Uma sequência de matchs ruins

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No segundo em que a garrafa começou a girar — quase rodando para fora devido a força e a forma desajeitada com que Gojo tinha feito isso — Megumi estava dividido entre dar um olhar de julgamento para Yuuji ou se preocupar se aquela droga ia acabar caindo nele e alguém, não tinha interesse nenhum nas pessoas daquela roda, mas de opções menos problemáticas, preferia mil vezes cair com Itadori e até com Nobara, Gojo também era uma preferencial, os dois já tinham uma relação esquisita desde a adolescência, o que havia piorado um pouco quando Fushiguro foi morar com ele, não seria constrangedor passar sete minutos com ele no armário, para ser bem sincero, seria mais confortável até do que ficar com seus amigos, uma vez que Satoru já sabia sobre todos os seus problemas, mas estava tão bêbado para cogitar o expulsar da roda, a essa altura, ele realmente já não devia saber nem mais o próprio nome.

— Você me deve uma... — com o olhar de puro julgamento direcionado a Itadori, Megumi não se conteve em expressar seu descontentamento.

Os olhos azulados, no entanto, se prendiam à garrafa e a forma como lentamente ela perdia o impulso.

— Como eu ia saber que ele ia mudar as regras do jogo! — Yuuji tentou se defender, mas conhecendo Fushiguro, ele sabia que não tinha escapatória.

— É o Gojo, você esperava o que?

— Olha, desde que ele roubou meu quarto eu não espero mais nada — deu de ombros.

Fushiguro pensou em responder e talvez demonstrar mais de sua raiva e indignação, mas a garrafa havia parado de rodar no mesmo instante, revelando as primeiras vítimas daquela brincadeira nem um pouco questionável. A ponta da garrafa ia diretamente para Geto, enquanto a bunda estava direcionada para Sukuna.

— NAAAAOOO!!! — o platinado protestou, agarrando a garrafa em meio ao desespero e virando o bico para ele e a bunda para Sukuna, arrancando uma arqueada de sobrancelha da parte de Ryomen, que torceu o nariz com nojo e um suspiro frustrado de Suguru, que sofria a pior das friendzones e ainda havia tido o azar de ser sorteado a passar 7 minutos em um armário, com seu rival no amor (não que Sukuna parecesse interessado o suficiente para ser considerado um rival).

— Para de roubar, caralho! — Utahime agarrou uma garrafa plástica de energético vazia e bateu com tudo na cabeça de Gojo.

— Aí, porra! Se fizer isso de novo, faço questão de transformar essa garrafa em um consolo e enfiar inteira no seu cu até sair pela sua boca! — acariciou o local atingido, mesmo estando vazia ainda tinha doido — Isso é tão injusto! Suguru, seu maldito sortudo!

— Só se for sorte pra vocês... — murmurou frustrado, se levantando — vamos acabar logo com isso, por favor. Quanto mais cedo entrarmos no armário, mais rápido saímos. — Colocou a mão sobre o rosto, quase gemendo em frustração. Nem estava bêbado o suficiente pra isso.

— Pra mim isso é bem feito. Passou tanto tempo indeciso, querendo mamar os dois, que agora os dois que vão se mamar! — Utahime, completamente alterada, se jogou sobre o colo de Satoru, rindo da cara dele descontroladamente e cutucando a bochecha do garoto de cabelos platinados, enquanto este rangia os dentes de ódio e não protelou na decisão de dar-lhe um cascudo, o que arrancou um gemido dolorido da garota e a fez levar as mãos a cabeça, obrigando a que se afastasse.

— Vai dar meia hora de cu com o relógio parado, vai. Tá misturando tanta porcaria que tá começando a alucinar — não evitou de corar a ter seu segredo revelado para tantas pessoas.

De fato, dá vontade de Gojo, o que viesse era lucro, mas não queria que Geto soubesse, pois eram amigos a tanto tempo e sinceramente, ele temia por alguma reação controversa do amigo, que pudesse arruinar sua convivência.

7 minutos no paraisoOnde histórias criam vida. Descubra agora