17- Agridoce

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Ouço batidas na porta, fico um tempo a raciocinar o que estava acontecendo e sigo me levando da cama, completamente sonolenta

Bocejo e ao chegar lá, espreito pelo olho mágico conseguindo ver Lauren parada em frente a minha porta

Respiro fundo e abro, atraindo atenção da morena de olho verde

– Fênix, ainda estás a dormir? São 18:50 –diz preocupada

– Entra aí, está frio para estar aqui a porta –digo ainda meio sonolenta me desviando

Ela entra, fecho a porta e seguimos até o sofá. Assim que se senta volta seu olhar preocupado para mim

– Ei, o que aconteceu. Tu mais cedo parecias chateada –diz olhando para mim– Passei o dia todo preocupada contigo

– Nada demais.. deixa estar –digo e ela continua me olhando

– Sempre contamos as coisas uma a outra. O que aconteceu? –diz séria e eu suspiro– Ontem, tua irmã ligou para mim a perguntar se estavas contigo, porque tinhas esquecido dos teus documentos em casa

– Fui ter com a Ruby –diz direta, Lauren me olha na hora com os olhos arregalados– E quase tive uma recaída..

Fecho meus olhos, sentindo minha raiva aparecer. Não estou com raiva da Ruby, estou com raiva de mim..

Eu já tive muitas recaidas com ela, no início eu era uma tonta e não conseguia me controlar às provocações dela. Então um dia prometi a mim mesma que nunca mais caia em alguma provocação e segui em frente

E tentei até hoje. Mas quase correu mal..

– Mas foste ter com ela, porquê? –pergunta ainda a processar o que havia contado

– Os pais dela, voltaram com as merdas de sempre. E eu senti que tinha que ficar do lado dela nesse sentido –digo passando as mãos pelo rosto– A levei para um jardim, à beira do rio e ficamos lá conversando

Ela me ouvia com toda atenção do mundo. Eu sempre desabafei com a Lauren, ainda mais depois do meu término com a Ruby

Eu odiava a Ruby pelo seu jeito possessivo de ser. Ela não aceitava que outras mulheres, pudessem chegar perto de mim. Era como se eu tivesse um radar anti-mulher em mim, sempre que alguém chegava perto, Ruby fazia o favor de a tirar nem que fosse a porrada

Doentio... Pois eu sei!

E no dia do nosso término, ela chorou como jamais vi alguém chorar. Parecia que ela tinha enlouquecido. Gritava e chorava sem parar, implorando constantemente para eu voltar para ela

No meio da guerra a terminar um namoro de 1 ano e tal?
Então.. algo tinha que terminar naquele meio né

– E aí.. fomos para o carro, eu estava chateada por conta do beijo mas sei lá.. e aí, ela aproveitou a confusão em minha mente, para tentar ter algum benefício disso –digo com desgosto– Mas eu a parei a tempo..

– A Ruby é sempre a mesma coisa. Que ódio –diz frustrada

– Vamos apenas deixar passar esta estupidez... Pode ser –digo e ela me abraça

– Capitã, sabes que estou sempre aqui para ti né –diz sorrindo e eu apenas concordo com um pequeno sorriso de lado– Ficou meio estranho, sem ti lá..

– Como correu? –pergunto me levantando e indo até a cozinha

– Correu bem, quando cheguei eles já lá estavam. E ficaram confusos e preocupados por não teres ido –diz vindo atrás de mim

– Foram todos? –pergunto preparando uns ovos mexidos

– Sim, mas olha de todos quem ficou muito preocupado. Não digo que os outros não ficaram, mas quem ficou mais fechado por conta disso foi a Billie –diz simples e olho para ela– Ela ficou estranha, depois de eu contar que a tua irmã tinha ligado para mim, por não saber de ti

Além das Fronteiras // (Billie & You G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora