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Meu bem, você disse que a gente iria embora a 30 minutos atrás. -Reclamo com o garoto que infelizmente é meu namorado.
Marina, eu já disse que a gente já vai. -Ele diz enquanto dá um gole em sua bebida e fuma seu cigarro, o que me faz bufar enquanto balanço minhas pernas que não alcançam o chão por estar sentada no balcão da cozinha.
Eu tô cansada de ouvir isso, Thomas. -Dou impulso para descer do balcão e saio andando deixando o garoto na cozinha.
Onde você vai? -Ele pergunta enquanto passo por ele.
Vou pra casa do caralho, conhece? -Ele fica quieto e eu saio andando batendo os pé com força no chão, estava cansada de esperar aquele garoto, peguei minha jaqueta e tentei sair da festa, já era a terceira festa em menos de uma semana, estava cansada, e minha cabeça só pensava na bendita prova de final de semestre, a prova que iria decidir meu futuro, então obviamente minha cabeça não estava na festa.
Marina, onde você vai? -Stella uma das garotas que eu dividia o quarto na faculdade me pergunta.
Pra casa, Stella, tô cansada e preciso estudar. -Digo enquanto ela para em minha frente impedindo minha passagem.
Estudar? Amiga hoje a gente tinha combinado que não iríamos tocar no assunto da faculdade esqueceu?
Não Stella, não esqueci, porém eu não consigo. Fica aqui aproveita a festa, mas eu tô indo embora! -Pego minha bolsa na mesa de centro onde tinhas uns casais se beijando horrores e saio da mansão de um dos garotos mais ricos de Los Angeles, vulgo meu namorado.
O caminho até a faculdade foi tranquilo, quando cheguei tomei um banho e coloquei um short jeans e um camisetão pois estava um calor absurdo, assim que saio do banheiro penteando meu cabelo molhado, vejo Stella ao lado de Lucy, sentadas na cama.
Quer me matar do coração? -Digo colocando a mão no peito.
Foi mal, a gente te chamou porém você não respondeu. -Stella disse.
Por que vieram cedo? -Sento na minha cama olhando para as garotas.
Nada, só tava chato lá. -Lucy atropela Stella, que parecia incomodada com algo.
Tá tudo bem Stella? -Pergunto para a garota que mantinha seus olhos fixos no chão.
É ta sim, só me bateu um sono agora, vou tomar um banho e já vou dormir. -A garota levanta apressada pega a toalha e vai para o banheiro.
Aconteceu algo com ela? -Pergunto a Lucy, que da de ombros.
Que eu saiba não, ela tá de boa. -Ela levanta pegando o cigarro que estava na escrivaninha. -Vou fumar, daqui a pouco eu volto. -Ela sai e eu continuo sem entender nada, porém não tento descobrir mais, demora uns 20 minutos para que Stella saia do banho, quando saiu começamos a conversar sobre as provas do dia seguinte, e ficamos um bom tempo conversando.
Amiga, eu vou lá fora no carro, esqueci meu carregador lá dentro. -Digo para a garota após procurar o cabo por todo quarto.
Ta bom amiga, vai lá, vou aproveitar pra postar as fotos que tiramos. -Sorrio para a garota e saio do quarto, caminho pelos corredores do alojamento em que se escutava risadas e gritaria vindo dos quartos, pois era sexta feira a noite, saio caminhando cantarolando até chegar no estacionamento do local, ligo a lanterna pois estava muito escuro para enxergar, abro meu carro e pego o meu carregador, vejo também a blusa do Thomas no banco de trás, aproveito e pego para levar no quarto do garoto esperando que ele já tenha chegado, tranco o carro e saio em direção ao outro lado dos alojamentos indo até o quarto do garoto, junto a minha chave do carro, tem a chave do quarto dele como ele também tinha a minha, pois era mais fácil assim, paro em frente a porta e por incrível que pareça ela estava aberta, então a empurro sutilmente pensando na possibilidade de que os demais garotos estavam dormindo, pra minha única surpresa a única coisa que eu encontro muito bem acordada era a Lucy beijando o garoto e de bônus batendo uma para ele, nenhum deles percebe minha presença, minha garganta doía, e sentia o vômito subindo por ela, as lágrimas tentavam sair mas eu fazia de tudo para segurar, ergui a cabeça e engoli o choro, joguei a blusa nos dois que se assustaram de imediato.
Vim devolver sua blusa, e também sua vergonha na cara. -Digo e a garota pula da cama já chorando.
Amor, não é o que você tá pensando. -Ele vem até mim.
Não pensei nada, Thomas, eu vi. -Falo olhando pra eles.
Ela não significa nada pra mim, Marina. -A garota que estava com ele olha para o garoto incrédula pelo o que ouviu.
Não parecia isso quando ela estava com as mãos em seu pau, otario do caralho, espero que vocês se fodam muito. -Saio andando deixando os dois ali, após me afastar deles deixo as lágrimas caírem, volto pro meu carro, tranco a porta e dou partida para qualquer lugar longe daquela faculdade, quando vejo estou tão longe que nem sei onde estou, avisto a praia então decido parar no estacionamento, tranco o carro e saio em direção a areia, sinto a brisa batendo em meu rosto e automaticamente fecho meus olhos deixando com que o vento e o barulho do mar me leve totalmente, logo após sento na areia, a praia estava vazia porém avia várias pessoas passando caminhando e andando de bicicleta na pista um pouco atrás onde eu estava, fora o parque de diversões que nunca deixava o lugar escuro, apoio meus braços em meu joelho e deixo as lágrimas cairem incontrolavelmente, e fico ali por um bom tempo, chorando, até que sinto alguém se aproximando de mim, conversando com alguém, ou talvez no celular por não obter respostas.

Cara, eu já falei, não vou largar tudo dessa viagem por causa dessa garota, eu já disse que não quero mais nada com ela porra, quando ela vai pra entender isso? -Ele falava em português e parecia irritado, muito irritado. -Que ela se foda, xará, eu só quero aproveitar minha viagem tá bom? -Ele passa por mim e para um pouco a frente. -Ta bom parça, deixa ela lá, um abraço. -O homem desliga a chamada, desvio o olhar quando ele percebe que eu estou ali.
Girl, are you okay? -Ele me pergunta em inglês.
To bem, obrigada por perguntar. -Ele franzi o cenho e ri olhando pro mar.
Você fala português carai. -Ele se senta do meu lado.
É o que parece né. -Digo secando minhas lágrimas e olhando para o garoto, tenho certeza que conheço ele de algum lugar.
Prazer, meu nome é Gabriel. -Ele dá um empurrãozinho no meu ombro como forma de comprimento.
Prazer, Marina. -Olho para o garoto.
O que você tá fazendo essas horas sozinha no meio da praia? -Ele olha em volta estranhando eu estar sozinha.
Tava com a cabeça cheia e precisava descarregar onde eu gosto. -Digo e mais uma lágrima cai dos meus olhos mas olho para o garoto sorrindo para tentar disfarçar.
Se quiser conversar, não vou contar pra ninguém, prometo. -Ele faz graça tentando me fazer rir.
Vi uma das minhas melhores amigas, que eu divido até o quarto beijando meu namorado. -Digo direta e o garoto fica com a boca entreaberta buscando palavras.
Caralho, que idiota, ou dois. -Ele fala.
Idiota é pouco, Gabriel. Fui feita de otaria por eles, ela era como uma irmã pra mim, sempre confiei nela pra tudo, contava tudo que estava acontecendo na minha vida, dividíamos tudo, fazíamos tudo juntas e ela na primeira oportunidade que teve já me deu uma rasteira, primeira não, que pelo visto deve ter tido várias, e aquele garoto, eu já tava de saco cheio daquele moleque, ele só me fazia mal, tudo que ele fazia nunca era pensando em mim, sempre nele, nunca ligou para o nosso relacionamento, sempre me deixava muito pra baixo, pra falar a verdade eu não sei o por que eu estava com ele... -Fico sem ar e paro de falar, o garoto bufa parecendo impressionado com o que eu lhe disse.
Marina, pelo jeito que você falou parecia que quem tava em um relacionamento era você não ele, só você namorava o relacionamento de vocês. -O que ele falou fazia sentido, e me doía ouvir isso. -Mas tenta tacar o fodasse, quem perdeu com certeza foi ele né, com toda certeza mesmo. -Ele me olha e ficamos um tempo se encarando, logo eu volto minha atenção ao mar, e do nada o garoto fala me assustando novamente.
Quer dar um mergulho? -Ele diz levantando tirando sua camisa, confesso que perdi totalmente os sentidos e me hipnotizei nas suas tatuagens e abdômen. Quem era Thomas na fila do pão agora? Não lembrava nem quem era Thomas.
Marina? -Ele me chama me tirando transe.
Oi? Ah, o mergulho né. -Digo sem jeito. -Se tá maluco.
É bom ter adrenalina as vezes. -Ele estende as mãos fico meio receosa mas logo em seguida seguro a mão do garoto levantando, como ele fez, tiro meu short jeans que ficaria pesadíssimo na água, e fico de calcinha, sutiã e blusão. Ele não se aguenta e leva seu olhar para minha perna, porém logo se vira quando percebe eu o olhando de volta.
Quem ficar por último, paga uma bebida. -Ele diz e sai correndo logo corri atrás do garoto.
Isso não vale. -Digo atrás dele, ele obviamente chegou primeiro logo mergulhando e eu faço o mesmo, ficamos rindo e jogando água um no outro, até eu tropeçar em uma pedra e cair praticamente encima do garoto, o que fez nós dois paralisarmos e nos olharmos, já imaginando o depois.
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OII MEUS AMOREEEES. Que prazer começar uma nova fanfic aqui para vocês, espero que vocês curtam e não desistam de mim ok?? Prometo atualizar sempre que for possível amores, aproveitem.

Por causa do Amor. /GABRIEL MEDINA Onde histórias criam vida. Descubra agora