3. No silencioso da noite

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O evento havia chegado ao fim, e a energia que dominava o palco e a plateia começava a se dissipar. Os corredores antes caóticos agora estavam mais silenciosos, e os membros dos grupos já estavam se preparando para ir embora. Beomgyu e Jeongin, ainda envolvidos na eletricidade do show, mal podiam esperar para fugir do olhar público por algumas horas.

Assim que o TXT e o Stray Kids se despediram, Beomgyu e Jeongin encontraram um momento para se reencontrar longe das câmeras e das dezenas de olhares curiosos. O carro da empresa que os levaria para seus dormitórios estava pronto, e, graças a um pequeno milagre, conseguiram pegar o mesmo veículo sem levantar suspeitas.

Assim que entraram no carro, o silêncio confortável os envolveu. A noite estava fresca, e o ar-condicionado suave dentro do carro criava um clima agradável. As luzes da cidade passavam rapidamente pelas janelas, e, ali, no interior do carro, era como se o mundo exterior tivesse desaparecido.

Jeongin foi o primeiro a quebrar o silêncio, um sorriso suave iluminando seu rosto enquanto se inclinava levemente em direção a Beomgyu.

— Você foi incrível hoje, — ele comentou, a voz baixa e íntima, criando uma bolha só para os dois.

Beomgyu riu, relaxando contra o assento enquanto se aproximava mais de Jeongin. Seus corpos naturalmente se atraíam quando estavam juntos, uma conexão magnética que só crescia com o tempo.

— Você também, como sempre, — respondeu Beomgyu, sua voz carregando um tom de admiração. — Mas não foi fácil, com você me distraindo o tempo todo.

Jeongin arqueou uma sobrancelha, claramente divertido.

— Eu? Distrair você? — Ele sorriu de canto, a diversão evidente em seus olhos. — Acho que foi você quem me olhou mais vezes do que o necessário.

Beomgyu revirou os olhos, mas o sorriso em seus lábios o traiu. Sem responder, ele deslizou um pouco mais perto de Jeongin, suas pernas agora se tocando, criando uma onda de eletricidade que os dois estavam tão acostumados a sentir quando estavam juntos. O silêncio do carro era reconfortante, mas ao mesmo tempo carregado de uma tensão sutil e deliciosa.

A mão de Jeongin, discreta e cuidadosa, deslizou pela perna de Beomgyu, pousando sobre a coxa dele de forma carinhosa, mas firme. O toque era íntimo, mas não urgente. Era como se ambos estivessem aproveitando o fato de estarem finalmente sozinhos, longe dos olhares curiosos.

— Sabe... — começou Beomgyu, inclinando-se mais perto, seu rosto agora a poucos centímetros de Jeongin. — Eu estava esperando por esse momento a noite toda.

Jeongin virou a cabeça, os olhos escuros brilhando sob as luzes suaves do carro. Ele não precisou responder; o sorriso suave em seus lábios e o brilho em seu olhar já diziam tudo.

Os dedos de Beomgyu encontraram o caminho até o rosto de Jeongin, traçando levemente a linha de sua mandíbula, sentindo a textura suave de sua pele. O toque era suave, quase como uma carícia, mas carregava consigo uma intimidade que fazia o coração de Jeongin bater mais rápido.

— Eu também, — murmurou Jeongin, inclinando-se ainda mais perto, seus lábios quase tocando os de Beomgyu.

A proximidade entre os dois criou uma atmosfera densa de antecipação. Não havia pressa, apenas a sensação de estarem exatamente onde deveriam estar. E então, sem mais delongas, Beomgyu fechou a distância entre eles, selando o momento com um beijo suave.

Os lábios de Jeongin eram quentes e macios contra os de Beomgyu, e o beijo começou lento, quase tímido. No entanto, à medida que o contato se prolongava, a suavidade deu lugar a algo mais profundo, um desejo que ambos sentiam, mas que sempre mantinham sob controle quando estavam em público.

As mãos de Jeongin deslizaram pela cintura de Beomgyu, puxando-o para mais perto enquanto o beijo se aprofundava. Beomgyu suspirou contra os lábios de Jeongin, sentindo o calor subir por sua pele. A química entre eles sempre fora intensa, mas, quando estavam sozinhos, era como se o mundo inteiro desaparecesse, deixando apenas o som de suas respirações e o toque de suas mãos.

Jeongin afastou-se apenas o suficiente para encarar Beomgyu, seu sorriso ligeiramente travesso enquanto seus dedos brincavam com o tecido da camisa de Beomgyu.

— Estamos indo devagar demais? — provocou ele, sua voz carregada de um humor suave.

Beomgyu deu uma risadinha baixa, inclinando-se para depositar um beijo rápido nos lábios de Jeongin antes de responder.

— Acho que estamos no ritmo certo, — ele murmurou de volta, os olhos brilhando com uma mistura de carinho e desejo.

O carro continuava a se mover pelas ruas da cidade, mas, para eles, o tempo parecia ter parado. A sensação de liberdade, de finalmente poderem estar juntos sem as limitações do palco ou do público, era algo precioso. Cada toque, cada olhar compartilhado, trazia consigo uma intimidade que eles não podiam explorar completamente sob os holofotes.

Jeongin se acomodou mais no assento, puxando Beomgyu para perto, até que os corpos dos dois estivessem completamente colados. O calor de Jeongin contra ele era confortável, e Beomgyu se permitiu relaxar, descansando a cabeça no ombro de Jeongin.

— Eu amo quando podemos ficar assim, — sussurrou Beomgyu, sua voz suave, quase como se estivesse confessando um segredo.

Jeongin olhou para ele, seus dedos ainda acariciando suavemente a pele de Beomgyu por baixo da camisa.

— Eu também. — Sua voz era baixa, carregada de sinceridade. Ele se inclinou e depositou um beijo delicado no topo da cabeça de Beomgyu, sentindo o cheiro familiar que tanto amava.

O carro continuava seu trajeto tranquilo pelas ruas iluminadas, mas, dentro dele, Jeongin e Beomgyu estavam em seu próprio universo. Não havia fãs, não havia câmeras. Só havia o silêncio da noite e o amor que compartilhavam, um amor que, embora tivesse sido revelado ao mundo, ainda era só deles.

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