Apenas pela minha filha - Winrina

Cap 6

Pov: Winter

- Como assim, Min? - Liz me olhou confusa e preocupada, era um assunto realmente delicado pra mim, e ela sabe disso.

- Eu lembro perfeitamente - suspirei. - Quando eu peguei as conversas dele no flagra, lembro do perfil da mulher. Era a Kim Gaeul, eu tenho certeza que era - falei um tanto triste, mas na verdade meus sentimentos estavam confusos.

- Meu Deus, é muita coincidência..- ela falou pensativa, mas segurou minha mão quando viu que eu estava ainda pior. - Calma, vamos mudar da assunto - ela sorriu de uma forma reconfortante, tentando voltar ao clima leve do local. Então eu assenti e troquei o assunto.

- Eu preciso de um emprego - falei a primeira coisa que pensei. Liz me olhou um pouco confusa, mas depois assentiu.

- Você sabe que não tem problema nenhum em eu continuar te ajudando, né? - eu sabia que sim, ela é quase um anjo na minha vida.

- Eu sei, mas mesmo assim é necessário. Eu não posso deixar você me sustentar como se eu fosse uma criança pra sempre - ela riu.

- Poder até pode, mas se você não quer.. - ela brincou e depois ficou um pouco pensativa. - Olha, tem uma outra menina no meu trabalho que precisa de uma babá pro filho dela. Eu sei que vocês não se conhecem e tals, mas ela tá precisando bem urgente mesmo e você é uma pessoa de muita confiança, sei que cuidaria bem dele

- Será? Acha que eu conseguiria cuidar de outra criança além da Hanna? - perguntei pensativa, até que a ideia não era ruim.

- Meu amor, você já cuidou da Maya e da Hanna sozinha. Se você consegue com elas, consegue com outras pessoas também. E eu já vi o filho dela, ele é bem quietinho então não acho que vai te dar muito trabalho

- É.. eu acho que consigo sim. Mas eu ficaria de babá por quanto tempo?

- O dia inteiro praticamente. O menino vai pra escola de manhã e supostamente ficaria com você até a noite, quando a outra mãe dele iria buscar

- Espera, então é um casal lésbico também? Bem que disseram que os héteros tão sendo eliminados do mundo... - brinquei, fazendo ela rir alto.

- Você não mentiu - ela falou em meio ao riso, o qual eu acompanhei. - Mas é sério, você quer? Eu posso mandar mensagem pra ela

- Na verdade, quero sim. Qual é o nome dela?

- Giselle, e o da outra mãe que vai buscar ele é a Ningning - assenti enquanto anotava mentalmente os nomes. - Posso mandar a mensagem? - ela perguntou já com o celular na mão e eu assenti.

- Pode - confirmei novamente e ela começou a mexer no celular, provavelmente mandando de fato a mensagem.

- Mandei, agora é só esperar - ela desligou o celular e me olhou. - A Hanna ainda tá dormindo, né?

- Sim, na verdade faz um bom tempo já - estranhei um pouco enquanto falava, já era 15:00 da tarde.

- Melhor eu ir antes que ela acorde, se ela perguntar da Maya eu tô fodida. Inclusive, tenho que buscar a criança - ela disse já se levantando e eu fiz o mesmo pra poder me despedir.

- Tchau Li, obrigada por tudo - abracei ela, que retribuiu.

- De nada, Rina. Eu sempre vou estar aqui com você - ela sorriu novamente de um jeito fofo e reconfortante.

E então, ela foi embora, e eu fiquei sozinha aqui.

Lembrei da minha pequena, então pensei em ir até o quarto pra ver como ela estava. Mas estranhei quando percebi que ela tava acordada, mas tava quietinha. Quando me aproximei mais, vi que ela tava quase chorando.