Te Odiar Deveria Ser Fácil.

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"I leave my heart open, but it stays right here, empty for days"

Story of my life by One Direction


Alissa estava jogada na cama de Arthur enquanto o mesmo jogava em seu vídeo-game. A jovem ia para a casa dos Leclerc quase todos os dias, já fazia parte de sua rotina; principalmente naquele período do ano em que estava de férias.

— Tô com fome. – Escutou o amigo reclamar.

— Vou na cozinha perguntar para a tia Pascale o que posso trazer. – Avisou já levantando da cama.

— Às vezes eu te amo, Lis. – Brincou o rapaz, recebendo um dedo do meio da morena.

Lis estava procurando algo na estante para alimentar seu morto de fome mas percebeu que não tinha nada pronto, teria que fazer algo; ao olhar para a geladeira, notou um bilhete nela.

"Queridos, precisei dar uma saidinha.
Pascale."

— É, vou ter que assaltar sua geladeira, tia. – Resmungou para ninguém específico. Alissa notou que já estava anoitecendo e resolveu fazer um jantar para eles; estava entediada e gostava de cozinhar. Enquanto cortava os temperos para fazer um caldo que aprendera com sua avó, Alissa concentrou-se tanto na música brasileira que tocava na caixinha de música que nem notou a porta principal ser aberta.

O filho do meio de Pascale, Charles Leclerc, havia chegado de mais uma viagem maluca que fazia. Ele era um grande piloto de Fórmula 1 e aquele sempre fora o sonho do rapaz, o mesmo corria pela Scuderia Ferrari, que por coincidência, era a escuderia que Alissa tanto torcia.

Ao passar pela sala e chegar à cozinha, Charles percebeu a presença de Alissa ali e só conseguiu soltar uma risadinha ao ver a mesma dançar destrambelhada, ela parecia feliz. Alissa, por outro lado, entrou na onda de "Anna Júlia" dos Los Hermanos e não estava preocupada com o seu redor. Porém, ao virar-se e deparar com Charles ali, na sua frente, a jovem deu um grito de susto, derrubando a colher que usava para mexer o caldo.

— Que susto, Leclerc. – Exclamou a jovem.

— Não sabia que me achava tão feio, pirralha. – Charles a provocou. Eles não eram a definição de amigos, estavam mais para conhecidos que se bicavam às vezes. O moreno nunca teve coragem de chegar em Alissa como amigo, assim como a morena nunca teve também. Então, eles só ficavam se provocando ao longo dos anos de convivência.

— Quantas vezes eu vou ter que te falar que odeio quando você me chama de pirralha? – Bufou.

— E quantas vezes eu vou ter que te explicar que não me importo? – A morena ia ficando cada vez mais vermelha, dando um gostinho de vitória para o monegasco. – Sabe cadê a minha mãe? – Ele perguntou.

— Ela precisou sair. – Disse entregando-o o bilhete. – E o Arthur está lá emcima.

— E o que você está fazendo 'pra gente? – Perguntou abrindo a panela e cheirando a comida.

— 'Pra gente? Tô fazendo 'pra mim, 'pro Arthur e 'pra sua mãe. – Respondeu travessa.

Charles foi se aproximando de Alissa e a encurralando no balcão da cozinha com seus dois braços ao redor dela. A música que começou a tocar não ajudou no momento, Mania de Você da cantora Rita Lee começou sua melodia na caixinha de som.

— Mas eu estou aqui agora, pirralha. – Sussurrou para ela, com os olhos fixos nos seus. – E você é uma pirralha bem atrevida. – Apertou o nariz de Alissa, saindo da cozinha.

A Albuquerque ficou estática e mais vermelha que um pimentão. Sua relação com Charles nunca fora simples; eles não se davam bem, desde pequenos não conseguiam se aproximar. Alissa lembra que quando tinha 6 anos, queria aprender xadrez e Kiara estava ocupada demais para ensiná-la, pedindo para Charles aquele favor. Péssima ideia. Resultou em uma Alissa chorando e um Charles rindo da cara dela, pois era isso o que gostava de fazer, irritar a Martinelli. O garoto ficou de castigo naquele dia. E Alissa foi até o quarto do mesmo para, simplesmente, dar língua para o moreno. Coisas de criança.

Midnight Memories | Charles Leclerc (Reescrita De "The Impossible")Onde histórias criam vida. Descubra agora