[ Em Andamento ]
Park Jimin é um senior do ensino médio, e com seus 17 anos, ele leva uma vida pacata como um adolescente e vive um relacionamento que o afasta da realidade de qualquer jovem do século XXI, um namoro por cartas.
Apesar de não ser mu...
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19 de novembro, High School de Glendale.
A manhã estava começando com uma leve brisa e o sol dava indícios de que não sairia naquele dia quando Jimin se sentou à sua mesa, o coração palpitando de uma excitação nova. Era mais uma manhã comum no colégio, as pessoas caminhavam com suas expressões de sempre, uns tristes outros com sono, mas Jimin sorria alegremente. Mesmo antes de entrar na sala, Jimin fez todo o percurso até os armários, abriu o armário e retirou uma carta cuidadosamente colocada ali. Era um pouco amassada, mas ainda assim delicada.
As cartas que ele recebia estavam cada vez mais elaboradas e divertidas, envoltas em papéis de seda e decoradas com desenhos feitos a mão e frases que pareciam ter saído diretamente de um conto de fadas.
Jimin estava na beira da ansiedade, com os olhos fixos no papel em suas mãos. A caligrafia delicada e cuidadosamente desenhada capturava sua atenção de uma forma quase hipnótica. Eram palavras escritas com cuidado, talvez até com certa vulnerabilidade, o que chegava a ser estranho, visto que todos os garotos que conhecia tinham a letra feia até demais. Ele passou os dedos pela textura do papel, lembrando-se da primeira vez que encontrou uma carta como aquela. Tinha sido por acaso, ou talvez por um jogo do destino, mas ele nunca imaginaria o quanto aquele pedaço de papel mudaria sua vida.
Tudo começou há três meses. Jimin estava chegando na escola quando notou um envelope no fundo de seu armário. No início, pensou que fosse uma brincadeira ou algo sem importância, mas a curiosidade venceu. O papel tinha seu nome escrito, sem remetente.
No começo, Park Jimin achou estranho. Quem enviaria uma carta nos dias de hoje, quando o Messenger estava em alta e as mensagens de texto eram rápidas e impessoais? No entanto, algo naquela carta o encantou. Era como se tivesse sido transportado para outra era, onde palavras escritas à mão tinham um peso muito maior do que qualquer notificação eletrônica.
Então, ele decidiu responder.
E assim, a troca de cartas começou.
Para Jimin, havia uma espécie de magia por trás das cartas. Era uma comunicação lenta, cuidadosamente elaborada, que o fazia se conectar de uma maneira mais profunda. Cada palavra, cada frase, parecia ter sido escolhida com tanto cuidado, que ele não podia evitar se encantar. Ele não sabia quem estava do outro lado, mas, de alguma forma, isso não importava. A falta de rosto dava espaço para a imaginação, e ele se permitia mergulhar em um mundo onde as palavras eram mais importantes que a aparência.
No entanto, as reações das pessoas ao redor nem sempre eram de apoio. Algumas vezes, Jimin ouvia comentários maliciosos no corredor da escola, principalmente depois que alguém descobriu que ele estava "namorando" alguém por cartas.
