a borboleta e o beija-flor

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A borboleta era do tipo que sonhava de mais. Quando era apenas uma lagarta, ela sonhava em ver o mundo, voar por aí como as outras. Ela admirava as outras borboletas, de asas de cores lindas e ao virar borboleta se entristeceu ao se ver. Suas asas eram alvas, mas brancas que as nuvens no céu. Ela se achou diferente das outras pois eram tão coloridas e ela apenas branca. As demais borboletas à achava diferente e estranha não voavam junto à ela. A borboleta então, voava sozinha e invejava até as flores dos jardins por serem tão coloridas. Ela se perguntou : “será que alguém será capaz de amar alguém tão sem graça como eu". Um beija-flor que costumava então vagar por jardins, à encontrou solitária no meio das tulipas, que então eram as flores favoritas da borboleta. Ele perguntou o que ela fazia ali e ela disse que estava apenas admirando e invejando as flores. Ele à disse: “és tão bela quanto essas tulipas". Ela não acreditou acreditou em suas palavras por ser achar sem graça e lhe respondeu: “estás cego, minha cor é sem graça assim como o sol no verão”. Ele riu e indignado lhe falou: “o sol no verão é perfeito”. Ela o disse que preferia a noite e então o beija-flor disse: “Já que amas tanto a noite e é capaz de odiar o sol no verão, eu poderia lhe fala. És tão linda quanto o céu estrelado, junto ao silêncio da noite neste campo de tulipas”. A borboleta riu e lhe perguntou: “não acha minha cor sem graça?”. O beija-flor então respondeu dizendo: “Não. Você apenas vê o branco como uma cor sem graça, porém pense positivamente, há coisas brancas que são lindas e especias assim como você. Por exemplo, a neve, as nuvens, a Margarida e até mesmo algumas tulipas. São coisas belas que parecem insignificantes, mas que são belas e é assim que você se sente". A borboleta tão maravilhada com as palavras do beija-flor, abriu um grande sorriso. Dias se passaram e eles se encontravam no campo de tulipas, conversavam sobre a vida e no final, já de noite, o beija-flor à levava em casa. Um certo dia a borboleta se pegou pensando nele, ela não imaginava que alguém pudesse ama-lá mesmo com suas indiferenças. Ela então foi até o campo de tulipas e o esperou ansiosamente para lhe propor uma vida juntos, mas ele não apareceu. Dias e dias se passavam, ela ficava até de noite na espera dele, mas ele nunca mais apareceu. Depois de anos ela ainda se perguntava onde ele poderia estar , se foi coisa da sua cabeça, mas em seu coração foi tão real. Ela dizia: “onde está meu amado, aquele que beijou minha alma apenas com suas palavras, aquele que amou minhas indiferenças como se eu fosse a mais bela dentre as outras”. Passou mais anos, a borboleta voava por todo canto já que esse era seu sonho no começo. Mas ela ainda se sentia solitária e o seu sonho era encontrar seu amado beija-flor e voar com ele vendo a beleza e as maravilhas do mundo.

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