Cicatrizes - itafushi

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Se passa em um universo alternativo, onde maldições não existem e Itadori e Megumi se conheceram na escola.
Baseado no Megumi briguento dos flashbacks do final da 1° temporada.

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Com um algodão molhado em uma mistura de álcool diluído em água, Itadori gentilmente limpava o sangue seco na pele do rosto de Megumi, que grunia em reação a ardência do álcool sobre os machucados.

- Dói muito? - Perguntou Yuuji com uma feição preocupada.
- Dói menos do que a surra que eu levei. - Vendo a preocupação no rosto de Itadori aumentar, Megumi desistiu de descontrair a tensão. - É brincadeira, arde um pouco nos lugares que tem corte, mas de resto já passou a dor.
- Entendi..- Ele continuara limpando os machucados, enquanto o moreno resmungava algumas vezes, mas mantinha uma expressão tranquila.

Itadori havia se acostumado com essa "rotina" de limpar os machucados de Megumi, já que ele conseguia quase todos os dias alguma lesão nova.
Eles não eram da mesma escola, mas se conheceram por acaso em uma excursão entediante a um parque local que ambas instituições forneceram, curiosamente na mesma hora, ambos saíram de perto do grupo de estudantes e caminharam sozinhos, até Itadori se esbarrar com Megumi acidentalmente enquanto andava distraído.

"- Eita! Foi mal cara, não tava prestando atenção.
- Sem problemas, só cuidado por onde anda."
Essa curta interação despertou um interesse quase imediato em Itadori, até porquê, não era sempre que se avistava um garoto tão bonito como aquele, e com chamativas cicatrizes pelo rosto e pescoço.

Megumi era indiscutivelmente bonito, mesmo com alguns arranhões e cortes pelo rosto, cabelo bagunçado e roupas amassadas, ele era um garoto lindíssimo. Seus traços delicados e bem acentuados em seu rosto chamava atenção, em contraste com sua pele pálida os lábios e olhos eram muito atrativos. Se Yuuji acreditasse em amor a primeira vista, certamente diria que se apaixonou após esbarrar no moreno sem querer.

Em contraste, sua primeira impressão para Megumi foi péssima.
"Um idiota, nada mais do que um idiota de cabeça vazia." - Foi o primeiro pensamento que pairou na mente de Megumi naquele encontro inesperado no parque, além da cor incomum de seu cabelo que lembrava um algodão doce. Mas, nos encontros futuros sua perspectiva mudou rapidamente.

A segunda vez que eles se viram foi em uma briga de rua, algo mais comum do que deveria ser para Megumi. Era familiarizado por bater em valentões na sua escola, em tentar defender algumas pessoas que ele julgava merecedoras de defesa e de ter um pavio curto demais para aturar injustiças na sua frente. Bem, essa terceira convicção o proporcionava algumas brigas de rua, era sempre em momentos inconvenientes, dessa vez ele apenas estava saindo do mercado quando presenciou a cena de um bando de marmanjos cercando um garoto desajeitado que se encolhia em meio a empurrões e chutes. Infelizmente, ele não aguentava ver algo acontecendo e não fazer nada, a sociedade já se calava o suficiente sobre bullying e perturbações recorrentes, se instituições ou autoridades maiores não fariam nada, então Megumi faria.

Largando sua sacola de compras em um banco do lado de fora do mercado, ele foi para cima sem enrolar, puxando o braço de um dos garotos para trás com força o suficiente para fazê-lo virar de frente para Megumi, em seguida lhe dando um soco forte no queixo. Cambaleando para trás e cuspindo sangue da sua gengiva, o garoto encarou Megumi com raiva, a briga esquentou a partir daí.

Após finalizar os três, o menino desajeitado já havia saído, provavelmente corrido para longe quando a briga começou a ficar séria, embora Megumi não fazia o que fazia buscando agradecimentos, era um pouco irritante para ele o garoto apenas ir embora, sem ao menos tentar alguma coisa. De toda forma, ele terminou o "serviço" com um nariz sangrando e poucos arranhões. Retornando ao mercado para pegar suas compras, ele viu o garoto com cabelos de algodão doce novamente.
Segurando suas compras, ele entregou as sacolas para Megumi, o moreno o encarava desconfiado, torcendo internamente para que ele não tivesse que brigar novamente.

- Obrigado. - Disse simplório, pegando suas compras e se virando para ir para casa.
- Foi surrral o que você fez! - Itadori se juntou ao seu lado rapidamente, o acompanhando a caminhar. - Sabe, enfrentar os três de uma vez.
- Só fiz o que tinha que ser feito.
- O que já é algo incrível, já que normalmente ninguém faz nada.

Megumi o encarou por alguns segundos, tentando entender o porquê dessa admiração repentina. Em contrapartida, Itadori sorria ao olhar para ele, um sorriso genuinamente gentil e de admiração, não era sempre que Megumi recebia algo assim.
Apesar de parecer um marshmallow ambulante, aquele garoto era interessante, querendo ou não ele despertou o interesse de Megumi, talvez por ser estranho, mas fez o moreno sorrir levemente enquanto o acompanhava até em casa.

Após esse segundo encontro, pode se dizer que eles não se desgrudaram mais, a escola de ambos não era tão longe uma da outra, então, nos intervalos de almoço e pausas nos horários de aula, ambos estavam juntos, a amizades cresceu junto a afeição e admiração que sentiam mutuamente. Inevitavelmente, cuidar das feridas de Megumi acabou virando algo do cotidiano de Itadori.

Após fechar o último corte com curativo, Itadori segurou o rosto de Megumi nas mãos, o admirando por alguns segundos, acariciando os locais de cicatrizes já curadas. Mesmo com o rosto detonado, com ataduras, curativos e fitas, ele continuava belíssimo. Era quase irreal alguém tão bonito existir, Fushiguro era como uma divindade, não importava quanto mais cicatrizes ele ganhava, sua beleza parecia prosperar.

- Vai me encarar por mais quanto tempo? - O moreno retirou as mãos de seu rosto, encarando qualquer outro ponto que não fosse Yuuji, estava começando a se sentir envergonhado.
- Se eu pudesse, em tempo integral. - Em resposta ele recebeu um soco leve no ombro. - Ei!
- Para de falar bobagens, você já me vê todos os dias. - O rosto ruborizado do moreno encarou Yuuji com uma feição sutilmente emburrada.

Aquela expressão era algo que Itadori guardaria na memória, se seus olhos pudessem registrar aquele momento ele guardaria o filme para sempre.
Amava Megumi, amava o quão belo e virtuoso ele era, amava suas convicções e ideais, seu senso de justiça e sua força em seguir com ele intacto. Amava aquele garoto, seu rosto, corpo, alma, todas as cicatrizes em cada centímetro de pele.

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Manga Jujutsu Kaisen, capítulo 268(As cicatrizes do Megumi seguem esse padrão)

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Manga Jujutsu Kaisen, capítulo 268
(As cicatrizes do Megumi seguem esse padrão)

Um pouco de água com açúcar em meio a tantos problemas.
Perdão por qualquer erro ortográfico e até o próximo, abraço.

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