𝗙𝗜𝗡𝗔𝗟 𝗔𝗟𝗧𝗘𝗥𝗡𝗔𝗧𝗜𝗩𝗢

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NOTA: Esse capítulo é um final alternativo, ou seja, fica à critério do leitor se ele lê ou não.

1. Esse capítulo foi escrito por mim (©skzjustmine) após alguns leitores pedirem um final diferente.

Eu lembro quando vi você novamente após alguns anos. Na época tinha acabado de inaugurar minha floricultura e estava coberto de pólen.

Seus olhos brilhantes observavam a fachada da loja.

Coloquei meu óculos para ter certeza que era pessoa que continuava assombrando minha mente. É, era você.

Agora com cabelos curtos e escuros que ressaltavam sua pele clara, salpicada com sardas.

Me escondi atrás de um jarro ornamental — uma belíssima samambaia — quando você adentrou o lugar e começou a conversar com o atendente.

Minha aparência não era a ideal naquele momento. Seria estranho aparecer com um óculos remendado e a camiseta manchada com terra.

Os dias de transportadora acabavam comigo.

Por breves momentos numa discussão interna, escutei o atendente dizer:

— Oh, certo. Vou verificar para você lá no fundo.

Quando ele atravessou a porta, imediatamente comecei a sussurrar diversas perguntas. Ele riu. Ele disse que na realidade veio me buscar.

Meu disfarce havia falhado.

Acontece que a vidraria da loja pelo lado de fora não havia sido selada, significa que quem estivesse lá fora podia ver nitidamente por dentro.

A “fachada” que ele estava olhando era eu.

Certo, não precisava de mais nenhuma justificativa para querer desaparecer. — Qual planta ele precisa?

— Qual? vá montar um buquê para ele e diga que é por conta da casa.

Logo me apressei para realizar a ideia. Simples e boa.

Margarida, amarílis, jasmim, gardênia e lírio. — As melhores do catálogo. — Passei papel de seda vermelho escuro e finalizei com um laço branco.

Reuni minha coragem e fui encontrá-lo. — As borboletas do meu estômago se faziam presente após tanto tempo — precisava passar uma boa impressão.

Me aproximei e o precisei chamar.

Quando nossos olhos se encontraram, senti como se tivesse 15 anos novamente e o guardava para sentar comigo no ônibus.

Estendi a mão e sorri.

— O Buquê é por nossa conta.

Ele parecia surpreso e aceitou de bom grado.

— Obrigado, Hyun. — Aspirou o aroma das flores — Oh, eu vi você atrás daquela planta.

Oh, queria poder ser absorvido pela parede.

— Eu…Ahn…precisava dar uma olhada nas folhas, somos uma loja muito comprometida. — Respondi nervoso. — Jardins de inverno são tendência agora.

Não, não eram. De onde tirei isso?

— Então, se eu quiser fazer um no meu apartamento irei procurar suas referências. — Felix respondeu olhando para as orquídeas coloridas. — Você tem bom gosto.

Em seguida, ele agradeceu e foi embora.

As horas passaram e eu só conseguia repassar os breves momentos do qual olhei para ele.

— Vou fechar a loja hoje. — Avisei para meu atendente, já era noite quando terminei de carregar alguns narcisos.

Apaguei a luz, contei o caixa, contei as remessas. Tudo no seu lugar.

Fechei a porta e tranquei.

Gostava de andar à noite, quando não tem movimento por perto — de dia era uma confusão terrível — só alguns casais seguindo para encontros ou senhores levando seus cachorros para passear.

Mas ao virar para minha rua, tive uma agradável surpresa.

Um rapaz de cabelos escuros abriu os braços para mim e veio me abraçar.

Acho que, em algum momento da vida, nós temos novamente aquilo que sempre foi nosso.

FIM.

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𝘁𝗵𝗲 𝗯𝘂𝘀 𝗯𝗼𝘆 | Hyunlix Onde histórias criam vida. Descubra agora