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Amber eyes
Júlia Martinez

Não sei de onde tirei tanta coragem para ir atrás dela, mas toda aquela situação já estava me deixando super estressada.

Eu queria saber.
existia algum problema comigo?
porque ela sentia tanta indiferença por mim?

— Problema com você? — finalmente ouvi a voz de Rayssa e com a cara mais cínica do mundo ela me respondeu  — Não que eu me lembre!

Não consegui deixar de dar uma risada incrédula. Como isso era possível?

— Júlia podemos ir? — Paige, que havia acabado de sair do dormitório, perguntou, alternando o olhar entre mim e Raíssa. — Está tudo bem?

— porque não estaria? — Rayssa perguntou ainda em tom de deboche o que me irritou ainda mais

— Vamos! — puxei Paige indo em direção ao seu dormitório. Queria sair dali o mais rápido possível.

— Ei, gatinha, calma. — Paige agora segurava minha mão, tirando-a de seu braço e mostrando a vermelhidão

— Meu Deus! — parei bruscamente, olhando seu braço. — Paige... Me desculpe — Eu estava tão irritada que nem percebi a força com que a segurava

— Você é bem forte, né? — ela riu de forma descontraída.

— Me desculpa mesmo, é que essa garota me deixa tão... — soltei um grito frustrado.

— Eu entendo, ela também me deixa tão... — Paige imitou meu grito, e caímos na gargalhada. — Mas, não querendo ser muito intrometida, qual o motivo de tudo isso? Porque, bom, com certeza você já viu que brigamos em alguma dessas páginas de fofoca.

— Realmente, mas no meu caso ela é babaca sem motivo. — Andávamos agora em passos lentos enquanto ela me ouvia atentamente. — até que ela era legal quando nos conhecemos mas do nada ela virou essa idiota

Paige tinha uma expressão confusa — olha, eu já fui amiga da Rayssa, e tenho certeza que ela não te trataria desta forma sem motivos, posso não ser mais amiga dela mas sei que ela é uma das pessoas mais doces que já conheci

— eu realmente não sei, eu não entendo o que pode ter acontecido. Quando nos conhecemos no campeonato Pan-Americano, nos aproximamos muito por sermos as únicas brasileiras e termos a mesma equipe técnica. Achei que seríamos boas amigas. Ela era legal e gentil. Na última noite antes de irmos embora, passamos a madrugada em claro, conversando sobre nossas vidas. Mas, depois daquele dia, ela parece me desprezar, como se tivesse nojo de mim! —desabafei.

— Então é você! — Paige afirmou, como se tudo finalmente fizesse sentido.
— Como assim? — perguntei, confusa.

— Nada, pensei alto, me desculpe. — Como se voltasse de um transe, respondeu — Chegamos, Você se lembra onde deixou seu celular? — perguntou

Ollie Heigths - Rayssa LealOnde histórias criam vida. Descubra agora