ᥴᥲ⍴і́𝗍ᥙᥣ᥆ ᥙm

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[Nome] [Sobrenome] é um adulto que está à procura de um emprego.

Com seus recém completados 29 anos, no dia de seu aniversário mais especificamente, o [Sobrenome] teve a grande sorte de ser demitido do trabalho de animador de festas infantis, onde permaneceu desde seus 22 anos até tal momento.

Basicamente, ele se vestira de fantasias de acordo com o tema e era a "animação" da festa, comumente para crianças. Porém, as crianças de hoje em dia não vêm isso como diversão, mas sim chacota. Riam, faziam piadas, brincadeiras... Umas verdadeiras pestinhas.

No dia que foi despejado, o superior alegou que o homem de segunda idade estava ficando velho para esse tipo de emprego, ainda mais para se trabalhar com crianças.

[...]

"[Nome], não me leve a mal, mas... você não se adequa mais a esse trabalho. Olhe para você..." - A voz do homem é calma e serena, o olhar era totalmente despreocupado.

O patrão se levanta da cadeira almofadada, escorando-se na enorme mesa de vidro enquanto o c/c está sentado em sua frente, batendo seus dedos sobre a mesa com um semblante incomodado no rosto.

"Consigo ver sua fisionomia de fadiga e as crianças querem pessoas animadas! Alegres! Para cima! Energéticas! - sentou-se novamente, entrelaçando os dedos e apoiando os braços à mesa - E... bom... mais jovens. Entende?".

"Sim, eu... compreendo. - suspirou fundo passando ligeiramente as mãos nos cabelos - De qualquer forma, obrigado por tudo."

"Isso é apenas um aviso prévio. Você ainda irá trabalhar aqui por dois meses. São as regulamentações, a não ser que queira sair de uma vez..." O grisalho riu levemente, [Nome] permaneceu sério.

"Entendo".

[Nome] levantou-se da cadeira incrivelmente confortável, bom, pelo menos sua bunda estava bem acochoada.

Se direcionou à saída com uma certa repulsa, não ódio, mas sim descontentamento. Fala sério, o [Sobrenome] entende, mas ele trabalhou por mais de 5 anos na empresa.

Além de ser despedido, ainda por cima foi humilhado. Vivências veyr.

"Tanto faz. Eu nem gostava dessa merda de emprego mesmo. Crianças são todas grandes insuportáveis."

No entanto, era sua única fonte de renda, agora, terá que procurar um novo serviço e o mais rápido possível, afinal contas não se pagam sozinhas.

[...]

[Nome] passava as mãos pelo rosto.

"Mas que merda!"

Alí estava em sua frente mais um papel de contas atrasadas.

O (c/c) liga seu notebook da época pré-histórica usado pelos mesopotamicos como forma de combustível, e entra, ou ao menos tenta entrar nos aplicativos. O que não é uma tarefa nada fácil, seu notebook era praticamente um Nokia tijolão só que moderno e com a tela maior.

"Ufa!" Pensou aliviado. "Pelo menos ainda não chegou meu nome no SPC e Serasa". Ele levanta do sofá amarronzado não muito confortável que tinha mais de 6 anos, colocando o aparelho atômico na pequena mesa de centro feita de madeira pelo próprio homem.

[Nome] adora artesanato e principalmente fazer seus próprios utensílios, móveis etc. O 'rapaz' até tentou trabalhar com isto por 3 anos, porém não obteve muitos resultados.

"Ô tristeza! Agora ou é procurar um trabalho ou ser presidiário..." ele olha para um ponto fixo, "Pensando bem, acho que a primeira opção parece boa, mas se nada der certo, tamo ai.". Suspirou pegando o casaco preto aveludado, vestindo-se. Logo depois, foi atrás de suas chaves, pegando-as e indo em sua jornada 'em busca de um emprego'.

Atrás das paredes [rᥱmᥲkᥱ] LEITOR MASCULINOOnde histórias criam vida. Descubra agora