Alem da cura

Capítulo 4: Encontros e Desencontros

Lia não conseguia parar de pensar no que havia acontecido no hospital. Desde o encontro com o misterioso homem que parecia conhecê-la, até o estranho comportamento dos médicos ao seu redor. A atmosfera estava carregada de tensão, e ela sentia que algo muito maior estava por trás de tudo aquilo.

No entanto, os pensamentos de Lia foram interrompidos quando ela recebeu uma mensagem em seu implante neural. Era de Alex, o jovem médico que havia encontrado no hospital. "Podemos nos encontrar? Acho que tenho algo importante para te contar", dizia a mensagem.

Ela hesitou por um momento. Ainda não sabia em quem podia confiar, mas algo na mensagem de Alex a fazia querer ouvir o que ele tinha a dizer. "Claro. Onde e quando?" Ela respondeu rapidamente.

Eles combinaram de se encontrar em um café discreto, longe dos olhares curiosos que agora pareciam segui-la por todos os lados. Quando chegou, Alex já estava lá, com um semblante sério que parecia carregar o peso de várias verdades não ditas.

"Obrigada por vir, Lia", ele começou, olhando diretamente em seus olhos. "Eu sei que isso pode soar estranho, mas desde que te vi no hospital, algo em mim sabia que eu precisava falar com você. Há algo sobre o que está acontecendo, algo que eles não querem que você saiba."

Lia inclinou-se para frente, sentindo seu coração acelerar. "O que é? O que você sabe?"

Alex respirou fundo antes de responder. "O vírus... não é o que parece. Há mais coisas envolvidas. E você, de alguma forma, está no centro de tudo isso."

Lia ficou sem fôlego. As palavras de Alex ecoaram em sua mente enquanto ela tentava processar o que ele estava dizendo. "Eu? Mas por quê? Eu não sou ninguém especial."

"Você é mais especial do que pensa", Alex respondeu, a voz cheia de uma seriedade que a deixou inquieta. "Eu descobri que você... foi um dos primeiros casos. E de alguma forma, você sobreviveu a algo que deveria ser impossível."

O mundo de Lia virou de cabeça para baixo mais uma vez. O que isso significava? E por que ninguém havia lhe contado antes?

Antes que ela pudesse fazer outra pergunta, o café foi tomado por um silêncio súbito e pesado. Ela olhou em volta e percebeu que as poucas pessoas que estavam ali tinham sumido. De repente, uma sombra apareceu na porta do café, e Lia soube instintivamente que algo estava muito, muito errado.