emoções

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Deidara: Desculpa ter avisado tão repentinamente - sorri sem graça

Iruka: tudo bem, eu já queria falar com você antes. Só fiquei surpreso quando me mandou mensagem, eu não esperava que quisesse vir hoje. Eu teria arrumado a casa

Deidara: Desculpa mesmo! Desde que cheguei eu ando tão ocupado que não arrumava um tempo. Meu plano era vir depois das compras, mas não saiu como eu esperava...

Iruka: Hmm, o que aconteceu hein? - levanta e pega suco para os dois - problemas no trabalho?

Deidara: não, tá tudo mais que incrível com meu trabalho. O ruim é ter que conviver com aquele idiota do Obito

Iruka: ah, eu entendo. Deve ser horrível conviver com o ex melhor amigo de infância- ri -

Deidara: para - revira os olhos - mas nem é por isso, acho que na verdade eu só não suporto o jeito dele

Iruka: Amigo, eu conheço vocês dois a muito tempo e sei que brigar tá no top três coisas que vocês sempre fazem, mas também sei que não querem mal um ao outro. E se realmente não suportasse ele, não estaria reclamando e arrumaria um outro lugar pra morar

Deidara: você quer parar de me mostrar os fatos e me ajudar a reclamar mais? - ri - mas tem razão, preciso de um lugar pra ficar. Não quero ter que depender de ninguém

Iruka: vem morar comigo, sou sozinho mesmo. Seremos solitários juntos

Deidara: não é uma má idéia, só que eu sei bem que o Kakashi dorme aqui algumas vezes, então não seria muito bom. Aliás, por que ainda não estão em um relacionamento?

Iruka: é complicado amigo, o Kakashi não é alguém que se sente pronto pra um passo a diante na nossa relação

Deidara: que babaca - bufa de raiva

Iruka: tá tudo bem, eu também não sei se estou pronto - respira fundo - enfim! E você ? Namorando?

Deidara: em partes - ri novamente - estou fingindo gostar de alguém só pra não ser motivo de piada para o casal maravilha

Iruka: o que? Explica isso direito

Deidara: quando cheguei aqui, comecei a trabalhar com o Sasori e descobri que o Obito namora a Rin. Então, para que os dois não achassem que eu sou um encalhado sem ninguém eu acabei dizendo que estava afim do meu chefe

Iruka: Meu deus - começa a gargalhar - amigo! E seu chefe não falou nada em relação a isso?

Deidara: na verdade, ele estranhamente não se importa e entrou nessa mentira comigo

Iruka: então ou seu chefe é muito legal ou ele tem um fetiche muito estranho - limpa as lágrimas que acabaram saindo quando estava rindo - mas não precisava ter feito isso, era só dizer a verdade. O que importa eles acharem algo de você?

Deidara:nada, é só que não me sinto muito confiante perto deles dois. Parece que a Rin me olha como se estivesse me desafiando ou pode ser só impressão...

Iruka: sendo impressão ou não, deveria dizer a verdade. Vocês não são mais crianças

Deidara: vou dizer, mas só depois da festa dela. Inclusive você vai?

Iruka: não sei não. Ela me convidou, mas nós não temos uma relação muito boa por causa do passado

Deidara: o que? Como assim?

Iruka: ela era afim do Kakashi antes de namorar o Obito e como o Kakashi e eu ficávamos na época, ela acabava não gostando muito e por isso não somos amigos

Deidara: não lembrava dela ser tão...

Iruka: escrota? Pois é, depois que você se mudou, ela se enfiou de vez no nosso ciclo de amigos e foi isso. - revira os olhos e sorri - mas eu acho que vou sim na festa, seria ótimo ver a cara dela

Deidara: se for , me avisa

Iruka: claro! Mas voltando ao assunto da briga. Vocês ficaram presos em um armário, tiveram uma discussão e você veio pra cá - cruza os braços - olha eu entendi, mas é melhor ligar pra ele e se acertarem. Essa briga foi muito idiota, os dois estavam errados e conversar é sempre a solução

Deidara: às vezes me dá vontade de explodir essa sua cara de sabe tudo - ri e abraça ele - vou ligar, mas vamos conversar mais um pouco, te liguei pra gente se encontrar e por o papo em dia


( Pov Deidara)

Já era noite quando saí do apartamento do Iruka e voltei pra casa. Ao chegar lá, aparentemente não havia ninguém, mas eu ouvi alguns barulhos vindo do andar de cima. Subi as escadas e à medida que eu me aproximava do quarto do Obito, os barulhos ficavam mais altos e mais claros.
Parei diante da porta dele e respirei fundo.

Deidara: então é assim que você resolve as coisas? Por que eu ainda tento?

voltei para baixo, fui em direção a porta e sai. Não importava para onde eu iria, só não queria ficar ali ouvindo os dois fudendo.
Iruka estava errado quando disse saber que nenhum de nós faria mal ao outro, eu sinto que minha alma foi dilacerada. Peguei um táxi e quando vi estava com um pincel na mão, no ateliê , de frente ao quadro com o esboço do meu rosto. Fechei meus olhos e respirei profundamente, tentando me convencer de que não importava.
Aos poucos o quadro ficava mais vivo e as cores surgiam em um piscar de olhos , sentia o pincel flutuar na tela junto com uma mistura de emoções frustradas. Chegou a um ponto, em que eu simplesmente não aguentei e fechei meus olhos cansado.



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