Ela espera o que não sou,
eu busco um jeito de agradar.Palavras cortam como espinhos,
no jardim que devia ser flor.
Em vez de abraços, o vazio,
em vez de ternura, a dor.Andamos em círculos fechados,
num labirinto de mágoas guardadas.
O que nos une também afasta,
duas almas, feridas e marcadas.Ainda há amor por trás das brigas,
mas ele se esconde na solidão.
Desejo paz em cada tentativa,
mas tudo desmorona em vão.Quem sabe um dia a gente entenda
as sombras que moram aqui,
e possamos curar as feridas
que fingimos nunca existir.