𝟒𝟐

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Vem cá
Me segura, linda, e não solta mais
Vamos ficar trancados juntos lá em alta
Atrás das curvas do seu corpo me transmite paz
Quando eu a vejo sempre quero mais

DE LOVE | 1 kilo

SAO PAULO - BRASIL
GIULIA VITURINO
3 SEMANAS DEPOIS

O

barulho dos saltos batendo no chão era uma das únicas coisas que eu escutava enquanto caminhava pelos corredores vazios e silenciosos, barulhos de impressoras e telefones tocando abafados era a única coisa que mantinha o ar da empresa funcionando, o clima era leve entre algumas pessoas que passavam apesar de nunca ter gostado daqui

- senhorita venturino - a secretária falou com os olhos levemente arregalados e sorri gentilmente com a mente gritando para que eu não a corrigisse, eu não era mais uma venturino mas ninguém sabia disso e ela era a menos culpada dessa sala

A surpresa em seu olhar era nítida e não poderia reclamar, devo ter aparecido nesse lugar umas cinco vezes nos últimos anos mesmo sendo a empresa que eu iria herdar

- meu pai está? - perguntei sabendo que eu poderia ter ido até ali atoa e ele estar na Itália, havia passado uma semana e meia dês do casamento improvisado e do melhor dia da minha vida

Richard infelizmente havia perdido o campeonato na final me fazendo ficar mais tempo nos estados unidos e ainda mais perto dele não saindo do seu lado em nenhum momento, principalmente quando a Argentina ganhou e o consolo precisou ser ainda maior

Nesse exato momento ele estava aproveitando seus últimos dias afastado do palmeiras para ficar na Colômbia, meu destino deveria ser o mesmo mas tinha muita coisa no Brasil para resolver e colocar em dia já que sai daqui sem pensar em nada dia a uns meses atrás

A garota de cabelos negros lisos a minha frente ajeita o óculos no rosto e pega o telefone discando o número do escritório do meu pai com certa delicadeza, imagino o quanto deve ser difícil trabalhar com esse homem

- senhor? A sua filha está aqui, posso deixar ela entrar? - a voz doce pergunta escutando o outro lado em seguida, quero dizer que eu poderia entrar com ele deixando ou não, isso tecnicamente ainda é meu mas ela só está fazendo o seu trabalho - pode entrar

Sorri de volta fazendo exatamente aquilo e não me dando ao trabalho de bater na porta antes de entrar, a sala era em tons neutros sem uma decoração algo que eu com certeza mudaria assim que se tomasse meu, rolei meu olhos por todo o local que conhecia muito pouco

- em que devo a honra? - sua voz fez minha atenção finalmente ir até ele com os dedos criados e os cotovelos apoiados na mesa observando cada movimento meu quando me aproximei calmamente

- seu xeque mate - joguei a pasta documentada em cima de sua mesa e seu olhar foi até ela sem se dar ao trabalho de abrir e ver do que se tratava ainda mantendo a pose sossegada

𝐂𝐀𝐎𝐒 | 𝐑𝐢𝐜𝐡𝐚𝐫𝐝 𝐑𝐢𝐨𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora