Uma era calmaria e a outra furacão.
Uma é barulho e a outra silêncio.
Uma é razão e a outra emoção.
Olhando de fora parece que são bastante diferentes, porém, Camila Cabello e Lauren Jauregui partilham de um mesmo sentimento.
As diferenças podem se...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Você já quis apenas sentar-se ao lado de alguém e escutar tudo que ele poderia dizer sobre qualquer coisa sempre, só porque você gosta do rosto dele, e de sua voz e de toda sua existência?"
txnystark via ssweet-dispositionn | Tumblr
🌙
Os dois dias que precisei lidar com a morte do meu pai de frente foram tensos.
Pois onde quer que meus olhos alcançassem, lá estavam pessoas chorosas e cheias de palavras de conforto que eu não queria ouvir, mas as aceitava em respeito. Minha mãe e Sofia não quiseram acompanhar o sepultamento completo.
Apenas chegamos, demos e recebemos condolências pela perda, mas quando meu pai ia oficialmente ser enterrado, decidimos que já era hora de ir.
As duas não precisavam disso.
Minha mãe não precisava ver o homem com quem dividiu mais de vinte anos de sua vida ser enterrado. Sofia não precisava ver seu heroi ser enterrado.
No carro, quando achei que voltaríamos a casa da minha tia - onde estávamos hospedadas -, minha mãe parou perto da praça e desceu do carro.
Eu e Sofi nos encaramos, mas depois fomos atrás dela. A encontramos sentada em um dos bancos em frente ao lago. Seus olhos estavam presos à sua frente, e seu olhar denunciava que seus pensamentos estavam longe. Sentamos cada uma em um dos seus lados. Sofia deitou a cabeça no ombro da mais velha enquanto abraçava seu próprio corpo.
Suspirei e levei meu olhar para frente, assim como minha mãe havia feito. Pessoas corriam, crianças brincavam com seus pais alegremente ao nosso redor.
A vida continuava apesar de tudo. Sempre continuou e provavelmente sempre será assim. Isso era assustador e calmante ao mesmo tempo.
- Seu pai me pediu em namoro nessa praça. - Foi a única coisa que ela disse.
Não havia o que ser dito, pelo que conhecia minha mãe, ela só queria ser ouvida, já havia ouvido demais. Ela chorou mais um pouco. Seus ombros tremiam. A abracei como pude, pondo meu braço também ao redor de Sofia que ainda mantinha sua cabeça pousada no ombro. Ficamos ali algum tempo que não me importei em cronometrar.
Depois que minha mãe voltou momentaneamente ao controle de suas emoções, voltamos para casa da minha tia. Na manhã seguinte, nos despedimos cedo de minha tia, e fomos para o aeroporto.
O voo de volta foi calmo e entediante como o da vinda - um plus foi apenas a trilha sonora. Fomos agraciados por um bebê que não parava de chorar. Me questionava como ele conseguia chorar e gritar ao mesmo tempo sem se engasgar em nenhum momento. Enfim, quando pousamos, cansadas de uma viagem de cerca de dez horas de viagem, chegamos em casa.
