[ Em Andamento ]
Park Jimin é um senior do ensino médio, e com seus 17 anos, ele leva uma vida pacata como um adolescente e vive um relacionamento que o afasta da realidade de qualquer jovem do século XXI, um namoro por cartas.
Apesar de não ser mu...
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Casa do Jimin, Califórnia. 18 de novembro de 2008, 06:30 AM.
Naquela manhã fria, Jimin se sentou em sua escrivaninha, iluminada apenas pela luz amarelada do abajur. Sua boca abria bocejando, enquanto ele segurava uma caneta entre os dedos, pronto para escrever no papel despejando todas as suas emoções.
O som da caneta raspando suavemente contra o papel ecoou no quarto silencioso. Jimin começou a descrever seus pensamentos, e, principalmente, os sentimentos que floresciam dentro dele. Essas palavras não eram destinadas a um diário, mas sim a alguém misterioso, uma pessoa que ele nem mesmo conhecia. E ele fazia tudo isso rapidamente, pois sabia que sua mãe subiria em alguns instantes para chamá-lo, então, precisava ser rápido, afinal, dona Nora jamais poderia imaginar algo como aquilo, ela não aceitaria.
Cada carta escrita era uma declaração de uma tradição que ele havia mantido desde a infância. Por algum motivo, o loiro sempre imaginou viver um romance dessa forma. Seu coração pulsava com uma intensidade especial, alimentado pela ansiedade e pela emoção de se conectar com alguém de uma maneira tão única.
No início, as cartas de Jimin eram genéricas, falando sobre o clima, sua rotina diária e os eventos triviais de sua vida. Mas à medida que os dias passavam, as palavras ganhavam profundidade. Jimin compartilhava seus medos, sonhos e segredos mais íntimos, confiando-os a uma pessoa cujo rosto ainda era um mistério. E, surpreendentemente, a pessoa desconhecida também respondia. O relacionamento crescia nas entrelinhas das missivas, numa dança delicada de palavras que alimentava a paixão de Jimin.
Assim que terminou a última frase, dobrou a folha em quatro partes, guardando dentro de um envelope verde pastel. Indo em direção à mochila, colocou a carta dentro de uma pasta.
- Jimmy, desça logo para o café! - Escutou sua mãe gritar no andar debaixo.
Antes de sair do quarto, deu uma conferida em sua roupa, usava uma wide leg jeans clara, com um casaco vermelho de lã. Descendo as escadas, encontrou sua mãe na cozinha, uma linda mulher do cabelo curto preto, uma renomada advogada, que apesar de não ser conhecida, trabalhava muito duro para construir uma carreira profissional de alto renome.
Sentou-se junto a ela, observando a mesa repleta de coisas que gostava de comer, sentindo o estômago roncar alto, pegou algumas torradas com geleia de framboesa colocando em seu prato, aproveitou a fome para pegar mini tortilha de frango e um copo cheio de suco de laranja.
- Filho, hoje eu tenho uma audiência marcada pela tarde, então provavelmente vou chegar um pouco tarde em casa. - Avisou Nora.
- Tudo bem, sobre o que é a audiência? - Perguntou, demonstrando interesse.
