Capítulo 4

306 44 1
                                    

Ron chegou ao carro primeiro, o que era incomum. Harry era sempre o primeiro a chegar; Ron tinha decidido que Harry tinha desenvolvido algum tipo de apego não natural ao pedaço de metal.

Quando ele entrou na clareira, o carro piscou as luzes. Ron deu um tapinha afetuoso no capô, então o carro abriu a porta do passageiro, abaixou as janelas e ligou o rádio na estação favorita deles. Ron entrou, fechou a porta atrás de si e se espreguiçou. Ele olhou para o céu pela janela aberta, nublado e cinza. Era um dia frio, e Ron estava com uma camada extra de roupa por baixo. Ele fechou os olhos e cantarolou para si mesmo, esperando por Harry. Poucos minutos depois, ele ouviu um barulho e abriu os olhos. Tudo o que ele conseguia ver era uma massa muito grande de cabelo preto e olhos verdes.

— Cara, não se aproxime sorrateiramente de mim.

— Eu não esperava que você estivesse aqui. — Harry foi até o outro lado do carro e entrou enquanto Ron se sentou, puxando as pernas para baixo dele. — Você parecia muito feliz sentado aí.

— Estou. Estou tão feliz pelo George. Obviamente, ele ainda tem um longo caminho a percorrer, mas ele jogou quadribol conosco a noite toda! E ele riu. E conversou. Ele quase parecia o seu antigo eu. — Ron sorriu. — É estranho, no entanto, porque é agridoce.

— Faz você sentir falta do Fred, não é? — Ron assentiu, em silêncio. Harry engatinhou até lá, se acomodou entre as pernas de Ron, cabeça no peito. — Estou feliz pelo George também. E estou feliz que você esteja feliz.

Ron beijou o topo da cabeça dele.

— E você? Está feliz?

— Estou muito contente.

— Mas você está feliz?

— Não sei.

— Você não tem pesadelos há algum tempo — Ron apontou. — Isso é progresso.

— Acho que sim. Não tenho sonhado tanto.

— Isso é bom. — Eles ficaram lá por um tempo, ouvindo o rádio enquanto o ar frio flutuava ao redor deles. Eventualmente, algumas gotas caíram no para-brisa, então um leve tamborilar de chuva desceu, e o carro fechou as janelas. Então começou a chover, a chuva batendo ruidosamente contra as janelas, obscurecendo qualquer visão de fora do carro.

— Droga — Harry murmurou.

— Acho que não voltaremos tão cedo, porque eu definitivamente não vou sair andando assim.

— Não há como dizer o que aconteceria se tentássemos andar nisso. Nós cairíamos em uma toca de coelho e acabaríamos na ideia de País das Maravilhas de Hagrid.

— Que é a minha ideia de inferno. — Eles riram.

— Ah, bem, acho que poderíamos passar o tempo de outra forma — sugeriu Harry. Ele se levantou e esticou o pescoço para poder beijar Ron. Abaixando o rosto, Ron tocou seus lábios nos de Harry. O beijo foi suave, lento, sem urgência ou pressão desnecessária. Eles moveram suas bocas no ritmo, separando os lábios para que as línguas pudessem deslizar e explorar.

Sem interromper o beijo, Harry se manobrou para ficar montado em Ron, de frente para ele. Ron explorou a boca de Harry lentamente, sua língua mapeando cada curva, fenda, ponta afiada e ponto fraco. Ele queria aprender o máximo possível sobre a boca de Harry, e sentiu como se tivesse se enganado nas outras duas vezes por não ter tirado um tempo para aproveitar isso. Seus dedos roçaram as bochechas de Harry, sobre a armação dos óculos, então mapearam os contornos de sua orelha e pescoço. Harry estava fazendo algo semelhante no cabelo de Ron e em seu peito, suas mãos deslizando pela frente de sua camiseta e então se curvando em torno de seus bíceps.

Manual Now Included | RonarryOnde histórias criam vida. Descubra agora