2: Pessoas são como rosas, algumas machucam.

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A morte não é tão ruim assim,
Pensando bem ela não é nada ruim.

Está tudo tão calmo, tão sereno. Não quero que essa sensação passe, e se eu ficar aqui pra sempre?

Alguém sentiria minha falta?

Estava tudo escuro, com certeza eu estava num tipo de sala toda preta. Não fazia sentido nenhum  mas se for pra essa sensação de paz continuar  por mim está tudo bem.

Eu não consigo nem pensar direito, minha mente está tão silenciosa, está tudo tão quieto...

De repente o chão simplesmente some de baixo dos meus pés e eu sou sugada para baixo em uma velocidade extrema.

Sinto meu corpo todo pesado enquanto eu caio nesse buraco sem fim.

Fecho meus olhos sentindo que aquele seria o meu fim, até minhas lágrimas estavam ficando enquanto eu ainda caia naquela imensidão.

Minha mente projeta várias cenas do passado, desde meus pais, meu irmão e finalmente a garota que eu amava secretamente.

Como nos conhecemos até a última vez que nos vimos.

Me afastar? Como vou me afastar da garota que estou apaixonada? Eu só queria protegê-la, queria poder não deixar ninguém encostar nela.

Eu só queria...

Queria tocá-la, beijá-la, sentir seu calor, seu corpo junto ao meu...

Ela era uma arma apontada diretamente no meu peito e o seu sorriso era o gatilho, e toda vez em que ela sorria... meu coração era atingido com força.

Não estava apenas apaixonada, eu estava obcecada por ela, e não era de um jeito ruim.

Eu a queria pra mim, somente para mim.

Enquanto eu ainda caia, eu me encolhi, peguei meus joelhos e os abracei. Sentindo todo aquele caos dentro de mim, toda a dor.

Quando dei por mim, eu estava caindo no fundo do mar, eu estava indo cada vez mais fundo
Estiquei meus braços afim de olhar para minhas mãos.

Ah, que sensação...

- Celeste... - escuto a mesma voz de hoje cedo

Eu não podia responder, a água não deixava

- Celeste... - me virei para ver ao meu redor e não via nada

- Vamos, acorda... - vejo um vulto passando por mim

Começo a me desesperar

- corre - a voz falou novamente - nada Celeste - o vulto passou por mim novamente, sinto uma ardência no meu braço esquerdo e na minha bochecha. Passo a mão e vejo sangue,
Um corte fino nos mesmo. Alguém estava me machucando

- Nade Celeste  rápido! - Decido obedecer a voz e começo a nadar o mais rápido que conseguia até o topo.
Sentia o vulto vindo atrás de mim, tento ir mais rápido, quando finalmente cheguei ao topo respirei a maior quantidade de ar que conseguia.

Olhei ao redor e estava no meio do oceano, o mar estava violento, ondas gigantes viam em minha direção me afogando.

Me desesperei pois não tinha ar o suficiente, senti algo puxar meu pé me levando ainda mais para o fundo.

Chutei as mãos do que seja lá o que for aquilo e continuei nadando para cima, cheguei ao topo e o mar me puxou para baixo novamente.

Eu ia morrer, eu sabia disso mas por que eu insistia em lutar? Não era isso o que eu queria?

Com esse pensamento, eu sinto as mãos me puxando novamente e dessa vez não luto.

Sinto aquela coisa me puxando rapidamente para o fundo, vou perdendo a consciência por falta de ar nos pulmões

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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