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Cole, como a sombra do crepúsculo, carrega em seu peito um emaranhado de emoções, sentimentos que dançam, como folhas ao vento, um amor confuso, repleto de hesitações. Entre risos e silêncios, eles se encontram, em cada olhar trocado...
Não gosto dessa sensação... É como se uma sombra me observasse, e qualquer passo falso pudesse selar meu destino. Ouço vozes sussurrando do lado de fora enquanto meu olhar se fixa na cortina vermelha impenetrável, e no chão de madeira que parece tremer sobre a pressão de um mundo invisível. Eles se aproximam, arrastando objetos pesados de um lado para o outro, montando cenários no palco sem a maior necessidade. Minhas pernas tremem, como se dançassem ao ritmo de um medo silencioso, e meus dedos, gélidos, parecem presos ao frio, mesmo em um dia ensolarado.
- Tenho certeza de que vocês vão se sair bem! Treinaram muito para isso! - disse Kingslay, alegre, enquanto olhava para Clémentine, que acenou com um sorriso, enquanto Perrine concordava. - Mas agora, é hora de participarmos da plateia. Confio em vocês! - Logo, Perrime e Kingslay saíram da parte de trás do palco, restando apenas Clementine e Cole ali.
- O que houve? - Ouvi Clementine se aproximar de mim, nossos olhares se encontraram. Desviei rapidamente os olhos para as cortinas, como se nelas pudesse encontrar abrigo. As vozes do outro lado pareciam ecoar em minha mente, intensificando o tremor das minhas pernas e a pressão nos meus punhos ao ponto de minhas unhas cravavam na carne, deixando marcas suaves e profundas em minha pele.
Estava tão imerso em meu turbilhão interno...Até sentir suas mãos quentes segurando meu rosto. Clementine virou meu olhar para o seu, e um rubor suave tomou conta de mim. Minhas mãos, antes tensas, relaxaram lentamente sobre as coxas, enquanto o tremor se dissipava lentamente.
- Não precisa ficar assim... Vamos nos sair bem! - Clémentine sorriu gentilmente enquanto acariciava as bochechas de Cole. - Estarei aqui ao seu lado até o final, apenas relaxe... Kingslay e Perrine estão na plateia para nos acolher.
Uma vez mais, minha mente vagueia, perdida na imensidão de seus olhos amarelados, tão inocentes e doces, como algodão-doce derretendo no sol. Olhar para Clémentine trazia uma calma inexplicável... Desejaria que esses momentos se repetissem, e mesmo que não ocorressem, poderia passar o dia todo a admirar seu ser, escrevendo devaneios em um caderninho velho.
- Você e seu mundo da lua... - Clementine sorriu, a ternura em seu olhar se intensificando, e inclinou-se para beijar suavemente minha bochecha.
Meu coração disparou, as bochechas arderam em um tom rosado, e fiquei completamente atordoado. A risada leve de Clementine ecoou, um som de alegria ao ver minha reação, fui puxado rapidamente.
- Vamos logo! É hora do show! - disse Clementine, puxando Cole para o palco, onde começariam a apresentação...
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• Pequeno trecho baseado nessa arte original de yaelokre.
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Acaricia meu rosto, suas mãos quentes, Um toque suave, que o coração sente. Olhos âmbar, como um pote de mel, doce e gentis como a brisa, que encanta o mundo.
Cachos loiros emolduram seu ser, Cada detalhe é um convite a conhecer. Sussurros de amor dançam no ar, Digo a mim mesmo: "É você, meu lar."
Em cada olhar, um universo se forma, Um amor que brilha, que nunca se transforma. Assim, em silêncio, meu coração revela, A beleza que em você se espelha.
