~☆Capítulo 2☆~

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O ar estava pesado,quase palpável,os lábios daquele homem estavam tão próximos,e como um rendimento e a recusa de ver aquela cena,ela fecha os olhos esperando que o provável aconteça.

As mãos do Lucca lentamente afrouxam e ele se afasta da pequena moça,a mulher abre os olhos e se afasta dele com uma risada sem jeito mas dava para ouvir o nervosismo nela.

"Viu?Você é fraca demais para poder confir nas pessoas desse jeito!Se for ajuda desconhecidos,aprenda a lutar e se defender!" O Lucca fala com raiva,a pequena mulher sorri e volta a andar o guiando.

"Eu sabia que você não ia fazer nada!Por isso tô te ajudando!" A Sina fala com confiança mas com a voz ainda um pouco nervosa,Lucca volta suas mãos nos bolsos e a segue em silêncio,sem mais nenhum ataque inesperado.

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Depois de 4 ou 6 minutos,eles chegam na frente de uma cafeteira,fechada e escura mas até fecha transmitia um ar de acolhimento e conforto,o local não era grande mas tinha o suficiente para você sentir acolhido.

"Esse local é onde você trabalha?" O grande homem que estava atrás dela fala com a voz calma e monótona,fazendo a Sina pular de susto com a quebra do silêncio repentino.

"É onde eu trabalho,eu sou dona daqui!" Fala ela com um sorriso suave e se recuperando do susto que levou uns segundos atrás,Sina tira a chave do bolso e abre a porta de madeira clara,assim que entra liga as luzes deixando a padaria iluminada por uma luz amarelada.

"Entre!Você gosta de chocolate quente?" Sina fala animada dando espaço para ele entrar,assim que ele entra,ele sente o ar quente o abraçando,por alguma razão aquilo o acalmava.

O homem se senta numa cadeira na única mesa pequena que tinha lá,e lentamente acena que sim com a cabeça,"eu gosto" o homem fala baixo e calmo.

"Fique com esse copozinho de café,já trago seu chocolate quente!" Sina fala suavimente enquanto coloco um minicopo com café na frente dele.

A mulher vai para cozinha que dava para ver tudo o que estava acontecendo lá dentro pela janela que tinha na parede que dividia a parte da cozinha da padaria,os olhos sem brilhos do Lucca nunca deixando a estrutura pequena daquela mulher,seguia cada movimento até mesmo as piscadas dela,talvez estava observando um pouco demais?

Não muito tempo depois a Sina vem cigurando numa mão uma caneca na outra um prato com biscoitos caseiros,ela se aproxima da mesa e coloca o lanche em cima da mesa a frente dele.

"Coma" Sina fala enquanto se senta na frente dele e cruza as pernas,os olhos do Lucca demora nos dela,parecendo que estava vendo se ela estava sendo sincera ou querendo envenena-lo.

Seu olhar depois de uns segundos voltam para a caneca,que estava com um aroma tão gostoso e aparecia tão bela que senti até um pouco de inveja de não conseguir comer!

O Lucca lentamente pega a caneca e posiciona nos lábios,por um instante seu olhar volta para o dela antes de finalmente da um gole,sentindo a textura e o gosto saboroso na boca,tão doce mas ao mesmo tempo não era de se enjoar,sem perceber ele já tinha bebibdo a metade do cholate que tinha na caneca.

Com um movimento lento ele abaixa a caneca e coloca na mesa,seu olhar volta para o dela,"Você não é tão ruim na cozinha..." o homem fala sem graça.

"Valeu!Vou levar isso como um elogio!" A Sina fala em seguida de uma risada baixa,seu olhar lentamente começa a se transformar em pena,"Por que você ia fazer aquilo?" Ela fala baixo e lento como se estivesse falando com uma criança sobre um assunto delicado.

"Pelo amor de Deus!" O Lucca fala revirando os olhos,"Por que esse olhar de pena?Por que esta me olhando com esse olhar ridículo!?E que merda de voz é essa?" Lucca fala com raiva,ele odiava aquele olhares,aqueles que parecem que estão falando com uma criança que não entende o que tá fazendo ou que nunca conheceu o mundo,aqueles olhares de pena parecendo que ele era alguma pessoa insignificante que está fazendo algo que não sabe.

"Esse olhar me dá raiva,então se for para me olhar desse jeito,não me olhe!" O Lucca fala com raiva,suas mãos apertando em punhos deixando os nós dos dedos branco,a raiva dele estava borbulhando,sempre era assim,sempre aqueles mesmos olhares de pena mas nunca realmente se esforçavam para o entender.

"D-desculpa,eu realmente queria saber porque você ia fazer aquilo..." Sina fala surpresa sem saber o que fazer ou como falar,os olhos do Lucca demonstrava raiva e algo escondido ou mascarado que ela não consegue identificar.

"Você não entenderia,como é você lutar por tanto e no final ver que ainda há um grande vazio,você rir por rir, não ver um sentido para está aqui,a solidão que nunca é preenchida,parecendo um balde furado,não importa o quanto tente encher ele sempre acaba vazio..." Lucca fala olhando nos olhos dela "Não importa o quanto eu tente explica, nunca,nunca sei explicar o que eu realmente sinto" o homem fala com raiva e frustrado com sigo mesmo.

Por uma fração de segundo ele se arrepende de ter ditos aquelas palavras,vendo o olhar dela fixo no dele,como se estivesse tentando extrair e compreendê-lo o máximo que pode,parecia que ela o entendia mas não totalmente.

"Eu não te entendo...Mas eu quero entender..." A mulher fala calmamente,por alguma razão que ela não entendia,ela queria o compreender,entender e ajuda-lo.

Aqueles olhos por alguma razão ela via tanta solidão e aquilo a fez querer ficar perto dele ainda mais,queria o ajudar.

Aquela padaria estava sumindo aos poucos,estava sumindo para ambos,seus olhos fixos um no outro,uma comunicação que não era de palavras,mas silenciosa.

"Por que?" O homem fala num tom baixo, seus olhos nunca desgrudando dos dela,por algum motivo estava mais difícil dele falar,um nó na sua garganta o deixava arrasta as palavras.

"Porque eu sei como é ter ninguém por você na hora que você precisa...E ficar sozinho..." A Sina sussurra baixo o encarando,a mulher não tinha se arrependido de ter o trago para tomar uma caneca de chocolate quente,e uma coisa tenho certeza,ambos nunca comeram biscoitos e chocolate quente do mesmo jeito,pois agora tinha uma memória marcada pela mistura do lanche doce, agora, é uma boa memória ou vai ser arruinada durante toda a história?

Solidão Com Um Toque De Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora