Foi naquelas horas silenciosas e escuras, logo antes do amanhecer, que Harry James Potter saiu do calor de sua cama nos dormitórios da Grifinória. Seus pés descalços pisaram silenciosamente contra o chão frio de pedra, sua capa de invisibilidade o escondendo de olhares curiosos, mesmo quando seus próprios orbes esmeralda estavam fixados no Mapa do Maroto, iluminados por um Lumos suave de sua varinha. Ele sabia que seu caminho estava livre, e a pessoa que ele estava procurando ainda estava onde ele o tinha visto. Embora não onde ele deveria estar.
Harry silenciosamente virou-se para o corredor, tomando cuidado para não fazer barulho ao ver uma figura mancando, andando três vezes diante da tapeçaria de Barnabas, o Barmy, ensinando balé aos trolls. Ele esperou pacientemente pouco antes da área que ele saberia que a porta da Sala Precisa apareceria, e assim que a porta familiar brilhou e surgiu, ele deu um passo à frente, esperando o homem enquanto ele se arrastava para entrar na sala, deslizando para dentro antes que a porta se fechasse.
O jovem grifinório olhou ao redor, observando curiosamente a sala em que estava.
Era um tanto familiar, embora Harry não tivesse certeza do porquê. O cômodo era pequeno e aconchegante, iluminado pela luz de uma lareira alegre. As paredes eram pintadas de um vermelho rubi profundo, com duas poltronas de couro diante da lareira, uma mesa de centro de carvalho escuro, empilhada com livros encadernados em couro bem usados. O piso era da mesma madeira escura da mesa de centro, com tapete vermelho rubi, colocado diante da lareira.
O homem que ele seguia nem olhou ao redor da sala, ele apenas desabou na poltrona mais próxima, enterrando o rosto nas mãos. O branco afiado de seu rosto coberto de bandagens, ainda mais brilhante contra seu rosto bronzeado.
Harry hesitou, guardando o Mapa do Maroto e sua varinha na jaqueta que usava sobre o pijama. Agora que sabia que o homem diante dele só queria privacidade, a culpa estava começando a borbulhar em seu estômago. Ele não deveria tê-lo seguido.
Ele se virou, pronto para sair furtivamente, apenas para congelar quando ouviu um soluço suave atrás dele. Ele vacilou por um segundo, antes de tirar sua capa, dando um passo à frente.
"Bill?" Ele chamou suavemente, estremecendo quando Bill quase pulou para fora de sua pele, a mão da varinha indo para o bolso de sua capa, antes que ele visse quem era.
“Harry?!” Bill fungou, enxugando rapidamente o rosto na manga da capa. “O que você está fazendo fora da cama?”
O pequeno leão deu de ombros, aproximando-se de Bill, seus olhos encontrando o azul suave dos olhos de Bill, embora o direito estivesse machucado e muito inchado. "Eu não conseguia dormir... os gêmeos lhe contaram sobre o mapa que me deram?"
Bill bufou, “Quem você acha que descobriu como ativá-lo? Os Gêmeos não são muito talentosos com feitiços ocultos. Era um feitiço simples e revelador, embora bastante modificado, de modo que só funcionaria se ativado com uma frase-chave, como o 'Juro solenemente que não estou a fim de nada de bom' do Mapa.”
Harry piscou, surpreso com o conhecimento que Bill demonstrou, mas decidiu que não era tão chocante. O homem era um quebrador de maldições. “Bem, eu não conseguia dormir, então estava olhando o Mapa, e vi você saindo da Ala Hospitalar, e fiquei preocupado. Madame Pomfrey disse que você não deveria sair da cama até depois de amanhã.”
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Meu lobo
RomanceEnquanto Bill Weasley luta para lidar com seu recente encontro com Greyback, ele encontra conforto em uma certa Grifinória de cabelos negros. Ele logo se vê se apaixonando por Harry, apenas para seu lobo reivindicar Harry como seu. Está história é d...