⁷Conflitos da noite

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SÉTIMO CAPÍTULO

ALESSA LOMBARDI RIZZO ♪

Conflitos da noite.

A raiva ainda fervia em mim, mas o pavor começava a se dissipar. A Japa já tinha desenterrado algumas informações sobre o desgraçado, e agora estávamos perto de acabar com ele de vez.

O lugar não ajudava em nada e só me dava ainda mais dor de cabeça. Os gritos das pessoas ecoavam pelas paredes, irritando-me a cada momento. Estava em um casarão separado, com oito salas de tortura e cinco onde armazenávamos os corpos daqueles que não resistiam.

— 'Cê tá precisando se acalmar, Alessa. — Rowan diz quando percebe minha inquietude.

— Pra me acalmar eu precisaria de cinco doses de whisky e competir numa racha.

— Vamos lá, ué. Hoje à noite. Vamos chamar todo mundo. E eu quero ver você e o Liam competindo! — ele riu. A idéia parecia boa.

— Hoje a noite? Não sei se estou com tempo pra fazer isso logo hoje. — retruquei, mas logo a idéia ficou mais atraente. Eu precisava mesmo relaxar, esquecer tudo.

Rowan levantou as mãos em um gesto de rendição, mas o sorriso não saiu do rosto. — Só estou tentando aliviar um pouco a tensão. Sei que a situação é complicada, mas se você relaxar um pouco, vai conseguir pensar com mais clareza.

Pensei por um momento. O alívio temporário poderia ser exatamente o que eu precisava para clarear a mente e recuperar o foco.

— Tudo bem, vamos lá — aceitei com um suspiro. — Vamos fazer isso hoje à noite. E pode apostar que eu e o Liam vamos dar um show.

Rowan sorriu, satisfeito. — Ótimo! Vou chamar o pessoal. A Japa vai amar, tava falando disso ontem com ela.

Enquanto ele se afastava, voltei minha atenção para os papéis e documentos na mesa, mas com um pouco mais de leveza no espírito. Espero que consigamos resolver tudo logo. Isso está me consumindo por dentro e acabando com meu sono.

A noite em Nova York estava iluminada como de costume, e eu estava me arrumando para arrasar na corrida.

Coloquei minha jaqueta de couro preta, a regata branca que se ajustava bem ao corpo e as calças largas e pretas que eram confortáveis e práticas. Completei o visual com um par de tênis esportivos e pretos.

Para o melhor cheiro, escolhi meu perfume favorito da Tom Ford. Depois, passei creme e usei desodorante antes de ir para o carro.

Ao ligar o motor, deixei a tensão do dia para trás, focando apenas na adrenalina que estava por vir. O vento no rosto enquanto dirigia em direção ao encontro prometia uma noite diferente e uma oportunidade de clarear a mente.

Como sempre, o lugar estava cheio. Tanto de mulheres – bem gostosas – quanto de homens. O ambiente estava pulsando com uma energia contagiante, prometendo uma noite agitada.

— Finalmente, Alessa! — Rowan correu até mim, seu entusiasmo evidente. Ele estava acompanhado de Yuna e Liam, que se aproximaram com sorrisos e cumprimentos.

— E aí, Less! — Yuna me cumprimentou com um aperto de mão.

— E aí, Japa, Liam. — falei, dirigindo-me a ambos com um sorriso. — Vocês sabem quando a racha vai começar?

— Pelo que vi, ainda tem muito competidor na fila, a gente vai ir bem depois. Umas duas horas, provavelmente. — Liam diz inquieto. Depois disso desanimei um pouco, eu já tava louca pra correr e terei que esperar todo esse tempo.

— De boa. Eu vou lá pegar umas doses de whisky, já volto. - me afastei deles e comecei a andar para a parte das bebidas. Não tinha muita gente alí, já que a maioria já tinha bebido e tava correndo ou torcendo lá na pista.

Olhei ao redor, esperando o bartender aparecer e nada. Me sentei no banco que ficava em frente ao balcão, foi quando comecei a ouvir algumas risadas e alguém falando.

— Olivia, porra! Para de rir! Olha onde você nos trouxe, merda... — a pessoa parecia irritada. — se meu irmão descobre que estou em um lugar ilegal, eu tô ferrada. — me virei para ver quem era e, quando me deparei com o rosto de Annie, me surpreendi.

— A-Alessa? — ela parecia estar apavorada. — meu Deus. Por favor, não conta pro meu irmão que eu tô aqui!

— Quem é essa? — a amiga pergunta.

— Eu posso explicar. Essa aqui — ela apontou para a amiga. — me disse que iríamos pra algum lugar, mas eu não imaginava que seria pra cá.

Eu ainda estava meio confusa com a situação, mas decidi perguntar. — Eh... E a sua irmã? Onde ela está?

— Ah, ela está com a babá. Deixei com ela só hoje. Mas, voltando ao assunto... não conte ao meu irmão! Já estou indo embora.

— Tudo bem, eu nem tinha pensado em contar. — respondi, sorrindo com a situação. Mal sabe ela que, daqui umas horas, o irmão dela estará na pista envolvido em algo ilegal.

Quando olhei para trás, vi Liam se aproximando. Agora fui eu quem ficou desesperada. Se eu avisasse Annie, ela descobriria que Liam frequenta esses lugares, e se eu mostrasse Annie, estaria entregando a garota.

De qualquer forma, os dois acabariam se vendo, então preferi deixar acontecer. Não sou eu que vou me ferrar, afinal.

— Que demora é essa, Aless... ANNIE? OLIVIA? — ele grita ao vê-las.

— L-Liam? — Annie se desespera. — Calma, o que VOCÊ está fazendo aqui? — pergunta, com ênfase.

Annie parece sem palavras, olhando para Liam e depois para mim. A situação é desconfortável e o silêncio entre eles é quase ensurdecedor.

— Olha, Liam — começo a explicar, tentando quebrar o gelo. — Annie estava só passando um tempo. Não é como se ela estivesse aqui para fazer algo errado.

— A Racha é um lugar errado. Ninguém vem aqui pra ver unicórnios dançarem ou algo assim! — ele grita.

— Não precisa aumentar o tom, ninguém aqui tá gritando.

— Liam, se você tá aqui, por que eu não posso estar? — ela pergunta irritada.

— Nós somos completamente diferentes. Vai pra casa, agora.

— Você é muito chato! — gritou e foram andando para o carro da amiga dela.

Pelo visto, hoje vai ter bastante briga entre eles. 

NOTES

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NOTES

Preciso arrumar uma forma para as duas se pegarem ♪

Uma Donzela para uma Mafiosa | ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora