𝐌𝐚𝐫𝐜 𝐁𝐞𝐫𝐧𝐚𝐥 🇪🇸

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Não queria acreditar no que estava a ver naquele momento. Talvez fosse tudo apenas um delírio e Marc se levanta-se do chão e sinaliza-se aos árbitros e colegas que estava tudo bem, mas isso não aconteceu.

Cubarsí foi o primeiro a chegar até perto do moreno que ainda se encontrava deitado no chão a agarrar o seu joelho, a aflição e preocupação na cara de Cubarsí denunciavam que era algo sério.

Não consegui olhar, lágrimas começaram a se formar nos meus olhos e a vontade de correr para dentro de campo e abraçar o meu namorado foi maior.

Mas não o podia fazer.

Após alguns momentos de frustração, principalmente de Cubarsí que era o que parecia mais nervoso por ver o amigo deitado no chão a sofrer, os médicos finalmente chegaram, tirando Marc de campo assim que foi possível os mesmo se colocar de pé.

Olhei para ele, o seu rosto de dor misturado com algumas lágrimas que agora caiam á medida em que ele fazia o seu caminho para fora do relvado.

- Vai ficar tudo bem... - Irene Cubarsí assegurou tocando no meu ombro levemente. - Vamos, ele deve estar na sala com os fisioterapeutas.

Concordei com ela levantando me á medida em que respirava fundo, caminhando em direção ao interior do estádio. Segui a mais velha que estava mais familiarizada com o interior dos estádios do que eu.

- Somos da família de Bernal, é possível vê-lo? - Irene perguntou a um dos seguranças mas logo uma fisioterapeuta veio ter connosco.

- Receio que no momento não seja possível, ele acabou de ser transferido para o hospital, a lesão foi grave e Marc terá de ser operado. - Ela explicou. - Ele regressará ao C.T do Barcelona assim que acabe a operação e os seus níveis estejam estáveis.

- Muito obrigada!

Lágrimas caíram novamente pelo meu rosto abaixo, em casos de lesões graves as recuperações podiam variar de 10 meses a 1 ano, Marc ficaria sem fazer o que mais ama durante 1 ano.

Acabámos por regressar às bancadas para acabar de ver o jogo, afinal Cubarsí regressaria comigo e com a sua irmã até ao CT.

Passaram se algumas horas, e quando chegámos já era noite fechada mas isso não nos impediu de ir ver Marc.

Cubarsí chegou já entrando apressado pelos corredores indo em direção á sala em que lhe foi indicado que o amigo estaria.

- Hermano! Como está isso? - Perguntou Cubarsí preocupado.

- 1 ano sem poder jogar, mas tudo se resolverá. - Ele sorriu para o amigo, lá no fundo conseguia ver a dor no seu olhar.

- Vêm, dá-lhes um minuto a sós. - Irene tocou no ombro do irmão fazendo lhe um sinal para sair.

- Sim, fiquem á vontade. - Ele sorriu saindo da sala juntamente com a irmã.

Quando a porta se fechou aproximei me do moreno que estava sentado sobre a maca, o pavor de o ver deitado naquele relvado não abandonava o meu olhar mas saber que ele agora estava um pouco melhor tranquilizava me.

Abraçei o garoto á minha frente o mais forte que consegui, tive medo de algo pior lhe acontecer, nunca toleraria isso.

- Vai ficar tudo bem. - Ele murmurou dando alguns beijinhos pelos meus ombros e pescoço.

- Quando começas a fisioterapia?

- Daqui a 1 mês e meio, tenho de recuperar da operação. - Ele afastou a minha cara do seu corpo colocando as suas mãos sobre as minhas bochechas levemente para me poder beijar.

Descontrai um pouco assim que senti o seu toque, passando uma das minhas mãos pelo seu maxilar fazendo um leve carinho, senti o moreno sorrir contra os meus lábios mas infelizmente passado alguns segundos tivemos de nos afastar, não demorando muito a juntarmos novamente os nossos lábios.

- Fica em minha casa durante uns tempos, não suporto ficar sem te ver. - Olhei para os seus olhos castanhos que pareciam ser capazes de ler os meus pensamentos mais obscuros.

- Precisas de acabar o teu curso, eu seria uma distração. - Encarei o garoto desacreditada com o que ele havia acabado de dizer.

- Não digas uma coisa dessas nem a brincar! - Empurrei levemente o peito do moreno que sorriu. - Sabes bem que nunca foste uma distração, estou no meu último ano já sei como funciona a dinâmica.

- E por quanto tempo gostarias de me ter como teu convidado? - Ele perguntou com um sorriso. - Preciso de ver se tenho outros planos na minha agenda... - Ele passou as suas mãos pela minha cintura puxando me para mais perto de si.

- Por quanto tempo quiseres, sabes que os meus pais te adoram. - Dei um leve beijo nos seus lábios. - Por falar neles... - Virei a tela do meu telemóvel para o moreno ver a mensagem. - Vamos!

Marc pegou nas suas muletas para poder então caminhar para fora da sala até ao carro dos meus pais que então nos levaria a ambos para casa para Marc poder finalmente descansar.

- Estarei sempre aqui. - Segurei na bochecha do moreno trazendo o seu rosto para perto do meu para o poder beijar antes de entrarmos por fim dentro do carro.

FIM ♡

Ideia: xxxcar0l muito obrigada 🫶🏼

Estem amb tu, Marc 💙❤️
Estamos contigo, Marc 💙❤️

𝑰𝑴𝑨𝑮𝑰𝑵𝑬𝑺 - 𝒇𝒖𝒕𝒆𝒃𝒐𝒍Onde histórias criam vida. Descubra agora