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Bruna Gonçalves

-uma água por favor-peço ao barmen que me entrega uma garrafa-

-acha certo me provocar enquanto dançava?-sinto uma voz rouca em meu ouvido-

-eu não provoquei ninguém, estava apenas dançando-me viro encarando aquelas órbitas claras tão conhecidas por mim-

-não era oque parecia-diz e toma um pouco da bebebida do seu copo-

-cada um com sua forma de interpretar né!?-digo com um sorriso provocativo no rosto-

-vc é muito sonsa Bru.-diz me fazendo rir-

-eu? jamais!-digo rindo e ela me acompanha-

-vem comigo aqui rapidinho?-ela me chama e eu concordo-

Pega em minha mão e me leva para dentro de sua casa, subimos pelas escadas e adentramos em seu quarto, ela fecha a porta e me leva até sua varanda

-pronto, aqui temos mais privacidade-diz se escorando na sacada que havia ali-

-porque me trouxe aqui?-

-porque eu preciso conversar com você Bru.-

-pode falar-falo e percebi sua expressão de desconforto-

-eh...eu to sentindo sua falta Bru...-coça a nunca sem graça-desde que nos afastamos vc não foi mais a mesma comigo.-diz me deixando surpresa-

-Lud...eu me afastei sim mas vc sabe o motivo-

-porque você não quer se apaixonar de novo, mas você já parou pra pensar que eu não sou o babaca do seu ex!? eu gosto de você Bru e nunca faria oque ele fez com você-diz se aproximando de mim-

-você merece ser tratada como uma princesa e não como uma qualquer...-diz olhando em meus olhos e depois pr minha boca-

-confie em mim bru...-sinto suas mãos em minha cintura-

-eu confio Lu, só tenho medo que...-paro de falar quando sinto seus lábios sobre os meus-

No primeiro momento fiquei sem reação e a mesma decide afastar o contato de nossas bocas mas logo trato de junta-los novamente.

Depois de tanto tempo separadas o desejo que sinto por ela estava acumulado. A forma em que nos agarrávamos como se precisasse daquilo pra sobreviver era até engraçado

Minhas mãos estavam em sua nunca fazendo uma certa pressão ali enquanto as suas apertavam minha cintura descendo pr minha bunda aonde aperta fortemente me fazendo arfar furando o beijo

Ludmilla tinha uma pegada que puta que pariu! essa mulher não tem um defeito!?

A falta de ar logo se fez presente e eu separo o beijo com alguns selinhos em seus lábios

-eu também senti sua falta...-faço um carinho em sua bochecha com meu polegar-

-não vai mais Bru.-

-não vou-digo e abraço a mesma e ela esconde seu rosto na curva de meu pescoço-

Um silêncio confortável estabeleceu entre nós duas e só escutávamos a música que tocava no fervo...

Duas Metades (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora