A entrevista

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Entrei no prédio da Phoenix Foundation com confiança, meu propósito claro em mente. A segurança foi rápida e eficiente, e logo me encontrei em uma sala de reuniões bem iluminada. O ambiente era sério e formal. Matilda Webber, a chefe da Phoenix Foundation, estava atrás de uma mesa, revisando alguns documentos. Quando entrei, ela levantou o olhar e me avaliou com uma expressão imperturbável.

— Maeve Collins, certo? — Matilda perguntou com voz autoritária. — Por favor, sente-se.

Sentei-me, mantendo uma postura firme e relaxada. Matilda Webber parecia ser uma pessoa de decisões rápidas e precisas. Sua presença impunha respeito, e a forma como mantinha a seriedade o tempo todo fez com que eu subestimasse o quão exigente e rigorosa ela realmente era.

— Vamos direto ao ponto. Sua experiência é notável, mas precisamos entender melhor suas motivações e habilidades. — Matilda começou, sem mostrar qualquer sinal de emoção.

— Claro — respondi, com confiança.

— Sua carreira é impressionante. Você pode me contar mais sobre suas experiências na Marinha e como isso ajudou a desenvolver suas habilidades?

— Trabalhei em operações especiais na Marinha, recebendo treinamento em combate, estratégias e habilidades técnicas. Essas experiências me ensinaram a lidar com situações críticas e a tomar decisões rápidas e precisas.

Matilda fez uma anotação rápida, mantendo sua expressão séria.

— Você já enfrentou situações onde teve que tomar decisões difíceis e arriscadas? Como lidou com isso?

— Sim, enfrentei várias situações desafiadoras. Sempre procuro analisar a situação de forma objetiva e rápida, garantindo que minhas decisões sejam baseadas em informações precisas e no melhor interesse da missão.

Matilda continuou a me questionar com uma série de perguntas detalhadas sobre minhas habilidades e experiências. Ela parecia imperturbável, e suas perguntas foram cada vez mais diretas e específicas.

— A Phoenix Foundation lida com missões delicadas e de alto risco. Você está preparada para enfrentar não só os desafios físicos, mas também as questões morais e éticas que podem surgir?

— Sim, estou preparada. Entendo a responsabilidade envolvida e estou disposta a enfrentar os desafios que vierem.

Matilda fez uma última anotação e olhou para mim com uma expressão inalterada.

— A integração na equipe será exigente e você precisará se comprometer totalmente. Está pronta para isso?

— Sim, estou pronta. Meu objetivo é contribuir efetivamente para a equipe e cumprir os objetivos da organização.

Matilda levantou-se e eu a segui. Nos cumprimentamos com um aperto de mão firme, sinalizando o fim da entrevista.

Enquanto saia do prédio, notei um rapaz no corredor, saindo de uma das salas próximas. Ele era jovem, com cabelo loiro bagunçado e olhos azuis penetrantes. Sua aparência era marcante e ele estava vestindo uma camisa preta e jeans escuros. Estava acompanhado por um homem de estatura média, com uma expressão neutra e uma aparência mais comum.

O rapaz passou por mim e nossos olhares se cruzaram. Havia algo cativante em seus olhos e na forma como ele me observava por um breve momento. A troca de olhares foi breve, mas a presença dele era forte o suficiente para chamar minha atenção. Quando nos olhamos, percebi uma intensidade em seu olhar que não consegui ignorar.

Saí do prédio com a sensação de que o próximo passo em minha jornada estava prestes a começar, enquanto o jovem e seu acompanhante desapareciam na distância.

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