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Lamar me ajudou a equilibrar e andar até o gelo, onde eu respirei fundo 3 vez e balançei a cabeça fazendo com que lamar assoviasse e chamasse a atenção de noah, que estáva apoiado na rede como se estivesse cansado de esperar.

ele logo se virou e patinou em direção a nós dois, ele usava uma blusa de time e jeans.

os olhos verdes logo encontraram os meus, me fazendo permanecer parada no mesmo lugar, morria de medo de me mover e cair com a bunda no chão.

noah sorriu ao se aproximar mais de mim e eu logo procurei lamar para me segurar nele, mas ele não estava mais lá.

soltei um palavrão mental, antes de voltar a olhar noah e sorrir.

-oi - noah falou, tinha um sorriso tímido em seu rosto e pela primeira vez me senti que estava caindo no sentido figurativo.

noah urrea era tão lindo de perto que duvidei por um minuto se ele era mesmo real.

-oi - respondi, não conseguia parar de sorrir, talvez encantada demais com o ser humano em minha frente.

-você sabe patinar? - ele perguntou e balancei a cabeça negativamente rindo de mim mesma.

-eu não sei... não sei nada.

logo fechei a boca como se forcasse a mim mesma a ficar calada e não fala tanta besteira, mas noah parecia saber o que ele estava fazendo e eu deixaria que ele nos guiasse.

-tudo bem - ele riu e estendeu a mão para mim. - já andou de patins? - segurei a mão dele sem pensar muito e tentei seguir seus movimentos, que eram lentos, para que pudesse aprender.

-andei quando era mais nova, uns 8 anos atrás - disse e ele prestou atenção enquanto eu falava.

-então, no gelo é a mesma coisa, você patina abrindo para os lados - explicou e eu repeti os movimentos que ele fazia, segurando a mão dele com uma força que talvez fosse desnecessária, mas o medo de cair ainda era maior.

noah continuou conversando comigo tentando me distrair, e sem nem perceber havíamos dado uma volta inteira na pista, eu já me sentia mais leve e passei a segurar a mão dele com menos força.

-ta vendo, você aprendeu rápido - noah falou e eu levantei um braço em comemoração.

-mais ainda tenho medo de cair - confesso e ele balançou a cabeça.

-eu não vou deixar, estou te segurando. - e foi essa frase que me fez tirar os olhos para baixo, para encarar o rosto de noah.ele estava encarando nossos pés quando encontrou meu olhar deu um sorriso tímido.

acho que não fomos devidamente apresentados, meu nome é noah.

-sina - sorri apreciando aquele gesto dele.

-é um nome bonito, sou jogador de hóquei e você?

-sou tenista.

ele é um fofo.

-tenho 21 anos e tenho um irmão de 24, que joga golfe profissional, mas é fanático pelos oilers. por isso eu vim para aqui, e devo dizer que sou um pouco viciada em redes sociais.

faço uma breve apresentação e noah não tira os olhos de mim.

-tenho a mesma idade que você - ele fala - quando você faz aniversário? faço 22 dia 31 de março.

-eu faço 22 no início de outubro.

-sério? - confirmei com a cabeça. - agora eu vou te soltar, tudo bem? mais vou continuar do seu lado.

-tudo bem - engoli em seco quando ele soltou minha mão, continuei parada no mesmo lugar enquanto ele continuava do meu lado. olhei para ele sem saber o que fazer em seguida, mas quando abri a boca pra falar um "e agora" ele patinou até o outro lado da pista.

-vem cá - ele me chamou e eu balancei a cabeça soltando uma risada.

-oh não, não vou patinar até ai bodyguard, não mesmo.

-vem cá, sina - ele pediu novamente com um sorriso divertido no rosto - por favor.

golpe baixo.

golpe muito baixo.

então rolei os olhos e tentei ir andando até ele.

afinal quem seria a louca que resistiria a um por favor de noah urrea.

-não tem que patinar - noah cruzou os braços como se fosse meu treinador.

-eu vou cair! - e nisso que gritei quase perdi o equilíbrio, soltando um palavrão digno de noah se fosse ele na minha pele.

-confie em si mesma, senhorita deinert - ele provocou, tentando claramente outras táticas para fazer eu patinar.

-ok,senhor urrea - respondi ironicamente fazendo-o sorrir para mim de uma maneira diferente.

não era possível que noah era o próprio diabo com carinha de anjo.

eu não costumava a me enganar sobre as pessoas, mais eu estava realmente impressionada com ele e não era de uma maneira ruim.

aliás, eu estava patinando, nem me dei conta disso até que cheguei perto dele e literalmente me joguei em seus braços como se demorasse mais alguns segundos eu iria caí de cara no gelo.

-você conseguiu - ele me abraçou com força comemorando e me fazendo rir.

-eu não acredito!

e ficamos lá patinado juntos, até que eu pegasse o jeito de patinar, me arriscando mais até que quase caí, mais como prometido noah me segurou antes que eu caísse de bunda no gelo.

aproveitamos o momento para conversarmos mais sobre hobbies, gostos no geral, e por fim combinamos de sair outro dia. tomar um café em uma lanchonete parecia bom.

no fim eu já dançava e cantava as músicas que tocava na arena, enquanto noah se divertia assistindo e fazia as suas caras e bocas. nós nos demos bem afinal.

-talvez soe meio precipitado, mas antes de você ir embora eu tenho um presente - ele disse saindo da pista de gelo e me ajudando.

noah tirou os patins e saiu de meias atrás do embrulho que pelo jeito tinha colocado por ali, eu me sentei no mesmo banco que tinha colocado o patins e tirei eles.

coloquei os tênis e esperei até que noah sentasse ao meu lado.

-não é lá grande coisa, mas... - ele me entregou o presente e eu sorri.

-obrigada.

abri o presente ali mesmo, sem me importar se era falta de educação ou não, aliás, noah parecia ansioso para saber minha reação. então tirei a blusa branca que havia ali dentro e vi o número 07 na parte de trás assim que a estendi em nossa frente.

-07, urrea - soltei uma risada e olhei pra ele - muito obrigada, eu adorei, de verdade.

ele abaixou a cabeça, já que provavelmente estava envergonhado.

eu já disse que ele é um fofo?

-não é nada - respondeu e ficamos em silêncio por alguns minutos.

-ok, agora preciso do seu numero- puxei o celular da bolsa que tinha ficado esquecida no banco e entreguei a ele.

trocamos nossos números e nos despedimos com abraços, mas ali algumas coisas já eram certas: o encontro, a afinidade, e a conexão.

trocamos nossos números e nos despedimos com abraços, mas ali algumas coisas já eram certas: o encontro, a afinidade, e a conexão

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