Anos após a morte de Tsunade Senju...
Sábio dos Sapos, Jiraya
Peço o seu retorno imediato à vila. Talvez você já saiba do infeliz ataque da raposa de nove caudas. Não sei quando este recado chegará até você, talvez eu nem esteja mais viva, mas precisamos de você agora. Eu preciso da sua ajuda.
Senju, Yume.
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– Isso foi tudo? – Jiraya perguntou à sua aluna enquanto observava, com atenção, as gotas de água que escorriam pelas folhas de uma planta e caíam no chão. Ele precisava focar em algo para não se desestabilizar naquele momento.
Primeiro, Orochimaru fazendo experimentos em crianças, fugindo da vila e se tornando um nukenin. Depois, Hiruzen, ao descobrir que seu mestre deixou seu amigo criminoso escapar. Em seguida, Tsunade, aparentemente morrendo e desaparecendo. Agora, Minato e Kushina, provavelmente mortos, aqueles que eram o mais próximo de uma família depois de sua princesa, se foram. O sábio estava voltando para conhecer seu afilhado, Naruto. "O pobre garoto talvez não tenha sobrevivido..."
Shizune engoliu seco e balançou a cabeça lentamente. – Sim... – A menina acompanhava com os olhos os movimentos lentos de seu mestre. Ela sabia muito bem como ele se sentia, o vazio por dentro e o som que ecoava como uma caverna escura e solitária, um quarto vazio sem pertences e mobília, porque tudo o que deveria estar ali se foi, todas aquelas pessoas amadas.
Shizune se aproximou e sentou ao seu lado, colocando a mão nas costas de seu mestre, assim como ele fez há muito tempo para confortá-la. – Sinto muito! – Sua voz era baixa e parecia um segredo sussurrado, algo secreto compartilhado apenas pelos dois, que conhecem a dor de perder tudo em suas vidas.
Eles ficaram ali por um tempo, em silêncio, sozinhos, até que as lágrimas vieram como uma leve chuva em uma tarde de verão e se transformaram em uma tempestade nas noites da mesma estação.
Forçando-se a agir após a notícia, ele a olhou. – Vamos, precisamos descobrir o que aconteceu e se a senhora Yume ainda está viva. – Shizune, que o acompanhava em suas lamentações, saltou para ficar em pé e limpou os olhos. – Vou arrumar nossas coisas – respondeu a menina.
Ela deixou que ele tivesse um momento privado em seus lamentos antes de voltar com as bolsas.
Jiraya era grato pelo tempo sozinho que a garota lhe deu. Ele precisava sentir tudo, coisas que ele não se permitiria sentir com ela por perto, pois se sentiria envergonhado por tais pensamentos. Ele queria poder se sentir pessimista antes de sorrir novamente para si mesmo, para o mundo e, principalmente, para sua pupila.
Quando ela retornou, analisou o estado do seu mestre antes de se aproximar. – Vamos? – Ela evitava usar a palavra "sensei" para não despertar sentimentos ruins naquele momento.
Assim como da outra vez, eles só falavam quando necessário, suas palavras eram baixas, como se falar fosse um desrespeito aos mortos e àqueles que estavam perdidos em algum lugar. Novamente, foi Shizune quem interrompeu o silêncio, depois de alguns dias de viagem, para tocar no assunto.
– Acha que a senhora Yume está bem? – Shizune perguntou durante a viagem, e o homem soltou uma risada. – Do jeito que aquela mulher é, provavelmente sim – ele sorriu e deu uns tapinhas no ombro dela. – Ela deve ter ajudado a lidar com a Kyuubi. Ela é uma mestra em selamento, tal como sua mãe, vovó Mito. – Ele sorriu com as memórias da infância e de como Mito reclamava sobre como eles eram barulhentos, mas sempre o convidava para visitar.
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Higanbana
Fanfiction"Depois de tantas perdas e tantas guerras, eu me perguntei como era a morte, mas nunca pensei que realmente iria encontrar a resposta tão cedo." Após um erro, tudo muda para Tsunade, sem saber como ou o que deve fazer para atingir seu objetivos e p...