amor assassino

CAPÍTULO vinte etrês

Lucas

"Você chegou em casa cedo!" Digo enquanto Angel entra pela porta dos fundos e vai até a cozinha.

Pego a bolsa e o casaco dela enquanto ela tira os sapatos.

"Estou surpresa que você não tenha ouvido. Chad Gilcrest se matou ontem à noite." Ela para na ilha central e passa os dedos na bancada. "Você não acha estranho? Ele não é do tipo que tira a própria vida. Ele se amava demais para isso."

"Eu não pensei muito nisso." Tiro a jaqueta e coloco a bolsa no canto da mesa, à direita da geladeira.

De dentro da geladeira, pego uma jarra de chá e a carrego para o balcão.

"Não é como se eu tivesse passado muito tempo pensando sobre isso, mas simplesmente não parece certo."

"Use seu instinto." Eu a aconselho e sirvo um copo para ela.

Ela não aceita. As rodas em sua cabeça estão girando. Nós realmente nunca chegamos perto deste tópico. Esfrego uma mão no meu queixo e espero pelas perguntas dela. Não sei como devo responde-las. Não quero mentir, mas não posso perdê-la. Eu não vou perdê-la. Angel é minha âncora nesta vida. Quando a vi, sabia que a razão da minha existência era amá-la e apreciá-la. As coisas que fiz foram porque eu queria criar um mundo melhor para ela.

"Meu instinto me diz que ontem à noite Chad não era o único em seu escritório quando morreu."

"Isso te incomoda?"

Em vez de responder a essa pergunta, ela faz outra.

"Se eu fizer perguntas, você mentirá ou vai me dizer a verdade?"

Minha mão está molhada da jarra, mas pode estar suando.

"O que você quer?"

"A verdade."

É declarado claramente, sem animosidade ou raiva, o que me dá alguma esperança. Suave. Meu coração bate mais rápido.

"Então é isso que eu vou lhe dar."

Afasto minha mão da jarra e dou um passo para
trás para inclinar minha bunda contra o balcão.Ela se senta e cruza as mãos na frente de seu corpo, como se estivesse pronta para começar a gravar oficialmente cada uma das minhas respostas.

Geralmente nas inquisições, o examinador fica
em pé e o suspeito na cadeira, mas é ela quem
tem poder aqui. Por tudo o que ela gosta de ser dominada no quarto, ela me segura na palma da
sua mão pequena. Se ela me dissesse para me ajoelhar, eu me ajoelharia. Se ela me dissesse
para pegar a faca da cozinha e arrancar os olhos, eu o faria sem um gemido. Eu a amo. Não de qualquer
maneira comum. Não é como duas pessoas comuns se amam, porque ela não é comum.

Ela é a pessoa mais sexy, inteligente, divertida e mais sábia que já tive a boa sorte de conhecer. Eu preciso dela como os humanos precisam de oxigênio. Se eu não a ter na minha vida, eu vou morrer. Esse é o resultado simples de uma equação simples.

"Quando você viaja de noite para o outro estado, o que você está fazendo?"

"Trabalhando." Eu respondo.

Tecnicamente, livrar-se de certas pessoas é trabalho. Matar é um chamado de um tipo diferente.

"Mulheres?"

Quase nunca. Eu só matei duas mulheres e essas foram injetáveis. Mas não é isso que ela está perguntando. Eu já fodi, pensei em foder, outra mulher? Essa é uma resposta fácil.

"Não."

"Crianças?"

"Não!"

Espere, talvez ela estivesse pensando em mim e nas
mulheres de uma maneira diferente. Eu retrocedo.

"Para ser preciso,nunca toquei o corpo de uma mulher que não estava morta."

É o mais perto de uma confissão que eu fiz hoje
à noite ou em qualquer noite. Angel não é burra.
Ela vai ligar tudo, especialmente porque ela tem suspeitas. Observo enquanto ela vira minha resposta
em sua cabeça. Ela chega a uma decisão então, porque assente e pega sua bebida. Enquanto ela
bebe o chá gelado, pergunto:

"É isso?"

"Essas foram as questões importantes. Não preciso saber mais."

Ela pousa o copo e se aproxima. Sua mão está quente no meu peito. Eu a abraço, pressionando sua cabeça no meu peito. Meu coração bate devagar e firme sob o ouvido dela.

"Tenha cuidado." Diz ela. "Eu não posso te perder."

"Eu sempre fui cuidadoso." Eu a asseguro.

Um enorme suspiro de alívio me escapa. Eu passo a mão nas costas dela. Angel se sente pequena e frágil debaixo da minha palma. Ela é uma mulher capaz e independente, mas também precisa ser cuidada. Essa precisa ser a minha prioridade.

"Eu posso me abster de fazer qualquer trabalho extra no futuro."

Outra pessoa terá que cuidar do lixo em nossos municípios. Eu preciso estar aqui por Angel.

"Não. Não estou dizendo que você deve parar
de trabalhar mais,se achar gratificante. É meio reconfortante saber que existe alguém por aí que cuida das coisas. Na verdade, eu estava pensando em deixar o emprego porque é muito frustrante ver as pessoas receberem sentenças pequenas e depois saírem e cometerem os mesmos crimes hediondos novamente. Não é justo."

"Não. Não é." Eu a abraço com força. Estamos
na mesma página totalmente."Mas você é mais importante para mim do que alguém tão..."Coloco um dedo nos lábios dela. "Eu não irei a lugar nenhum. Eu sou cuidadoso. Muito cuidadoso."

"Nem sempre haverá um Chad." Ela sussurra.

"Sempre há um Chad, infelizmente. Sempre há alguém que coloca dinheiro antes da vida, mas eu ouvi você. Eu nunca vou te abandonar."

Seus braços sobem para envolver meu pescoço.

"É melhor não."

Pressiono meus lábios no topo da cabeça dela.

"Eu não irei a lugar algum. Melhor se acostumar comigo."

"Eu já estou, bobo. Não foi por isso que me casei com você?"

"Você se casou comigo porque eu tenho um pau grande e não me importo de brincar com você no quarto."

Ela se afasta e me dá um tapa no peito.

"Isso não é verdade. Eu nem sabia que gostava de jogos excêntricos até você começar a fazer coisas comigo enquanto estávamos..." Ela gira o dedo em volta.

"Girando em círculos? Secando roupas?" Eu finjo não adivinhar.

"Há, há."

"O que então? Quando você soube que gostou das coisas estranhas?" Provoco. "Foi a primeira vez que belisquei seus peitos?"Estendo a mão e apalpo um seio. "Ou foi quando eu enlouqueci, você ficou de joelhos e empurrei meu pau grande na sua garganta?"

Ela cora, seus olhos brilhando.

"Eu acho que foi quando você colocou a mão grande em volta do meu pescoço e me disse que eu não
poderia gozar até que você me ordenasse."

"Ahhh." Eu digo. Estendo a mão e seguro seu queixo
com força. "Desde que você não me ligou para dizer que estava voltando para casa mais cedo, acho que um castigo está ok."

A conversa acabou. Ela tem as informações de que precisa e emitiu o aviso com o qual se preocupa. Seja seguro. Não se arrisque, mas faça do mundo um lugar mais seguro. Em troca, reafirmei minha promessa de ficar ao lado dela, porque não deixarei nem a morte nos separar.