Havaí

488 43 2
                                    

S/n's point of view

Fechar um pacote de lua de mel para o Havaí nunca esteve nos meus planos, até que fiquei noiva e o meu ex viciado em viagens me fez acatar a ideia, mas agora eu iria enfrentar um voo de muitas horas sozinha

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Fechar um pacote de lua de mel para o Havaí nunca esteve nos meus planos, até que fiquei noiva e o meu ex viciado em viagens me fez acatar a ideia, mas agora eu iria enfrentar um voo de muitas horas sozinha. Há cerca de dois meses descobri todas as traições e mentiras, tive que criar coragem para ligar para o cartório e para os fornecedores cancelando tudo, enquanto chorava como se a minha vida fosse acabar. Nesses dois meses eu não dormi direito, chorava na maior parte do tempo e que tentava seguir, mesmo que de forma torta e inconformada. Ele jogou tudo no lixo, me fazendo questionar se algum dia a nossa história de fato teve importância na vida dele ou se era apenas um passatempo.

Agora, um pouco melhor emocionalmente e com menos digitos na conta, eu caminhava pelo corredor da classe executiva procurando a minha poltrona. Decidir continuar com a viagem e desfrutar de todo o conforto, luxo e beleza daquele lugar sozinha era uma forma de vingança pessoal para mim. Afinal, o pacote estava pago e eu apenas gastei com a passagem, que custou mais do que eu pagaria, mas naquele momento me pareceu justo.

Quando finalmente encontrei o meu assento e me acomodei, senti a ansiedade me invadir. Eu tinha medo de avião. Toda vez suava frio, sentia as minhas mãos tremerem e meu peito doía, mas dessa vez não teria ele para me consolar e dizer que tudo ficaria bem. Afivelei o cinto de segurança e apertei a minha bolsa contra o meu corpo, buscando conforto. Minutos depois um homem chega, já atrasado, se desculpando e passa por mim, sentando ao meu lado. Ele parecia acostumado com o ambiente, agindo com calma e naturalidade.

Não trocamos nenhuma palavra, porque estou tentando me concentrar em não vomitar de nervoso e não parecer uma maluca. Então ouço o barulho da turbina e sinto o meu estômago se revirar, era quase uma sensação de morte. Inconscientemente seguro os braços da poltrona com toda a minha força, completamente apavorada.

— Tem medo de avião? – o moço pergunta, me olhando. Quando meu olhar encontra o seu rosto noto uma certa familiaridade.

— Um pouco. – assumi. — Não costumo viajar sozinha. – sorri fraco, tentando aliviar a conversa.

— Bem, eu costumo viajar bastante. – diz o moreno. — A propósito, me chamo Gabriel. – ele sorriu, estendendo a mão para mim.

Gabriel. Gabriel Medina.

— Eu me chamo S/n. – o cumprimentei e sorri.

— Então, se isso faz você se sentir melhor, eu ando muito de avião e posso te dizer que, em qualquer voo, só a decolagem e o pouso são realmente perigosos. – Gabriel falou com muita convicção, prendendo a minha atenção. — Temos mais ou menos outros três minutos tensos e, em seguida, uns cinco minutos no final que podem ser meio ruins.

Tento não ficar nervosa, mas estamos inclinados. O ângulo é ingrime o bastante para que uma garrafa de água solta comece a rolar pelo corredor.

— Só oito minutos? – pergunto e ele faz que sim com a cabeça.

— Só. S/n você é daqui de São Paulo? – Medina pergunta.

— Mais ou menos. – ri sem graça. — Estou aqui há algum tempo. – suspirei. — Mas coisas pararam de fazer sentido.

— O que aconteceu? – ele parecia atento e curioso, querendo arrancar mais de mim.

— Eu ia me casar. Estava tudo organizado, cada mínimo detalhe e então descobri que ele me traía. – falei e olhei para Gabriel. — Calma, piora. – me virei um pouco mais. — Ele estava me traindo com a melhor amiga dele, a amante ia ser nossa madrinha de casamento.

— Puta que pariu. – ele xingou baixinho, tampando a boca em seguida. — Desculpa. – Medina pareceu envergonhado. — Isso é uma merda, eu sinto muito.

— Ah, não precisa sentir. – sorri. — Doeu muito, mas foi um livramento. Teria sido bem pior continuar sendo enganada. – ele assentiu, concordando.

— Pô, fico feliz que não tenha casado com ele então. – sorri com sua fala. — Sério, seria um desperdício uma mulher tão bonita com um traste desses.

Socorro, o Gabriel Medina acabou de dizer que sou bonita.

— Você está me deixando sem jeito. – falei, sentindo o meu rosto esquentar e ele riu, adorando a situação.

— Desculpa, mas é a verdade. – um sorriso absurdamente lindo surgiu nos lábios dele. — Eu jamais iria desperdiçar a oportunidade de estar na presença de uma mulher tão linda e o cara vai lá e perde a chance de casar? Absurdo.

— Não vou cair no seu papinho. – falei, cruzando os braços.

— Será mesmo? – o homem absurdamente lindo e charmoso riu. Deus, me ajude.

— Eu tenho certeza. – afirmei.

— Se tem tanta certeza então pode sair comigo para jantar, prometo não vou arrancar pedaço. – Gabriel sorriu cafajeste.

— Vou pensar no seu caso. – falei por fim, sorrindo e pegando os fones. — Aceita assistir "As branquelas"? – Gabriel sorriu, afirmando com a cabeça e colocando o fone.

O voo foi tranquilo, porque Gabriel fez questão de me distrair do começo ao fim. Assistimos filmes, conversamos e jogamos cartas, em algum momento dormimos um pouco. Quando acordei vi que o moreno dormia agarrado no meu braço, era uma cena muito fofa e inacreditável, então fiz questão de registrar o momento. Saímos do avião e fomos atrás das nossas malas. Gabriel ainda esperava que eu aceitasse jantar com ele, mas continuei fazendo charme e adiando a resposta. Ele não precisava saber que eu era fácil para homens de bigode e cheios de tatuagem.

— E aí? – ele questionou enquanto levava as malas. — Vai aceitar ou vai me torturar mais um pouco?

— A segunda opção me parece ótima, mas hoje eu estou boazinha. – sorri, vendo Gabriel umedecer os lábios. — Bem, eu aceito. – dei de ombros, tentando manter a sanidade mental. — Não tenho nada melhor pra' fazer.

— Deus está em todas as coisas mesmo, né? – ele falou, me fazendo rir. — Que Deus ilumine o seu caminho até a minha cama, amém. – Gabriel juntou as mãos como se estivesse prestes a orar.

— Você é inacreditável. – foi a única coisa que falei antes de começar a rir e entrar no nosso táxi compartilhado.

______________________🌊_____________________

O capítulo não foi revisado e peço perdão por qualquer erro de digitação ou pontuação, prometo corrigir depois

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O capítulo não foi revisado e peço perdão por qualquer erro de digitação ou pontuação, prometo corrigir depois.
Espero que tenham gostado!
Não esqueçam de votar e comentar, porque isso ajuda muito <3

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 04 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

imagines, gabriel medina 🌊Onde histórias criam vida. Descubra agora