Midnight Memories | Charles Leclerc (Reescrita De "The Impossible")

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"I got a heart and I got a soul believe me, I will use them both"

18 by One Direction

Acordar cedo já é ruim.

Mas acordar cedo e aos gritos da sua mãe consegue ser pior.

— Alissa Albuquerque-Martinelli! Está na hora de levantar!

A caçula dos Albuquerque-Martinelli resmungou um "já vou", apesar de nem ter levantado da cama. Sua mãe, Victória Albuquerque Costa, era uma mulher muito... Excêntrica. Sempre quebrando regras e parâmetros; ela era uma estilista brasileira renomada, que foi tentar a vida na Itália, onde conheceu o pai de seus 3 filhos e Alissa tinha muito orgulho dela mas Victória não nasceu para ser mãe. A jovem havia problemas demais com sua genitora.

— Alissa, já mandei você levantar. Não me faça repetir. — Victória invadiu seu quarto, apressando a filha.

— Já vou, mãe. – Resmungou levantando da cama.

— Acho bom, sabe que hoje é sábado e vamos tomar café com Pascale, já é nossa tradição e você sempre se atrasa! – A mulher continuou reclamando mas Alissa já estava no banheiro e nem se deu trabalho de escutar. Pascale Leclerc era a melhor amiga de sua mãe, ambas se conheceram após Vic ir em um salão em Mônaco, no qual Pascale era a dona. Vic e Pascale eram inseparáveis, mesmo com a pequena diferença de idade. Seus filhos, Matteo, Kiara e Alissa, eram muito próximos dos filhos de Pascale; Lorenzo, Charles e Arthur; como as mães eram e elas queriam passar essa amizade às próximas gerações. A caçula achava aquilo muito lindo, ambas eram diferentes mas acabaram encontrando o amor da amizade uma na outra.

— Bom dia, papai. – Cumprimentou seu pai, já chegando no andar de baixo da casa. Ela era rápida se arrumando.

— Bom dia, princesa. – Respondeu Joseph. Joseph Vicenzo Martinelli era o esteriótipo italiano; falava alto, ria muito e gesticulava até demais. Ele conheceu Vic em um dos seus desfiles, após acompanhar sua irmã, Maria Carla Martinelli. Foi amor à primeira vista. Foi difícil para Joseph se acostumar com o jeito da esposa ou sua cultura diferente mas o amor dos dois parecia indestrutível.

— Vamos? A mamãe tá 'pra me colocar louca. – Revirou os olhos e arrancou uma risada do pai.

— Você que se atrasa demais. – Victória apareceu de repente. – Vamos, Pascale já está nos esperando.

O caminho até a casa dos Leclerc foi tranquilo, Alissa amava aquele principado e tinha noção do quão privilegiada ela era por morar ali; o céu bem azulado estava com poucas nuvens naquele dia e o mar estava calmo, ótimo para um banho. A caçula nem reparou que já haviam chegado, afinal, tudo naquele lugar era perto. Lis, como era chamada por sua família e amigos, fora a primeira a entrar na casa de sua tia, como fora ensinada a chamar a amiga de sua mãe. Victória chegou na vida de todos para revolucionar.

— Arthur? – Chamou o melhor amigo. Era amiga de todos mas o caçula conquistou seu coração desde que nasceu. Arthur Leclerc era 2 anos mais velho que a jovem mas isso quase não era notório, visto que o rapaz parece uma criança na maioria do tempo. Arthur e Alissa eram inseparáveis, suas mães diziam que quando a morena nasceu, Arthur não saiu de perto da bebê um segundo sequer, ele estava apaixonado por aquela neném. Tratava ela como a irmãzinha que sempre sonhou em ter.

— Tô aqui, Lis! – Escutou a voz dele do andar de cima e deduziu que estava em seu quarto. Antes de ir atrás do loiro, falou com a matriarca dos Leclerc, que apareceu na sala de repente.

— Oi, querida. – Pascale cumprimentou educadamente. Desde que Alissa se entende por gente, Pascale sempre foi sua tia favorita; quando brigava com Victória, era nos braços da mais velha que ela ia procurar abrigo, no primeiro joelho ralado, foi em Pascale que Lis foi procurar ajuda; ela sempre esteve lá pela menina.