Pov: Winter
Graças a Deus já era outro dia. Hanna tava tão grudada comigo que dormiu em cima de mim, no meu peito.
E eu tava tão cansada, que acordei com ela na mesma posição.
Com cuidado a coloquei na cama, eu achava impressionante que mesmo dormindo ela não soltava a chupeta de jeito nenhum. No dia a dia ela nem ligava, mas pra dormir era um grude.
Ela tava muito fofinha, com a bochecha um pouco rosada e cabelos bagunçados.
Ela é linda quando se parece comigo, e não com ele.
Voltei pra realidade quando ouvi a campainha tocar. Eu sei que é cedo, e se for ele, eu acho que vou ter algum tipo de surto.
Não aguento mais o Seojun. Eu não quero ele na minha vida, quero esquece-lo! Mas como que faz isso se ele não para!?
Me levantei da cama, mas a campainha não parava. Mesmo assim eu tive a maior paciência pra trocar de roupa e me arrumar minimamente, apenas pra parecer apresentável.
Pela insistência, eu tive a certeza de que era Seojun. Eu não podia evita-lo sempre, então ia atender a porta pra ver se ele me deixava em paz logo, quanto antes melhor.
Antes de finalmente ir até a porta, passei no meu quarto pra dar uma última olhada em Hanna. Ela dormia na mesma posição que eu, e achei isso simplesmente adorável.
Dei um último sorriso pela cena, antes de fechar a porta e ir atender o desgraçado que tava quase quebrando a campainha.
- Finalmente, Minjeong! Cansou de fingir que não tava em casa? - ele perguntou com uma certa impaciência e eu revirei os olhos.
- Você acha mesmo que o mundo gira ao seu redor, né? Eu não preciso fingir que não tô em casa, apenas tenho mais o que fazer além de ficar ouvindo você - eu também não estava paciente hoje, até porque ele decidiu me perturbar logo cedo.
Ele me olhou com ódio e respirou fundo algumas vezes antes de falar.
- Cadê a Hanna? Eu quero ver ela - fechei os olhos com força. Eu não tava ouvindo isso, né?
- Qual a parte do "você não vai ver ela" que você ainda não entendeu? - cruzei os braços enquanto o encarava.
- Você não respondeu minhas mensagens, e eu tô no direito de pai de querer ver a minha filha! - ele aumentou o tom de voz, e isso me irritou mais do que deveria.
- Se você se acha tanto pai dela, age como um! Porra, você quem não quis saber dela!! - falei no mesmo tom, mas sai totalmente da casa e fechei a porta.
Eu estava com medo de Hanna acordar por causa dos gritos.
- Eu tava bêbado!! Meu deus, você ainda não entendeu isso!? - ele perguntou indignado.
- Foda-se, se você tivesse a responsabilidade de pai, saberia que era errado beber, principalmente na situação que a gente tava! Você nem ao menos considera ela como filha! - eu odeio o jeito que ele sempre tenta ter razão, mesmo sabendo que está errado.
- Isso foi outra situação, e você sabe disso! O negócio da guarda compartilhada foi um erro, eu não pensei. É claro que eu considero a Hanna como filha! Eu amo ela - revirei os olhos, tava me estressando já.
- Você não considera e sabe bem disso! Você só tá usando ela como desculpa. Por que isso? Você queria tanto assim me ver?
- Queria! - ele assumiu, enquanto se aproximava de mim.
Por instinto comecei a me afastar, e então ele parou e respirou fundo.
- Tudo o que aconteceu foi um erro, Minjeong! Me perdoa - cerrei os olhos, confusa com suas palavras.
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Apenas pela minha filha - Winrina
عاطفيةKim Minjeong era casada há 4 anos e vivia um relacionamento com o pai de sua filha pequena, mas após descobrir a traição de seu marido, foi obrigada a se separar e mudar de cidade sem o apoio de sua família. Yoo Jimin tinha uma vida boa e calma, era...