OS MASCARADOS | Min Yoongi

Capítulo 13

Min Yoongi

Com toda a certeza do mundo, se eu pudesse daria um tiro na minha própria cara.

Faz exatamente quinze minutos que estou do outro lado do refeitório da empresa há observando.

Pra ser mais exato, estou a quinze minutos fazendo um café que na verdade levaria cinco.

Apenas pra ver ela sorrir.

Faz exatamente uma semana, que tenho ela como minha secretária. Uma semana que meu inferno particular apareceu na minha frente, para trabalhar pra mim.

Nos primeiros dois dias, fui forte.  Não me deixei me levar por aquela aparência angelical. E me mantive apenas focado na organização.

As palavras de Hoseok ainda martelavam na minha cabeça, sabia que tinha algo.  Mais a porra do meu coração tinha virado mole e não queria acreditar em mais nada.

No quarto dia, esbarrei nela. Porra.
O cheiro dela invadiu minhas narinas, e me senti a merda de um viciado.

Agora no sétimo dia a observo como um psicopata.

Olivia sorri abertamente pra Maya que está sentada em sua frente, como se a mulher tivesse falando a melhor piada do mundo. Um aperto se forma em meu coração. 

Eu queria que esses sorrisos fossem direcionados a mim também, eu queria fazer ela gargalhar até ela não aguentar mais.

Eu queria ...

Você precisa de uma seção de porrada Min Yoongi.

Jungkook insiste em dizer que já me encontro amarrado pelas bolas. Eu continuo dizendo que não.  Apenas meu ego ferido.

Olivia é do tipo de garota que fazem todos se apaixonarem por ela, doce, inocente e incrivelmente linda.

E talvez eu seja só mais um que caiu na sua teia.
Mais nunca que eu daria o braço a torcer.
Sou Min Yoongi.

Cansado dessa merda, pego minha caneca de café e caminho até minha sala. Hoje o dia está levemente tranquilo, sem grandes compromissos.

Mas como sou um puto de um egoísta, separei vários casos pra revisão.

Maya me encheu de questionamentos, com o que eu tinha na cabeça. Minha vontade era de gritar, que a porra de uma garota tinha acabado com minha sanidade. Mais como disse não darei meu braço a torcer.

Abro a porta em minha frente, caminho até minha mesa, coloco meu café e pego meu celular pela primeira vez no dia.

Evito responder os caras, uma vez que responde, eles nunca mais param.

Tomo mais um gole do meu café e batidas na porta roubam minha atenção.

— Entra. – Digo.

— Com licença Senhor Min. – Olivia diz entrando, suas bochechas estão vermelhas como sempre. Acho tão adorável. 

A proveito mais um pouco pra observá-la, virei um maluco mesmo.

Bufo passando a mão em meu cabelo.

— Algum problema Senhor Min? – me olha preocupada.

— Nenhum Olivia, o que deseja?

— Maya me mandou pra ajudar o Senhor com as revisões. – Diz um pouco tímida, pisca algumas vezes e abaixa a cabeça.

A boneca não abaixe a cabeça pra mim.

— Sim, pode se sentar, são todos esses. – Aponto pra pilha de papéis em minha mesa.
A garota se surpreende com a quantidade, um sorriso de lado escapa dos meus lábios.

Como você é um cuzão.

— Vamos começar então Senhor Min. – Olivia respira fundo e se senta em minha frente.

Por algum momento esqueci como se respira, o seu cheiro invade meu escritório.
Lembranças daquela noite me invadem.

Agora Não seu Puto.

Me movo desconfortável na cadeira, atraindo a atenção da mulher em minha frente.  Não é hora pra ficar de pau duro.

Repito fundo tentando voltar minha atenção aos papéis em minha frente.

Meus olhos passam por todas as letras, mas minha cabeça está longe, a concentração parece fugir de mim.  E não a julgo cheguei ao ponto de até eu querer fugir de mim mesmo. 

A um tempo atrás fui encostado na parede sobre me casar. Casamento por contrato são muito comuns no mundo da máfia.

Por um tempo até pensei que seria o certo a se fazer, já que nunca me casaria por amor.

O amor nos deixa fraco. E automaticamente se transforma em alvos contra nossos inimigos.
Um casamento sem amor eu não teria esse risco.
Nem herdeiros teria.

Mais porque esses pensamentos, parecem tão errados quando estou na frente dela?

Me apaixonar seria a pior burrada que poderia fazer.

Estamos no meio de uma guerra não há tempo a perder.

— Yoon... Senhor Min.  – Porra, sua voz suave me faz querer surtar.

— Diga Olivia. – Minha voz sai um pouco dura, fazendo a mesma se encolher na cadeira.

— Eu não entendi isso aqui. – Aponta a folha em minha direção. 

Respiro fundo reunindo todas forças dentro de mim, preciso acalmar essa confusão dentro de mim. 

Ergo minha mão em direção ao papel estendido em minha direção, sua mão sem querer se esbarra na minha, questão de segundos uma eletricidade me invade, me afasto rapidamente.

Olivia me olha confusa. Meu coração bate descompensado. 

Caralho.

Era tudo mentira, meu dia não vai ser nada tranquilo. Tudo por causa desse meu maldito coração.