Voldemort?"
Ela respirou fundo, ponderando cuidadosamente suas próximas palavras. "Filho, a Sonserina valoriza ambição, astúcia e determinação. Essas não são qualidades ruins. Elas podem ser usadas para o bem ou para o mal. O que importa é como você escolhe usá-las."
Ela se levantou e se aproximou de Harry, colocando uma mão reconfortante em seu ombro. "Você tem um coração bom, Harry. Eu vi isso em você desde que era um bebê, dando seus primeiros passos e chamando-me de 'mamãe'. Você tem coragem e um forte senso de justiça. Esses são os valores que guiarão suas ações, não a casa em que foi colocado."
Harry olhou para ela, sentindo uma onda de alívio e gratidão. "Mas e os outros? Eles vão confiar em mim, mesmo sendo da Sonserina?"
Minerva sorriu suavemente. "Confiança é algo que se ganha, Harry. E você já começou a ganhar a confiança e o respeito de muitos.
Harry assentiu, sentindo-se um pouco mais seguro. "Acho que você está certa. Só preciso lembrar disso."
Minerva deu-lhe um abraço apertado. "Você nunca está sozinho, Harry. Sempre estarei aqui para guiá-lo e apoiá-lo. E lembre-se, ser da Sonserina não define quem você é. Você define quem você é."
Harry sentiu um peso ser levantado de seus ombros.
"Obrigado, mãe," ele disse, com um sorriso genuíno.
Minerva retribuiu o sorriso. "Sempre, Harry. Sempre."
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Harry Potter E O Herdeiro de Hogwarts
FantasiEm um mundo onde a tragédia de Godric's Hollow leva Harry Potter a ser criado dentro dos muros de Hogwarts, o destino do jovem bruxo toma um rumo diferente e extraordinário. Sob os cuidados de Minerva McGonagall e Albus Dumbledore, Harry cresce cerc...