A ÚLTIMA CONFISSÃO - Sombras do Crime

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É um erro grave formular teorias antes de conhecer os fatos. Sem querer, começamos a mudar os fatos para que se adaptem às teorias, em vez de formular teorias que se ajustem aos fatos.

Sherlock Holmes.

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   Paris, onde as luzes douradas brilhavam ao entardecer, lugar em que os casais apaixonados vão passar férias, onde pesssoas se apaixonam e o ar por si só é romântico, a famosa cidade do amor. No entanto, para Choi Jongho, um detetive veterano da polícia que andava pelas ruas da cidade sem muita vontade e tentando se proteger do frio com um casaco preto que pegou às pressas, a cidade agora se tornara seu mais novo cenário de trabalho.

Não estava ali para passear, se apaixonar ou tirar férias, foi chamado com urgência para um caso de assassinato, não tinha recebido muitas informações sobre o acontecido, seu chefe, Kim Hongjoong, apenas o enviou sem pensar duas vezes, se questionava como os oficiais locais não conseguiram encerrar o caso por conta própria a ponto de precisar abdicar das suas merecidas e sonhadas férias para auxiliar um assasinato de outro país.

Choi conhecia bem a cidade e o departamento policial Parisiense, um grande amigo de infância foi transferido de Seoul para Paris, e Jongho sempre ia visitar Kang Yeosang. Durante sua pequena caminhada para seu ponto final na cidade, parou em frente a exata cafeteria que recebeu a notícia sobre a transferência do jovem loiro e sorriu tendo sua mente invadida pela memória.

Era 21 de maio de 2019, Yeosang havia convidado Jongho para uma viagem, conhecer Paris era o sonho desse e ele não deixaria seu melhor amigo de fora dessa aventura. Quando Jongho e Yeosang estavam conhecendo lugares turísticos, resolveram parar em uma cafeteria da qual acabou passando um caso que ocorreu no dia anterior, Yeosang sorria olhando para a televisão que passava a notícia no telejornal e Jongho estranhou.

- Do que está rindo, Yeosang?

O loiro tomou o último gole do seu café e apontou para a televisão. Jongho confuso continuou assistindo o notícia até que o detetive a frente do caso apareceu na tela, era Yeosang dando uma entrevista sobre o ocorrido.

- Eu fui transferido para Paris!

Nessa tarde os dois comemoraram juntos a realização do sonho de Yeosang.

Infelizmente o contato dos dois desde 2021 foi escasso, tanto o Choi quanto o Kang recebiam muitos casos por terem criado uma imagem grande nos dois países. O detetive continuou seu percurso lembrando-se de ligar para Yeosang mais tarde e marcarem de se encontrarem.

Em pouco minutos parou em frente ao hotel de cor azulada que ficaria hospedado durante esse tempo que se encontrava na cidade e suspirou pelo cansaço e o sono pela viagem de 15 horas diretas, já era noite e havia chegado a pouco tempo no país andou apenas o tempo do aeroporto para o hotel por gostar de caminhadas. Jongho contava em ficar poucos dias ali, geralmente demorava em torno de até cinco dias para encerrar um caso.

- Jongho!

Ja tinha feito o check-in quando ouviu seu nome ser chamado e virou-se para a voz conhecida, seu sorriso apareceu assim que encontrou o delegado local de onde estaria trabalhando se aproximando de si.

- Maurice!

Comprimentou o moreno alto que sorriu para o detetive. Sua expressão era de exaustão completa, não lembrava do delegado dessa forma desde a última vez que os visitou.

- Quanto tempo não o vejo, deve estar cansado da viagem.

Maurice Martin era chefe de Yeosang, um homem calmo e bem humorado, dificilmente olhariam para ele e de cara falariam que Martin era um delegado.

- Realmente, fusos horários e viagem de última hora são uma droga, mas, o dever me chama não é mesmo? Então, indo direto ao assunto, o que aconteceu?

Jongho observou o semblante de Maurice ir de exaustão para tristeza em poucos segundos, o brilho que ainda restava em seu rosto pouco tempo atrás agora tinha sumido completamente de sua face.

- Jongho... Yeosang morreu.

Se antes Jongho estava com sono, certamente foi despertado no momento que ouviu isso, seu corpo gelou por completo e nem o casaco que usava conseguiria lhe aquecer. Naquele momento entendeu o motivo de ser chamado de forma tão urgente pelos policiais. Jongho jurou que fosse cair quando sentiu suas pernas fraquejarem ao tentar se aproximar do delegado já largando sua mala.

- Onde está o corpo?