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– Benzinho… – Ramiro chamou assim que Kelvin saiu do banheiro secando os cabelos na toalha e o corpo semi coberto por uma regata folgada que encobria quase que completamente a cueca cinza.
Os olhos castanhos lhe deram total atenção e Ramiro bateu ao seu lado chamando o mais novo para perto. Um sorriso pequeno surgiu e as bochechas ganharam covinhas discretas antes que o ruivo abandonasse a toalha em algum canto, subindo na cama em seguida.
Ao deitar com o corpo colado ao mais velho, Kelvin teve sua cintura enlaçada e um beijo suave foi deixado em sua testa. Era possível ouvir a respiração de Ramiro em cima dos seus cabelos, o homem inalava o cheiro daquele jeito que costumeiramente fazia sempre que dormiam juntos.
Kelvin escondeu o rosto no peito descamisado deixando um beijo sobre a pele quente, preparando-se para o sono que em breve chegaria. Ele já sentia seus olhos pesados quando ouviu Ramiro o chamar bem baixo próximo a sua orelha.
– Tá dormindo, pequetito?
– Quase… – continuou preguiçosamente acomodado como estava.
– Hum, então tá bom… Boa noite.
Ramiro ficou em silêncio outra vez e Kelvin facilmente dormiria, não fosse o tom incerto que percebeu vindo do mais velho. Arrumando-se na cama, buscou os olhos escuros chamando a atenção para si ao acariciar o rosto alheio.
– Que foi, meu bem? – apoiando o queixo no peitoral do namorado, Kelvin piscava atento dispersando o sono que estava começando a sentir.
Ramiro demorou alguns segundos antes de finalmente perguntar:
– Você tá bravo comigo? – o ruivo estreitou os olhos, confuso – Chateado? Não sei…
– Isso é por causa de hoje a tarde? – Kelvin sabia que sim, só podia ser. Ramiro maneou a cabeça minimamente e o mais novo negou. – Eu não estou bravo com você, lindo.
– Mas está chateado… – não foi uma pergunta. Kelvin mordeu o lábio e, se rendendo, sentou-se na cama tendo seu movimento espelhado pelo outro.
