All i want is you [short fanfic]

0.6

"Não acredito que o teu irmão fez isto" - A minha mãe disse que assim que acabei de contar a história

"Convida-a para vir aqui a casa, quero pedir desculpas pela atitude do João" - Olhei incerto para ela

"Mãe com todo o respeito, não sei se gosto disso" - Referia-me à ideia do jantar

"Porque?" - A mais velha perguntou

"Eu acho que ela não vai se sentir confortável" - A minha mãe sorriu

"Sim mas convida-a à mesma" - Ela era persistente

Como eu sabia que ela não iria desistir, peguei no telemóvel e procurei pelo contacto da minha ex-cunhada e liguei, o telemóvel chamou e chamou e ela não atendia, assim que tirei o telemóvel do ouvido para desligar ouvi a doce voz do outro lado da linha

"Hm Hugo olá, tudo bem?"

"Tudo ótimo e contigo?"

"Também, nunca mais falamos desde do dia em que chegamos a Portugal"

"É verdade, e aliás ligo-te a esse propósito"

"Então?"

"A minha mãe quer que venhas aqui a casa"

"A tua mãe?"

"Sim, é como um pedido de desculpas e adianto já que nós não aceitamos um não como resposta"

"Tudo bem nem vou insistir, eu vou"

"Ótimo, vou falar com ela pode ser hoje?"

"Sim claro, obrigada Hugo"

"Não tens que agradecer, até mais logo, cuida-te"

Desliguei e segui até à cozinha onde a minha matriarca se encontrava

"Ela disse que sim" - A mulher mais velha sorriu

"Ótimo, vamos ao supermercado que tenho que comprar as coisas"

As minhas mãos tremiam enquanto tocava à campainha, tentei respirar fundo e acalmar-me mas era difícil, ouvi um burburinho na parte de dentro da casa

"Olá minha querida, és a Constança certo?" - A senhora à minha frente sorria

"Sim exatamente, obrigada por me ter convidado, eu trouxe esta sobremesa, não sei se vão gostar mas" - Tentei não parecer nervosa

"Nós gostamos de tudo meu amor, anda entra, não precisas ficar nervosa" - Piscou-me o olho

Ela virou-se e começou a andar e eu prontamente seguia-a, assim que chegamos à sala de jantar eu vi o jogador do benfica, os meus olhos analisaram-o de cima a baixo, o Hugo era lindo.

"Boa noite Hugo" - Abracei-o e senti o cheiro de perfume masculino invadir o meu nariz

"Obrigada por teres vindo" - Sorri-lhe

"Obrigada eu pelo jantar" - Ele puxou-me a cadeira

"Senta-te que vamos só buscar as coisas"

"Não precisam de ajuda?" - Perguntei e eles negaram

Tirei o casaco e sentei-me enquanto observava o ambiente ao meu redor, mas foi tirada dos meus pensamentos pela volta deles

"Espero que gostes" - A mãe dos irmãos disse

"Tenho a certeza que vou, cheira muito bem" - Ri-me

E então jantamos enquanto falávamos das nossas vidas, agradeci mentalmente por não terem tocado no nome do João, assim que a refeição acabou, fui até à cozinha ajudar a matriarca da casa

"Eu sei que este não é um assunto do qual queiras falar querida mas como estás em relação ao João?" - Perguntou

"Achei que estivesse pior, mas estou grata pelo Hugo me ter aberto os olhos" - Ela sorriu

"Ele é um ótimo rapaz e não é por ser meu filho, tenho pena do João não ser assim" - Suspirou

"A culpa não é sua" - Disse numa tentativa de consolo

"Eu sei, mas queria que ele fosse diferente sabes? Mas eu peço desculpas por ele, tu não merecias nada disto" - Vi a verdade nos seus olhos

"Está tudo bem, já passou" - E então ficamos em silêncio

Acabamos de arrumar a sala de jantar e a cozinha e o jogador da Luz voltou para perto de nós

"O céu está lindo lá fora, vamos lá ver?" - Ele perguntou

"Vão vocês, eu vou descansar, obrigada por teres vindo Constança, adorei-te vamos combinar mais
vezes" - Abraçamos-nos

"Eu é que agradeço, vamos sim" - E ela desapareceu da cozinha

"Anda" - Agarrou a minha mão e guiou-me até lá fora

Sentamos-nos numa rede lá fora e encaramos o céu, uma brisa fresca soprou e eu arrepiei-me, o loiro reparou e timidamente puxou-me para perto, o meu coração acelerou e eu voltei a ser uma rapariga de 13 anos antes do seu primeiro beijo.

"Eu escolhi o irmão errado" - Eu não sabia de onde eu tinha tido coragem para dizer aquilo

"Estás disposta a escolher o certo?" - Finalmente encarei-o e ele estava demasiado perto

Num ato impulsivo, puxei-o para mim e beijei-o

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BOATOS QUE O JOÃO CHORA
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C.