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Ser um super heroí é uma tarefa complicada; lidar com os vilões e a imprensa no seu pé todos os dias era estressante. Você mal tinha tempo para estar com seu marido ou sua família, por isso, sempre que tirava um dia de folga aproveitava a oportunidade para visitar seus parentes ou passar algum tempo ao lado de Bakugou.
Hoje, em específico, o casal faria uma pequena visita aos pais do rapaz. O loiro dirigia sem pressa até sua antiga casa enquanto Y/n dormia tranquilamente no banco do passageiro. Tudo corria bem até que, durante o seu sono, a lembrança de como encontrou seus sogros pela primeira vez começou tomar conta de seus sonhos.
Anos atrás, durante o estágio com o herói profissional Endeavor, Katsuki ficou gravemente ferido após levar um golpe em seu lugar. Quando o garoto foi levado ao hospital, Y/n não o quis deixar nem por um segundo, mas infelizmente não poderia entrar na sala de cirurgia, assim tendo que esperar do lado de fora.
Sua cabeça estava a mil. Seu namorado poderia morrer e tudo seria culpa sua, você pensava. Desespero era a única palavra capaz de descrevê-lo naquele momento; seu coração batia rápido, suas mãos estavam geladas e sua respiração se tornou pesada ‐-- você sentia que poderia desmaiar a qualquer momento.
Então, passos apressados e uma voz feminina ecoaram pela sala de espera, tirando-o de seus pensamentos.
--- Onde está o meu filho!? --- perguntou uma linda mulher loira, parecida com Katsuki, visivelmente aflita ao lado de seu marido que, apesar de preocupado, tentava acalmar sua esposa.
Concluindo que aqueles dois eram os pais de Bakugou, sua tristeza e culpa só aumentaram, e, não tendo mais forças para ficar de pé, seus joelhos se dobraram, o fazendo cair contra o chão frio do hospital.
--- Eu sinto muito, isso é tudo minha culpa! --- lamentou o jovem de cabeça baixa em meio às lágrimas que caíam de seus olhos como uma cachoeira, sua voz saía como um sussurro de seus lábios trêmulos "Ele só queria me ajudar..."
Terminando de falar, o garoto fechou os olhos esperando gritos e julgamentos, talvez até mesmo um tapa, mas ao invés disso, sentiu que alguém se aproximou e passou lentamente os braços ao seu redor. Assustado, Y/n abriu os olhos apenas para se surpreender com a mãe do loiro o abraçando.
--- Por favor, não diga essas coisas; ele vai ficar bem, tenho certeza. --- disse a mulher que, assim como você, estava de joelhos enquanto uma de suas mãos afagava delicadamente sua cabeça. Mesmo sem te conhecer, a loira foi gentil e cuidadosa, não demonstrando nenhum tipo de sentimento negativo à sua pessoa.
Ao despertar, Y/n percebeu que já haviam chegado ao seu destino. Seus sogros abriram a porta para recebê-los e, enquanto Masaru ajudava seu filho a carregar as malas para dentro da casa, você correu até Mitsuki e a cumprimentou com um abraço apertado, cheio do mesmo carinho e gentileza que a loira lhe ofereceu naquele dia.
