Hunzia

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  Em um espaço repleto de correntes e coberto por trevas, existia uma presença obscura, aprisionada por essas correntes, porém, em questão de segundos, aquele local por inteiro foi estremecido e esse evento despertou a presença obscura que reagiu a esse tremor.

"Aceite a realidade, rei. . ." — Os olhos brancos abrem-se.

 As correntes começaram a contê-lo, apesar disso, seus esforços foram em vão, com simples movimentos na tentativa de libertar-se, trincava e quebrava todas as correntes.

". . . Pois retornará só para ser. . ." — Um braço feito puramente de luz erguia-se.

 Do vazio daquele local, surgem espadas gigantes envolvidas em luz, aparentemente obedientes ao ser de luz.

". . . Um objeto meu."

 Por um momento, a presença parou, talvez pela ameaça à sua frente, porém, aquela cena não durou muito, com uma enorme força bruta, forçará sua atual forma desenvolver uma boca.

"Aaaaaaaaah."

 Um grito carregado de indignação e ódio reverberou pelo lugar, seguido de uma pressão imensa. No entanto, isso não abalou o ser de luz, que com movimento determinado fechou sua mão e velozmente as espadas obedeceram ao comando.

"Maldito!" — Exclamou com todas as forças a presença.

 As trevas foram consumindo tudo e o local que outrora tinha correntes e trevas. Nesse exato instante, só havia trevas e sangue, entretanto o ser de luz foi manchado por sangue da presença. Olhos negros levemente inchados abrem-se, vendo seu braço erguido e sua mão fechada.

"Senhor Gachuti Blood, está tudo bem?"
"Hã?"

 Do outro lado da carroça, havia um jovem aparentemente por volta dos 17, usava roupas longas na cor branca, com alguns detalhes em dourado, seu cabelo castanho ondulado no estilo fluffy edgar e um sorriso simples, porém carismático.

"Senhor Gachuti Blood, está tudo bem? Por favor, me responda."
"Estou bem, sim, mas o que aconteceu?"
"O senhor desmaiou após ser trazido para a carroça."

 Era evidente a preocupação do jovem pela pessoa sobre seus cuidados, apesar desse fato, Gachuti continuará conversando de forma descontraída.

"Muito obrigado."
"Pelo quê, senhor?"
"Por estar aqui me ajudando."

 Com um sorriso sincero, enfim, se pôs de pé mesmo com a carroça ainda em movimento, indo até a ponta dela e seus olhos foram atraídos para algo além daquele local.

"É muito bonita essa visão, né?"
"Realmente, nessa estação é bonito mesmo."

 Fora da carroça podia ser visto enormes campos de trigo, era simples, contudo, uma linda cena de se ver, com trigos no auge esperando somente a colheita e trabalhadores se esforçando ao máximo para acompanhá-los.

"Já estamos quase chegando em Hunzia, então por favor, descanse um pouco mais."
"Obrigado, mas já descansei bastante, só vou observar o caminho até lá."

 Mesmo ainda receoso, o jovem não forçaria Gachuti a nada, por outro lado, Gachuti voltaria a receber o vento em seu rosto e apreciar a vista.

Aquele sonho foi diferente dos outros, porém tão vivo quanto e a sensação. . . No final. . . Eu era o ser ou a presença, foi como se eu estivesse nos dois lugares ao mesmo tempo.

Hunzia, 18:03 da tarde.

"O senhor deve ficar com isso."
"Muito obrigado, Capitão dos cavaleiros de Hunzia."
"De nada, no entanto, me chame de Cany."

 Na estrada, de uma estrutura feita de tijolos com um brasão, achava-se Gachuti e o capitão da cavalaria de Hunzia, um homem robusto, seus cabelos pretos e um sorriso confiante, que passava um ar de que tudo iria dar certo, mesmo na situação mais difícil.

"Então. . . Muito obrigado, Cany."

 Afastado o suficiente do quartel, sua curiosidade falou mais alto e abriu a bolsa que tinha até um certo peso. Dentro dela, estava cheia de moedas, parando a caminhada pela quantidade.

"Isso é muito dinheiro, tenho que devolver para o capitão?"
"Está falando do quê? Ele que te deu."
"Hã?"

 Ao seu lado estava Blood flutuando, com uma face de despreocupado, e foi só nesse momento que Gachuti lembrou que ele existia.

"Mas é muito dinheiro mesmo, Blood, eu tenho que devolver."
"Até onde eu sei, ele te deu para você, pode ficar bem, enquanto estiver aqui."
"Você tem um ponto."
"Então, com o que você vai gastar?"
"Primeiramente um mapa e depois me registrar em uma hospedaria."

 Começou a andar novamente, ao mesmo tempo que conversava com Blood, ele, por outra vez, simplesmente rodeava Gachuti.

"Blood, o meu sonho mais cedo, você tem algo a ver?"
"Hã? Na verdade, nem sei o que você sonha e pensa."
"Isso é bom."

Loja aleatória.

O sino acima da entrada bate e a porta se abre. Nesse momento, Gachuti entra na loja, que tinha várias coisas penduradas e jogadas no chão, mas sem se importar, ele vai para o balcão da loja. Ao lado do balcão estava um homem com cabelo cortado e um avental cinza.

"Olá, senhor, o que deseja?"
"Você teria um mapa da cidade."
"Eu tenho, seria 10 ocideans."
"Tudo bem."

Gachuti coloca a mão na cintura e pega o valor do mapa na bolsa que está em sua cintura, colocando no balcão, e o vendedor vai para trás e pega um mapa e entrega a Gachuti.

"Gostaria de mais uma coisa?"
"Sim, o senhor sabe uma boa hospedaria para eu ficar.
"Conheço, uma boa seria a hospedaria Raspter, é só seguir o mapa."
"Muito obrigado por tudo, nos vermos outro dia."
"De nada, volte sempre."

Entre a luz e as trevas: Gachuti Blood {Reescrita}Onde histórias criam vida. Descubra agora