🇱🇹II🇱🇹:

13 2 0
                                    

O sol já começava a se pôr quando Lorenzo ajeitava os últimos detalhes para sair até o estádio. O dia havia sido uma verdadeira correria. Ele tinha deixado Lukas na casa da babá mais cedo do que o habitual e, mesmo assim, havia saído atrasado do treino por cerca de 30 minutos. Agora, finalmente de volta ao apartamento, ele vestia o filho com a camisa especial do Palmeiras que Piquerez havia mandado naquela manhã.

— Fica parado, Lukas! Lorenzo disse com um sorriso, enquanto tentava colocar a camiseta no filho que, como sempre, estava cheio de energia.

A camisa de 2024 do Palmeiras, que Lukas vestia com orgulho, era verde escura, um tom clássico do clube, com gola branca e detalhes nas mangas no mesmo tom. O design moderno trazia um toque histórico, com três símbolos que faziam referência aos 110 anos do Palmeiras: o escudo do antigo Palestra Italia, a icônica Cruz de Savoia, e o emblemático "P", representando a transição para o nome Palmeiras. As sutis linhas douradas, que destacavam o logo do patrocinador e da marca esportiva, davam à peça um ar sofisticado, mas com a cara de um verdadeiro campeão. Lukas já havia uma daquela camisa mas Piquerez parece ter ignorado esse fato e lhe dado outra com o nome do uruguaio nas costas.

— Papai, vou pegar o senhor Dino!. Lukas anunciou, correndo até o quarto em busca do dinossauro pelúcia favorito, que o garoto havia perdido ontem e achado hoje de manhã.

Enquanto o pequeno corria animado pela casa, Lorenzo respirou fundo, terminando de organizar a pequena mochila de Lukas e, ao lado, preparou sua própria pochete, onde guardaria alguns itens essenciais para o estádio. O relógio marcava a hora de ir, e Lorenzo sentiu o coração acelerar levemente, se questionando qual o motivo daquele convite feito por Veiga e Piquerez.

— Pronto, papai!. Lukas voltou com o "senhor Dino" seguro firmemente em suas pequenas mãos.

— Então vamos, nessa. Lorenzo disse vendo Lukas correr até a porta do apartamento pra sair...

Já no corredor do prédio, o mais velho pegou o menino no colo. Eles caminharam até o carro no estacionamento... Lorenzo colocou Lukas na cadeirinha do carro, enquanto ajeitava a mochila de Lukas no banco de trás. Ele ligou o carro, sentindo a energia do momento, enquanto o menino no banco de trás cantarolava alguma melodia aleatória, ansioso pra chegar logo no estádio.

— Vai ser divertido, não é? Perguntou Lorenzo, olhando para o filho pelo retrovisor.

— Sim, papai! Eu vou ver o tio Quiquez jogar! Respondeu Lukas, mal conseguindo conter a empolgação.

Lorenzo e Lukas chegaram ao Allianz Parque sem problemas, passando facilmente pela segurança. Uma mulher, provavelmente parte da equipe do estádio, os guiou até o camarote reservado para familiares de jogadores. Ao entrar, Lorenzo se deparou com um espaço amplo e elegante. Havia várias mesas com toalhas brancas, cadeiras confortáveis e uma variedade impressionante de comidas distribuídas por ali: lanches, doces e uma máquina de refrigerante ao fundo. Em frente à grande janela de vidro, posicionados estrategicamente para proporcionar a melhor vista possível do campo, havia sofás de couro preto. Eles permitiam uma visão panorâmica perfeita do estádio e do gramado, iluminado pelas luzes potentes.

Lorenzo sentiu os olhares curiosos de algumas pessoas que já estavam no camarote, mas ninguém se aproximou. Lukas, por outro lado, correu animado até a grande janela, seus olhos brilhando ao ver o imenso campo tão de perto. Ele ficou parado, boquiaberto, observando cada detalhe com admiração.

Enquanto isso, Lorenzo caminhou até um dos sofás e escolheu um lugar para assistir ao jogo. Ao se sentar, tirou o celular do bolso e, aproveitando o momento, postou um stories, marcando a localização e adicionando um focinho de porco e um coração verde.

Fora de Campo. Romance Gay (Joaquín Piquerez) Onde histórias criam vida. Descubra agora