10. amor é amor, certo?

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Takeda
21/05/24 09h15

eu acordo me sentindo estranho. Um sentimento que não dá pra explicar.

na noite passada, Ukai fez aquela piada, que me deu dor de ouvido só de ouvir aquilo, eu queria fazer algo naquela noite, eu estava inquieto no sofá dele, tive vontade de agarrar ele, aquilo foi a porta de entrada.

mas alguém tinha que ligar pra ele bem naquela hora. E eu não tive coragem de fazer nada depois daquilo.

eu solto um gemido de arrependimento e me levanto da cama.

me encontro escovando os dentes, quando meu celular toca.

eu bato o olho no contato.

um enjoo me atinge em cheio só de ler.

"mãe"

o que ela quer comigo?

-alô?
sra Takeda- oi filho, como você tá?
-ah, bem, e você?
sra Takeda- bem também. Eu liguei pra te falar uma coisa, eu e seu pai vamos dar uma passada ai na sua casa hoje, estamos passando ai perto. Vai preparando o almoço haha, jaja a gente chega.
~QUE? AH NÃO!!!!!~
-ah ta, mas mãe, tenho um compromisso com um amigo.
~droga, justo hoje que Ukai viria aqui!~
sra Takeda- Ta tudo bem, vai ser rápidinho.
-hm, ok. Tchau.
sra Takeda- Até.

Eu congelei, meu corpo parecia uma estátua, um sentimento ruim tomou conta de mim com essa ligação. Eu percebi que meu coração batia rápido e um desespero genuíno me atingiu.

senti que coisas muito ruins estavam por vir.

era por volta de 12h quando Ukai chegou.

meus pais ainda estavam 30 minutos de distância, pelo que minha mãe havia dito. Tempo pra explicar ao Ukai, pensei comigo mesmo.

era um dia frio de outono o céu estava nublado, digno de uma pintura, estava lindo.

o vento era forte e poeira entrou em meus olhos quando eu abri o portão para o loiro.

ele vestia uma camiseta vermelha e um moletom cinza por cima, uma calça jeans escuro e um Vans old skool no pé.

seu rosto aparentava cansaço, talvez ele não teria dormido direito? Ou um dia corrido mesmo.

-oi- ele me diz com um sorriso no rosto- como você tá?- suas mãos vão até meus ombros e ali acariciam.

esse toque não foi nada de mais, comparado aos demais, mas me causou arrepios, e talvez ele tenha percebido, porque me olhou confuso.

-eu não sei, sinceramente. Entra, tá frio, eu te explico tudo lá dentro.

Ele faz uma expressão preocupada e me segue até a sala de estar.

eu me sento no sofá e ele me acompanha, sentando-se ao lado.

-bom...meus pais virão aqui hoje mesmo...- meu rosto estampado de preocupação e medo me entrega.- não sei o que fazer, eu to com tanto medo Keishin, por favor, fica comigo, eu preciso de você pra enfrentar eles, você é o único que sabe daquilo, e o único que eu confio e me sinto bem...

~Ukai~ Vê-lo assim me fez sentir um aperto no peito e uma necessidade inexplicavél de abraçar e proteger ele do mundo. Mas eu tenho uma missão agora, tenho que ajudar ele a enfrentar os pais.

eu vejo como ele precisa de apoio então me inclino e abraço forte o menor dos cabelos ondulados.

Nosso momento fofura acaba logo, sendo cortado por um som de campainha.

eu sinto em meus braços seu corpo ficar rígido novamente e a expressão de medo voltando aos poucos ao seu olhar.

-eu tô aqui, lembra disso, qualquer comentário ruim que eles fizerem, eu vou tá lá pra te ajudar a enfrentar. Mas agora vai lá atender a porta, te espero aqui.

e nessa loucura- UkatakeOnde histórias criam vida. Descubra agora