Não há outra alternativa

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Peter

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Peter

Meus pensamentos estavam envoltos em uma nuvem cor de rosa chamada Georgiana, mas de repente sou arrancado daquela realidade ao ver que fomos flagrados por Mildred, uma das freiras da paróquia.

Senti meu sangue congelar dentro das minhas veias, eu sabia o que aquilo significava e tinha de me apressar para não nos meter em apuros.

Abandonei Georgie logo após o nosso primeiro beijo, com um nó atado dentro do peito. Segui aquela freira o mais rápido que pude.

— Uou! Calma rapaz! Para onde vai com tanta
pressa?— Acabei me esbarrando acidentalmente em Sir Phillip, pai de Georgie.

— Ah... Estou indo para casa Sir Phillip.

— A pé?

— Sim, eu preciso ir logo. Tenho horário para chegar!

Avisto irmã Mildred adentrar em uma carruagem. Estou perdido! Nunca a alcançarei à tempo!

Phillip me encarou confuso pelo meu desespero estampado na face.

— Quer que eu lhe arranje uma carona?

— Se for possível, eu quero sim!

Ao redor passava um casal convidado por Amanda Crane, e Sir Phillip os intercepta a fim de que me levassem para casa.

Eles concordaram e entrei rápido como o vento dentro da carruagem.

— Você vai ficar bem Peter? — Ele me pergunta preocupado. — Mande-me notícias.

Assenti com a cabeça. Eu não sei se vou ficar bem mas não quero preocupar Phillip com os meus problemas.

Cheguei às pressas em minha casa e já ia tomando o caminho das escadas, quando encontro meu pai ao lado de irmã Mildred, que provavelmente já tinha dado com a língua nos dentes.

— Pai? — Engoli em seco e fui tomado por um temor terrível e assolador.

— Obrigado irmã Mildred, você foi muito útil para o reino de Deus. Deixe que agora eu me encarrego do meu filho.

Aquela mulher se despediu de mim com um aceno de cabeça e senti meu coração afundar-se no peito.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, meu pai me agarra pelo pescoço e me leva cambaleando pelas escadas até meu quarto.

Fui lançado com força em direção da cama e meu rosto atingiu a quina de madeira, me causando uma dor intensa que fez meus olhos lacrimejarem.

Meu pai partiu para cima de mim como um animal e arrancou a minha camisa deixando minha pele desprotegida.

Tomou o chicote de flagelo em suas mãos e me açoitou com toda força que podia e sem misericórdia.

Eu me esforçava para levantar mas ainda estava atordoado pela pancada na cabeça e quanto mais tentava reagir, mais impetuoso ele era.

Confissão proibida de Georgiana Crane (OS CRANE- PHILOISE). Onde histórias criam vida. Descubra agora