Nossa Segunda Chance - BakuDeku

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⚠️Este capítulo contém cenas de bullying e crises de ansiedade, se você é sensível a este tipo de leitura recomendo que não leia, sua saúde mental em primeiro lugar!⚠️

Katsuki e Izuku                        7 anos

— sai daqui! Seu inútil! — a criança morena gritou com o pequeno Izuku que se encolheu com o grito — você nem tem uma individualidade, não ande atrás de nós!

— é sai daqui! — a outra criança gritou.

Os olhos do pequeno se encheram de lágrimas e começou a soluçar por tentar segurar o choro.

— eu só queria brincar com vocês — Izuku falou baixo.

— a gente não brinca com quem não tem individualidade! — Katsuki gritou enquanto dava um empurrão no peito do menor fazendo ele cair sentado — não siga a gente Deku.

Deku foi o apelido que o loiro o colocou que significa "inútil".

— Kacchan eu só queria ficar perto de você — ele falou já com suas lágrimas pelas bochechas.

— eu não quero um inútil ao meu lado, por que você não some? — Katsuki falou se virando e chamando os outros.

Izuku ainda sentado no chão puxou os joelhos os abraçando e deitando a cabeça nos braços enquanto chorava baixinho.

(Por que ele me odeia? Só por que eu não tenho uma individualidade? Eu só queria ficar ao lado dele!) O pequeno pensou mas não tinha respostas para suas perguntas.

Ele se levantou e voltou para casa, jantou com sua mãe e ficou assistindo vídeos de heróis até o sono o puxar para o mundo dos sonhos.

(Eu queria ter uma individualidade) Pensou antes de cair no sono.

Katsuki e Izuku                      14 anos                     

Durante sua infância Izuku aguentou todo o bullying, ser menosprezado e ridicularizado.

Katsuki quando vez 11 anos parou de fazer bullying com Izuku mas se manteve o mais longe que conseguia.

Não que ele conseguia por muito tempo, afinal todos os anos os dois caíam na mesma turma, então ele sempre se sentava do outro lado da sala e sempre se sentava bem longe em qualquer outro lugar.

Katsuki se afastou das pessoas que vazia bullying mas nunca quis se intrometer em nada que acontecia a sua volta.

Mas esse ano estava diferente, ele já pensava nisso a um tempo mas (por que eu não ajudo ele? Por que eu quero ajudar ele? Por que, saber que estão fazendo isso com ele me incomoda tanto?) Katsuki não queria ver Izuku sofrer na mão daqueles meninos idiotas mas ao mesmo tempo ele pensava (e se ele não quiser minha ajuda? Eu fiz muito mal para ele! Por que ele me perdoaria? Por que ele gastaria o tempo dele comido?) Katsuki colocou a mão no peito por senti seu coração acelerar e um nó na garganta se formar.

(De novo isso!) Katsuki pensou enquanto se levantava e ia até o banheiro, crises o atingia, ansiedade, nervosismo, a pressão dos seus pensamentos, o arrependimento por ter feito aquelas coisas com o amigo de infância mas também o medo da rejeição do mesmo. Sentimentos que Katsuki não entendi que estão  habitando em seu coração a anos (o que é isso que sempre sinto ao pensar nele? Que sentimento é esse? Eu tenho medo disso! Eu não quero sentir isso!) ele pensou enquanto se trancava na cabine do banheiro e se sentava na tampa do vaso, lágrimas desciam pelo seu rosto e o nó em sua garganta o incomodava a cada segundo que passava.

Katsuki pegou seu celular, ele não tinha falado para ninguém sobre as crises mas essa era diferente, ele estava ficando sem ar, ele digitou os números e então levou o celular ao ouvido.

— Katsuki? Você me ligando? O que você fez? — Mitsuki mãe de Katsuki, estranhou a ligação mas ao mesmo tempo preocupada, seu filho nunca ligava durante as aulas (por que ligou agora?) ela pensou — Katsuki? — ela chamou por não receber uma resposta, ficando mais preocupada.

— m-mãe — ele falou chorando — v-vem me b-buscar por favor.

Mitsuki se lembra da última vez que seu filho a chamou de "mãe" e pediu "por favor" para ela, ela se levantou rápido de seu sofá e indo até as chaves do carro.

— onde você está? — ela perguntou saindo de casa.

— v-vou esperar n-no estacionamento da escola — ele falou e ela concordou, ela não desligou a ligação, colocou no viva voz e tentou conversar com ele enquanto ia até a escola mas ele nunca respondia o que ela perguntava e só perguntava se ela já estava chegando.

Ao chegar no estacionamento Katsuki nem esperou sua mãe sair do carro ele só entrou e fechou a porta e pediu para irem para casa.

— vou ligar para a escola quando chegarmos em casa — ela decidiu tentar conversar quando chegasse em casa, Katsuki apenas acenou com a cabeça.

Quando chegaram em casa Mitsuki segurou o braço do seu filho que tentou subir para seu quarto.

— o que aconteceu? — ela perguntou preocupada.

Katsuki olhou para ela e sentiu seu coração apertar novamente, ele queria gritar, Katsuki correu para abraçar sua mãe e começou a chorar, soluçar e a quase gritar de chorar, Mitsuki ficou surpresa com aquilo mas ela entendeu que seu filho precisava dela, então ela não perguntou mais nada, apenas abraçou ele apertado e falou que ia ficar tudo bem.