{Capítulo: 05}

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**Capítulo 5: A Nova Ameaça**

A manhã seguinte na Clareira começou com uma tensão palpável no ar. Os Corredores, normalmente disciplinados e focados, agora murmuravam entre si, trocando olhares preocupados enquanto se preparavam para mais um dia no Labirinto. S/N sentia o peso de sua nova responsabilidade como Corredor. Ele sabia que cada decisão e cada passo a partir de agora poderia significar a diferença entre vida e morte.

Minho estava reunido com Alby e Newt perto da entrada do Labirinto. Quando S/N se aproximou, pôde ouvir parte da conversa.

"...não podemos ignorar o fato de que o Labirinto está mudando mais rápido do que conseguimos mapear," dizia Alby, sua voz carregada de preocupação. "Precisamos de mais informações."

"Por isso vamos enviar S/N e outros Corredores para diferentes setores hoje," respondeu Minho. "Precisamos cobrir o máximo de terreno possível."

Alby assentiu, mas ainda parecia preocupado. "Apenas tomem cuidado. Qualquer coisa fora do comum, voltem imediatamente. Não podemos arriscar perder mais ninguém."

Minho então se virou para S/N. "Hoje você vai para o Setor 7. É uma área que exploramos pouco, então fique atento. Não hesite em voltar se sentir que algo está errado."

S/N sentiu um frio na espinha, mas manteve a cabeça erguida. "Estou pronto."

Antes de partir, Newt entregou a S/N uma pequena faca. "Nunca sabemos o que podemos encontrar no Labirinto. Esteja preparado."

Com a faca firmemente presa ao cinto, S/N se juntou a dois outros Corredores, Thomas e Frypan, que iriam explorar setores diferentes. As portas do Labirinto começaram a se abrir, e os três se entreolharam uma última vez antes de se separarem, cada um correndo para seu setor designado.

O Setor 7 era uma parte do Labirinto que S/N nunca havia explorado antes. À medida que ele corria, as paredes de pedra pareciam se fechar ao seu redor, criando uma sensação de claustrofobia. Ele fazia anotações rápidas, marcando qualquer coisa que pudesse ser útil mais tarde. Tudo parecia calmo demais, e essa tranquilidade apenas aumentava sua desconfiança.

Após quase duas horas de exploração, S/N encontrou algo que o fez parar abruptamente. No chão, um pedaço de tecido rasgado estava preso entre duas pedras. Ele se ajoelhou para pegá-lo, e notou que o tecido estava manchado de sangue. Um calafrio percorreu sua espinha. Alguém havia se machucado ali, mas quem?

Antes que pudesse processar a descoberta, um som baixo e contínuo ecoou pelo corredor à sua direita. S/N ficou paralisado por um momento, tentando identificar o que era. O som crescia em intensidade, uma mistura de metal raspando e algo que parecia um grunhido.

Verdugos.

O instinto de sobrevivência tomou conta de S/N, e ele começou a correr na direção oposta, o coração batendo acelerado. O som dos Verdugos se aproximava rapidamente, e ele sabia que precisava encontrar um lugar para se esconder.

Virando em uma esquina, S/N avistou uma pequena abertura na parede, mal grande o suficiente para que ele pudesse se espremer. Ele se jogou dentro da abertura, respirando pesadamente enquanto o som dos Verdugos se aproximava. Ele podia ouvi-los agora, a poucos metros de distância, seus corpos metálicos se movendo com uma velocidade assustadora.

S/N segurou a respiração, fechando os olhos enquanto ouvia os Verdugos passarem por ele. O barulho era ensurdecedor, mas ele se forçou a permanecer imóvel. Um movimento errado, um som fora de lugar, e ele estaria acabado.

Os segundos pareceram horas, mas finalmente os Verdugos começaram a se afastar, o som de seus passos metálicos diminuindo até desaparecer. S/N esperou um pouco mais antes de sair do esconderijo, o corpo tremendo de adrenalina.

Ele sabia que não poderia continuar. O Setor 7 estava mais perigoso do que qualquer um havia previsto, e ele precisava voltar para a Clareira e avisar os outros. Com uma última olhada ao redor, ele começou a correr de volta para a saída, suas pernas queimando de cansaço, mas o medo o impulsionando a continuar.

Quando finalmente alcançou a saída do Labirinto, S/N estava exausto, mas aliviado. Minho e os outros Corredores já estavam lá, e quando S/N apareceu, o olhar de preocupação de Minho se transformou em alívio.

"O que aconteceu lá dentro?" perguntou Minho, ajudando S/N a se apoiar em uma parede.

"Verdugos... muitos deles," S/N conseguiu dizer entre respirações ofegantes. "Eles estavam no Setor 7. E... encontrei isso." Ele mostrou o pedaço de tecido ensanguentado a Minho.

Minho pegou o tecido, examinando-o com uma expressão sombria. "Isso não é bom. Se eles estão patrulhando novos setores, significa que algo mudou. Precisamos descobrir o que."

Alby se aproximou, com a testa franzida ao ver o pedaço de tecido. "Alguém pode estar ferido ou pior. Precisamos investigar isso."

Minho concordou. "Amanhã, vamos enviar uma equipe para o Setor 7, com mais pessoas. Precisamos entender o que está acontecendo."

Naquela noite, a Clareira estava mais silenciosa do que o normal. Os Clareanos pareciam sentir a mesma preocupação que S/N, e o medo de que o Labirinto estivesse se tornando mais mortal crescia entre eles. S/N, ainda abalado pela experiência, sabia que o tempo estava se esgotando. O Labirinto estava mudando, e eles precisavam encontrar uma saída antes que fosse tarde demais.

              ℂ𝕠𝕟𝕥𝕚𝕟𝕦𝕒.....

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