A noite passou, dormi com a mãe, na cama onde vocês costumavam dormir. Na cama onde eu a meio da noite te pedia pra te chegares pro lado, porque tinha medo do escuro lembras-te? Na cama onde me fazias cócegas, na cama onde me adormecias. Sim essa cama! Acordei a perguntar por ti, a chamar-te e só depois me lembrei que tinhas ido embora, e tudo desabou de novo. Os meus olhos voltaram a encher-se de lágrimas. Pensei em ligar-te, mas de que iria adiantar? So ia ficar pior.
Os dias passaram, e tu ligaste e disseste que querias estar comigo. Soltei um sorriso enorme e nao me calava com isso. Tu afinal querias saber de mim! Eu era importante! Nós saímos. Fomos até ao pingo doce, sentaste-me numa cadeira do café de lá e deste-me um telemóvel. Daqueles a preto e branco super fofinhos. Eu não sabia o porquê daquele presente até tu me dizeres que o ia utilizar para falar contigo sempre que quisesse. De imediato achei que o meu novo brinquedo era magico e que poderia combinar 1001 coisas contigo. E quem sabe, voltar a ter a família de antes. Mais tarde descobri que nao era bem assim.
Mais tempo passou, e tu conheceste outra mulher. E o meu sonho de voltar a ter a família feliz foi por água a baixo. Ja nada ia ser igual.
Ela mostrava-se simpatica, e eu começava a gostar dela. Sabes porquê? Porque ela insistia contigo para estares mais tempo comigo! Ela aproximava-nos. Eu nao sei se isso te irritava ou nao, só sei que deixei de a ver, e consequentemente deixei de te ver também.