O outro mundo.

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      Nolan está deitado de barriga para cima no que parece ser areia. Ele escuta um som de mar e começa a abrir os olhos, enxergando aos poucos o céu bem claro. Não consegue se lembrar do que aconteceu. Impulsiona-se para cima para se levantar, mas sente seu corpo pesado. Em seguida se força a rolar em posição de bruços para se levantar com mais facilidade, porém, com muito esforço, ofegante, consegue ficar no máximo de joelhos. Ele nota que está nu. E cai com a cara na areia em seguida.

Ainda caído, vira seu rosto para o lado. – O... O que está acontecendo? Cadê minhas...

Seu corpo fica pálido, seus lábios perdem a cor, e assim ele desmaia.

Um tempo depois...

Idioma de outro mundo, vozes masculinas.

– Está acordando! – (...).

– De onde será que ele veio? – (...).

– Eu não sei.

Nolan abre os olhos, deparando-se com dois seres apáticos, de pele cinzenta, vestimentas medievais e de aparência um pouco diferente da humana, conversando entre eles. Com muito pavor, começa a perguntar aos dois, quem são eles, onde ele está e etc...

– Ele está dizendo algo, mas não entendo nada.

Nolan também fica olhando sem entender o que estão falando. Tenta se levantar, mas não consegue.

– Por que ele não consegue se levantar? O corpo dele é tão leve.

– Vamos vesti-lo e levá-lo ao imperador.

Um dos seres o pega e o coloca em uma gaiola de um estranho veículo movido a ar. Nolan berra por socorro, mas sua voz começa a falhar em seguida e sua respiração fica mais profunda.

– Por que ele está gritando? Será que machucamos ele?

– Acho que está enjoado.

– Gritar de enjoo? Mas por quê? É impossível enjoar em um Arimol.

– Deve ser porque não é acostumado.

Novamente ele desmaia.

Os três chegam numa cidade urbana cheia de árvores enormes e coloridas. As casas são como mini castelos com acabamentos feitos com pedras escuras e transparentes. Os veículos flutuam, e todos os seres são cinzentos. Tudo totalmente diferente do nosso planeta Terra.

Mais pra frente, em um enorme castelo marrom repleto de civis eles chegam. Todos veem Nolan, surpresos, começam a cochichar entre si. Os dois seres saem do veículo; um deles com o garoto no colo. Seguem para dentro do castelo e perguntam aos demais onde está o imperador. Alguém responde que foi para o Bosque das Feras.

O ser leva Nolan para uma sala no subsolo do castelo, o coloca nu dentro de uma máquina, amarra as mãos, barriga, pescoço e pernas, fecha a porta do compartimento e aperta um botão. Ele aguarda alguns minutos e o retira da máquina.

No decorrer do tempo, chega um homem muito alto, de cabelos bem curtos e pele muito clara, com vestimentas semelhantes às medievais. Todos os indivíduos batem palmas pela sua chegada. Ele é avisado sobre a criatura que foi encontrada.

– Interessante... Será que teremos outra guerra? – Diz o homem com um leve sorriso no rosto.

No quarto, o garoto ainda está desacordado. No ambiente há apenas uma cama, uma pequena mesa e velas.

O tal homem o olha fixamente.

– Viram alguma nave ou algo igual próximo a ele?

– Não! Nós o vimos deitado, depois vasculhamos os arredores para ver se tinha outros iguais, mas não encontramos nada.

O protagonista dos mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora