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Era uma sexta-feira de fim de tarde, e Amélie acabara de retornar da escola, um lugar que, para ela, parecia sugar todas as suas energias. Os corredores repletos de vozes, as intermináveis aulas e o convívio social a deixavam esgotada. Sentindo-se consumida pelo cansaço, ela se jogou em sua cama, que naquele momento parecia mais acolhedora do que nunca, oferecendo o conforto que seu corpo e mente tanto necessitavam. No entanto, sua mente inquieta logo trouxe à tona uma ideia que a fez abrir os olhos novamente. O lobo de pelagem negra que avistara na semana anterior. Aquele encontro fugaz, mas profundamente marcante, não saía de sua cabeça.

Amélie sentia uma conexão inexplicável com aquele animal, uma ligação que transcendia o entendimento racional. Desde que o vira, uma sensação estranha e incontrolável a dominava, como se sua vida estivesse entrelaçada com a do lobo. Era quase como se um pedaço de sua alma tivesse ficado com ele naquela floresta, e o desejo de reencontrá-lo crescia a cada dia, tomando conta de seus pensamentos e alimentando uma angústia que a consumia por dentro. A ideia de não vê-lo novamente era insuportável, gerando em seu peito uma inquietação que parecia crescer a cada momento.

Finalmente, o sábado chegou, trazendo consigo a tão esperada pausa da rotina cansativa da semana. Para muitos, o sábado era um dia de descanso, de recuperação, mas para Amélie, era o dia em que suas esperanças de reencontro com o lobo poderiam se concretizar. Logo pela manhã, ela foi à cozinha, onde com dedicação começou a preparar uma cesta de piquenique. Ela escolheu cuidadosamente cada ingrediente, dedicando-se a fazer doces que não só agradassem ao paladar, mas também que exalassem um aroma irresistível. Ela acreditava, de alguma forma, que o lobo seria atraído pelo cheiro, assim como ela própria fora atraída pela presença dele na semana anterior.

Após colocar tudo em ordem, Amélie tomou a cesta em mãos e saiu de casa, caminhando decidida em direção à floresta. À medida que adentrava o bosque, o mundo ao seu redor parecia mudar. As árvores densas bloqueavam parcialmente a luz do sol, criando um ambiente de penumbra que ao mesmo tempo a envolvia em mistério e tranquilidade. A floresta, com seu silêncio profundo, era um refúgio, mas também um lugar onde as sombras pareciam ganhar vida própria. A cada passo, Amélie sentia o coração bater mais forte, como se estivesse se aproximando de algo que a completaria.

Depois de caminhar por cerca de cinco minutos, ela avistou um campo coberto de flores, um verdadeiro oásis de cores em meio ao verde escuro da floresta. O local era de uma beleza indescritível, com flores que dançavam suavemente ao sabor do vento, e um perfume que enchia o ar de uma doçura natural. Era o lugar perfeito. Amélie se dirigiu ao centro do campo e ali, cercada pela natureza exuberante, começou a montar seu piquenique. Estendeu uma toalha no chão, dispondo cuidadosamente os doces que havia preparado, como se estivesse arrumando uma mesa para um convidado de honra.

Sentada ali, Amélie observava o horizonte, onde a linha das árvores encontrava o céu. A brisa leve que soprava carregava o aroma dos doces pela floresta, e ela fechou os olhos por um momento, imaginando o lobo captando aquele cheiro distante. Em sua mente, ela via o lobo erguendo a cabeça, farejando o ar, e seguindo o rastro do perfume até ela. Era uma visão que aquecia seu coração, trazendo consigo uma mistura de esperança e ansiedade.

O tempo passava lentamente, mas Amélie estava disposta a esperar o tempo que fosse necessário. O silêncio ao redor era quebrado apenas pelo som suave do vento nas folhas e pelo canto ocasional de um pássaro distante. O sol, alto no céu, lançava seus raios sobre o campo de flores, iluminando as pétalas com um brilho dourado. Cada detalhe daquele lugar parecia mágico, como se o próprio universo conspirasse para que aquele encontro se realizasse.

Conforme as horas passavam, Amélie se deitou na grama, contemplando o céu azul acima. Sentia-se estranhamente em paz, como se o simples ato de estar naquele lugar fosse suficiente para aliviar a angústia que carregava. Porém, mesmo na tranquilidade daquele momento, sua mente permanecia fixa na figura do lobo. Ela sabia que o encontro poderia nunca acontecer, que o lobo poderia ser apenas uma figura passageira em sua vida, um símbolo de algo mais profundo que ela ainda não conseguia entender. No entanto, sua intuição lhe dizia que aquele animal era mais do que apenas um lobo. Ele era um guardião, um espírito da floresta, ou talvez, de alguma forma, uma parte dela própria que ela ainda não havia descoberto.

E assim, enquanto o sol lentamente começava a se pôr, Amélie continuava a esperar, seu coração cheio de esperança e determinação. Ela sabia que, de uma forma ou de outra, o lobo viria até ela. E quando isso acontecesse, ela estaria pronta para descobrir o que aquela misteriosa conexão realmente significava.

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Olá, pessoal! Como vocês estão? 
Espero que estejam bem. 

Neste capítulo, realmente me empolguei bastante! Escrevi quase mil palavras, o que é significativo para mim, especialmente considerando que há quem escreva menos de 300 palavras. 

Enfim, é isso. Estou um pouco indecisa em relação à outra fanfic, *Cinamarron*, pois passei a não gostar mais dela. No entanto, ainda estou avaliando o que fazer – se a excluo ou reescrevo o pouco que já foi feito. 

Agradeço a compreensão de todos!

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⏰ Última atualização: Sep 02 ⏰

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