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Mais lindo "quase",
O mais doloroso "nada",
Chega a parece piada
Toda vez que eu disfarçava
A dor de te vê de graça com elas.
Aquilo me matava,
Não mais do que saber
Que você era o meu nada,
O mais engraçado é que
Meu coração disparava
Toda vez que a gente se encarava.
Nas sombras eu te vigiava,
Sua voz no meu ouvido me confortava,
Te espantaria saber
Quantas coisas suas já decorei
Das mais rasas:
Sapatos, roupas, correntes e bicicleta
Até as mais apuradas:
Olhar, falas, modos de sentar e comportar.
Era com você que eu queria me relacionar,
Agora com quem está?
Se pelo menos soubesse
Todas as vezes que um "eu te amo"
Eu tive que guardar,
Aqui  você ainda iria estar?
Sem nem mesmo contar
Todas as vezes que quis te agarrar,
Mas fui incapaz de demonstrar.
Vários momentos nossos guardados,
Que ninguém sabe
E provavelmente nunca mais acontecerá
E tá tudo bem porque
Clicos precisam encerrar,
Mas as vezes começo a pensar,
Será que em algum momento
Você foi capaz de me amar?.
Ou foi só minha miopia maldita,
Meu coração que se auto enganou,
Meus sentimentos que se prendeu
Em algo que não tinha?
Deixa eu te contar um segredo,
Tudo que eu queria era ouvir,
Você me chamando de "minha".
Nunca esquecerei a notícia
Que você tinha para me dar,
Agi tão naturalmente
Como se não tivesse doído amargamente
E naquele momento
Caiu a ficha,  nunca ouve "a gente"
Foi pura ilusão,
Dormir sem previsão
De querer acordar,
Mesmo sabendo que uma hora
Meu despertador ia tocar
E para a realidade
Eu seria forçada a voltar.
Mas diferente do que possa pensar,
Eu não guardo mágoas
Ou ranço,
Muito menos lágrimas
Porque naquele dia
Minha alma que chorou,
Continuo torcendo por ti,
Que um dia nosso caminho
Se cruzará
E a gente possa recomeçar.

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